RAVENApesar de sentir que ia desmaiar a qualquer instante, quando ouvi o choro do meu filhote, foi como se as forças voltassem ao meu corpo.Desejava tanto tê-lo nos meus braços, meu pequeno mundo, meu e só meu, como nunca tive nada na vida.Anastasia me limpou um pouco e me deu para beber do sangue poderoso da Sacerdotisa, que desceu pela minha garganta dolorida de tanto gritar, renovando cada célula do meu corpo.Foi isso que conseguiu manter à distância aquele maldit0 lobo, que a todo momento ameaçava sugar a energia do meu bebê.Foram meses de batalhas contínuas dentro de mim mesma, mas valeu a pena. Cada segundo de dor e sofrimento, só por trazê-lo ao mundo com vida.Me apoiei nos braços fortes de Anastasia, porque não conseguia dar nem um passo, para deitar na velha maca.— Que...ro car...gá-lo — pedi à Sacerdotisa, que limpava um pouco o meu filhote e o enrolava na manta macia de pele branca.— Aqui está, esse pequeno comportado quase nem chorou. Para de franzir a testa, está
CEDRICK— Sua majestade, todas as encomendas que me pediu estão prontas.Estou sentado no trono, ouvindo o relatório do meu atual Beta em funções, nada mais nada menos que meu tio, o feiticeiro ferreiro.Descobri algo interessante.O antigo Rei não era tão invencível assim, ele simplesmente tinha um homem habilidoso nas sombras, que construía artefatos mágicos magníficos pra ele.No entanto, a tarefa mais importante que pedi, ele não conseguiu cumprir.Não conseguiu criar nada que me ajudasse a encontrar minha mulher, e esses meses sem ela têm sido como viver por viver.— Certo, então me diga como funcionam — suspiro apertando a ponte do nariz com cansaço, praticamente se eu durmo quatro horas por dia é muito.— Claro, eles são colocados sob a terra...BAM!— Sua majestade, me desculpe por entrar assim — um homem invade a sala de repente, nos interrompendo, e eu me endireito no assento com o coração disparado.— Não importa, diga, Fiodor. Você a encontrou? — pergunto com esperança. Ju
4 ANOS DEPOIS…CEDRICK“Não mate meu pai!! Eu amaldiçoo o dia em que a Deusa me uniu a você, te amaldiçoo pra sempre, Cedrick Walker! AAAAHHHHH!”“SAMANTHA!! Samantha, minha menina... não, por favor, não!... Rei Alfa, eu não descansarei, enquanto me restar o último sopro de vida, vou te matar, a você e aos seus descendentes. Vou respirar só pra transformar sua vida num inferno!”Parado sobre as muralhas do castelo, lembranças da batalha sangrenta de anos atrás voltam à minha mente.Mesmo de olhos fechados, ainda consigo sentir o cheiro sufocante do sangue e ver os corpos despedaçados sobre a grama.Os rugidos de guerra e o grito de Samantha... esse é o que mais lembro, o grito de morte que ela deu ao se jogar da muralha, tentando desviar minha atenção e impedir que eu matasse o pai dela com um último golpe.Quis usá-la para enfraquecê-lo, para fazê-lo perder o foco na luta. Mas no fim, fui eu quem se surpreendeu, sem acreditar que ela cometeria suicídio daquela forma.Ela conseguiu o
CEDRICKE assim fizemos, nos esgueiramos entre as sombras das árvores e os galhos frondosos, evitando a luz das fogueiras que serviam às guerreiras de guarda para detectar intrusos.“Merda, que boa fortaleza”, Eamon rosna — e sim, é realmente muito boa.Foi construída contra a encosta de uma montanha, o que protege o lugar pela retaguarda.É muito difícil entrar.“Cedrick, olha! Aquele galho cai dentro da muralha de madeira. Se subirmos e saltarmos rápido, estaremos dentro!”É arriscado, muito arriscado, principalmente porque teremos que sair da proteção da floresta — mas não tem outro jeito.Espero as duas mulheres da patrulha passarem e, olhando pros lados, corro até o tronco grosso da árvore e começo a escalá-la.Tudo isso acontece em questão de segundos, porque a luz aqui, vinda das fogueiras, me denuncia, e basta olharem pra cima pra me verem.“Agora, Cedrick!”Eamon me avisa, e eu caminho depressa pelo galho grosso que range sob meu peso.— Você ouviu alguma coisa?Alguém diz ao
CEDRICKSenti um nó no peito ao vê-la com aquele pequeno filhote nos braços, abraçando-o e cobrindo-o de beijos.Seus lindos olhos o olhavam com carinho e amor.Ele a chama de mamãe, é inegável que é seu filho, mas as dúvidas me atacam e os ciúmes, junto com a incerteza, me consomem.Ele se parece com ela, mas não se parece comigo. Será que... eu não fui seu único homem? Durante todos esses anos... ela buscou consolo nos braços de outro?Meus guerreiros encontraram vestígios de um fogo mágico nas profundezas da floresta, parecia o de Raven. Alguém havia sido queimado. Mas depois de tanto tempo, não consegui saber com certeza quem era, porque só restaram cinzas.“Eamon, você sentiu o cheiro daquele homem... do companheiro dela nela ou por aqui perto?” — pergunto entre os dentes.“Não, não sinto o cheiro dele em lugar nenhum.”“E no filhote?”, pergunto de novo, sem tirar os olhos dele, sem deixar de desejar que aquele pequeno, risonho e doce, fosse meu.Meu... e da mulher da minha vida.
NARRADORA— Vamos, bebê, fecha esses olhinhos. Já te cantei e contei uma história, de onde você tira tanta energia? Descansa, e você vai ver como o amanhã chega rapidinho pra você continuar brincando.Raven puxava a mantinha fofa para cobrir seu tesouro.— Mamãe, quando a mamãe Sena vai me levar pra correr na floresta? — perguntou inocente, apertando contra o peito o lobinho de pelúcia laranja, sem o qual não conseguia dormir.— Bom, a mamãe tem estado ocupada, mas prometo que logo a gente vai sair pra uma aventura, tudo bem?Raven olhava para seu pedacinho de céu com aquela carinha corada e, por mais que tentasse esconder, cada traço de Aidan lhe lembrava Cedrick.— Mamãe, é que... — Aidan pensava com sua mente infantil em como encantar sua mãe para fazer o próximo pedido.— Se eu me comportar direitinho, posso... posso soltar o Theo?Raven franziu a testa.— É que ele tá se sentindo sozinho, mamãe, e quer brincar! — logo Aidan se sentou e jogou os bracinhos ao redor do pescoço dela.
NARRADORAEle disse a si mesmo que só queria comprovar se ela havia sido marcada, se estava com outro homem, então se aproximou da beira da cama.Mesmo assim, tirou os sapatos e subiu nela, tentando se mover o mais suave possível para não acordá-la, ainda não, porque sabia que, quando aqueles olhos cor de mel se abrissem, não haveria mais um amor inabalável como antes, apenas repulsa e rejeição.Engatinhou até se enfiar entre suas pernas abertas e abaixou a cabeça, cheirando a pele doce de suas coxas, aspirando o perfume das feromônias com os olhos fechados de puro prazer.“Mmm Raven, minha fêmea” — a luxúria e o desejo bruto nublavam seus sentidos e os de seu lobo, que estava morrendo de vontade de buscar Sena, mas não queria alertar Raven.Cedrick não conseguiu evitar tocar, com a ponta dos dedos, a parte de trás de uma das coxas dela e subir as carícias por sua cintura, levantando o tecido da camisola até encontrar a calcinha e aquele triângulo delicioso que fazia seu pau duro se m
NARRADORAEle era o macho dela, e ela era sua fêmea. Só dele.Rosnava e bufava entre suas nádegas, acelerando as investidas dos dedos que fod%&am aquela bocetinha macia.Conhecia cada canto de sua anatomia e sabia exatamente como deixá-la louca, desesperada, pedindo por mais.Seu pau ereto, preso dentro da braguilha, se esfregava com força contra a cama, se movendo pra frente e pra trás sem controle, com brutalidade e urgência, se masturbando numa fricção rude contra o colchão e deixando uma mancha úmida nos lençóis.— Aaahhh Cedrick... amor... eu vou gozar! — Raven gemeu, afundando o rosto no travesseiro e se derramando na boca do seu Alfa.Seu corpo inteiro tremia, devastado por um orgasmo quente que nublou todos os seus sentidos.Cedrick sentia sua língua e seus dedos sendo apertados pelos músculos vaginais dela se contraindo, um calor escaldante invadia sua boca e rosto, e os respingos da deliciosa e abundante gozada de Raven o marcavam.Ele rosnou rouco, feito um louco, contra se