NARRAÇÃO DE ALEXANDER…TÍTULO: Acabou o lazer Caio não ficou muito tempo, logo se despediu alegando precisar voltar à missão. Na verdade ele não deveria nem estar por perto... Dr. Lucas nos levou de volta ao chalé aconchegante e se despediu depois de deixar os cachorros com a gente. Já sentia saudades do Príncipe, da sua bagunça, amo sua energia. Já o Duque, quando olho para ele, sinto sono... Entramos no chalé brincando com os cães, Lilly chamou para tomarmos um banho de banheira com espumas, aceitei. Estou amando essa privacidade toda, poder fazer o que quero, como quero…simplesmente não sinto vontade de ir embora. Ficamos ali apreciando aquele banho de espuma aos beijos enquanto os cachorros ficavam mordendo os brinquedos que Bernardo comprou, próximos da cama. Finalmente o Príncipe entendeu que não pode subir na cama, Lilly é brava. Beijei Lilly com mais vontade, deslizando minhas mãos em seu corpo que estava cheio de espuma. - Quero você pra sempre, Lilly. - Sussurrei. Ouv
NARRAÇÃO DE GABRIEL... A chuva era um sinal e eu, tão empolgado com as novidades, não dei ouvidos a esse sinal, algo grave iria acontecer. Dizem que o tempo diz muito sobre como seu dia se tornará e jurava que estávamos indo no caminho certo. Klaus havia reconhecido seus erros, mostramos as manipulações, o jogo sujo de Leon e como combinado, seguimos para a sala de jantar. Lá Leon ria, abraçando um dos seus seguranças. - Aconteceu alguma coisa, Sr. Leon? - Nicolás perguntou com o olhar carregado de desconfiança. - Não. Apenas o meu segurança, meu braço direito, veio me parabenizar pelo futuro casamento da minha filha. - Você tem irmão? - Perguntei direto. O sorriso dele diminuiu olhando-me descontente. - Por que essa pergunta repentina? - Leon falou, colocando as mãos nos bolsos, demonstrando incômodo. - Normal...não é um tabu. Eu tenho uma irmã, Jhonny também, Nicolás só não tem irmãos, porque foi roubado quando bebê e sequestraram sua mãe, aí babou, mas… e você, tem irmãos
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Batimentos cardíacos acelerados, perda de audição, um barulho de tiro estridente no vidro do chalé me fez reagir, respirei fundo, olhei para a mata, tentando encontrar Caio. Nada! Tudo verde. Peguei meu celular no chão e liguei para o Tio Gabriel entrando no chalé, mas chamou até cair na caixa postal, o cerco se fechou para mim. O vidro todo foi quebrado e a porta do banheiro estava trancada, sabia que o chalé não era mais seguro. Não ficarei de braços cruzados esperando eles invadirem! Bati na porta incessante.- Quem é? - Lilly respondeu chorando. - Precisamos ir, meu amor! Vamos subir a montanha. Estou ligando para o tio Gabriel, mas ele não atende. - Eu estou com medo, Alê, não quero morrer. - Lilly falou aos soluços. - Você não vai morrer, prometi te proteger sempre, lembra? Vamos logo, temos pouco tempo. - Percebi que também chorava quando uma lágrima escorreu dos meus olhos. Ela abriu a porta, olhou-me trêmula, com o rosto molhado pelas lágrimas. Abr
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Culpado. Eu, como responsável, falhei. Ignorei os pedidos de socorro do Alexander e do Caio, recusando as várias ligações que fizeram, porque preferi apreciar a queda do Leon. Me senti um lixo. Corri em desespero para dentro do casarão. Leon ainda estava deitado no chão rindo, com a mão no ombro que não parava de sangrar. - Quero o máximo de homens na Serra IMEDIATAMENTE!!! - Gritei. Leon riu alto, Jhonny e Nicolás me encararam assustados e começaram a se mexer rapidamente, atendendo ao meu pedido. - Corra, Gabriel, mesmo sabendo que não vai adiantar! Meus homens, da minha Máfia, já estão lá! Mesmo que chame reforços, será tarde demais... - Leon olhou-me com sarcasmo, segurando o riso. Nicolás e Jhonny saíram da sala, voltando logo em seguida. - Chamei um helicóptero, pousará no pasto em poucos minutos. Chegaremos rapidamente na Serra! - Nicolás falou ao mesmo tempo que encerrava uma ligação. Jhonny o acompanhava enquanto encarei Leon, louco para enfiar uma
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Os minutos se passaram...na verdade não sabia há quanto tempo estávamos ali.Estava doendo muito, apenas a floresta e os cães escutavam o meu choro, enquanto a chuva caía com força sem dar trégua. Eu chamava Lilly, sacudia seus ombros com cuidado para que não sentisse dor, sussurrava besteiras em seu ouvido, acariciava seu rosto, seu cabelo, chamava para comer sushi, até os cães a lambiam, mas ela não acordava...apenas sua música ecoava na minha cabeça. Queria dizer que estávamos protegidos do frio e da chuva, que não haviam capangas nos seguindo, que estávamos seguros, mas não era verdade! Eu só conseguia chorar!Estávamos encharcados, mesmo escondidos naquele tronco de árvore. Os cachorros choravam e se espremiam entre nós. Eu não conseguia tirar a mão do rosto da Lilly, mesmo com os casacos encharcados, queria aquecê-la, mas era uma tentativa estúpidä. Deitei chorando, abraçando Lilly e os cachorros, se eles partirem, vou junto, atiro na minha cabeça. Os mo
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Não sabia que hipotermia causava fraqueza, minhas pernas estavam bambas, talvez não seja por isso e sim porque estava prestes a entrar no quarto onde Lilly estava. Tio Gabriel abriu a porta e a primeira coisa que escutei, foram os aparelhos hospitalares que estavam ligados a ela. Quando meus olhos encontraram seus pés cobertos por um lençol, não aguentei e chorei, ela não merecia estar naquela situação. Tio Gabriel afagou meus ombros, incentivando-me a entrar. Odeio quartos de hospital, principalmente os que ficam no C.T.I, mas em se tratando da Lilly, ficarei a seu lado o tempo todo. Finalmente criei coragem, entrei e olhei o restante do seu corpo. Ela usava uma máscara de oxigênio, uma camisola hospitalar, parecia que dormia, mas estava pálida. Aproximei e toquei em sua mão. Gelada...- Ela precisa de um cobertor mais quente. - Falei secando as lágrimas que insistiam em cair. - Será providenciado. Os cães montaram guarda na frente do hospital, não saíram d
NARRAÇÃO DE ALEXANDER... Sorri, admirando ele tentar fechar a boca enquanto engasgava com seu próprio sangue... - Sangue puro... - Desdenhei. Ele sorriu, derramando sangue da sua boca onde, faltava um dente.- A fudinha mofeu? - Ele tentou falar mesmo faltando metade da língua. Ele quer ver o pior que há em mim...só pode! Peguei um martelo que estava pendurado na parede e parei na frente dele rangendo os dentes, abri suas pernas e apertei o martelo em seu saco, usando o peso do meu corpo. Ele gritava pedindo que eu parasse, aquilo era mais satisfatório ainda! Só parei de espremer quando ouvi um estalo. Sua voz soou como uma galinha que chocou o ovo. - Ela está ótima, está descansando. Quando acordar, ensinarei a manusear um revólver, apenas para atirar na cabeça da Maxine, tenho certeza que fará isso com satisfação. - Sorri. Em resposta, ele cuspiu sangue na minha cara. Foi o suficiente para me deixar mais furioso e o espancar. Soquei seu rosto como se fosse um saco de treinamento
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...A dor, a angústia e todo o sofrimento diminuíram quando deitei ao seu lado, na cama de hospital. Antes de sair do meu quarto, peguei um edredom bem quente e levei para o hospital, nos cobri e fingi que ela estava dormindo. Cheirei seus cabelos, amo esse cheiro. - Lilly, adivinha o que passei em meu corpo.... - Segurei o riso olhando ela de olhos fechados usando a máscara de oxigênio. - Óleo de bebê. Será que mandaram cuidar da sua horta enquanto estávamos fora? Tomara. À essa altura o mamão que está no pé, já deve estar maduro, pronto para comer. Eu vou colocar uma escada para você alcançar, assim ele não vai mais cair e estourar no chão, deixando você aguada de vontade. Falando em ficar aguada, acorda para irmos ao restaurante japonês. - Abracei Lilly com cuidado, depois a soltei, olhando seu rosto, sentindo desejos de escutar sua voz. Queria que ela cantasse para mim…tirei sua máscara de oxigênio e beijei seus lábios com tanto amor e sutileza, mas coloquei