NARRAÇÃO DE GABRIEL... Acordei contra a minha vontade, jamais levanto antes das 7:00h, isso já é motivo para o mau humor reinar! Para piorar, a pessoa a quem teria que dar explicações do porque sua filha donzela está no calabouço, já tinha chegado, a pörra do tal Leon. Cheguei na cozinha, forçando simpatia, mesmo com ódio no coração, havia acabado de amanhecer! Ainda não eram 06:00h da manhã! É falta de respeito chegar tão cedo na casa dos outros. Todo mundo sabe o quanto ODEIO visitas e a fazenda, nos últimos dias, mais parece uma pensão! Tá um entra e sai de gente diferente...vou acabar pegando na mão da Liz e mudar para a fazenda secreta, onde Lilly e Alexander estavam. Vou falar para Liz cuidar da horta da Lilly, ela vai ficar putä! Vi a cozinheira com as ajudantes correndo, desesperadas, arrumando a mesa do café da manhã, era nítido o constrangimento de todas, pela mesa não estar pronta, quando as visitas chegaram. Só que a culpa não é delas, o café da manhã é servido sempr
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Não sei a que horas começou a cirurgia. Como havia pedido, fui muito bem sedado, não vi nem senti nada! Acordei grogue no dia seguinte com a luz da manhã clareando todo o chalé, afinal toda a parede da entrada, que dá vista para a cachoeira, é de vidro. A TV estava ligada com o desenho do Bob Esponja, o cheiro de café fez minha boca salivar, meu estômago roncou quando outro cheiro conhecido surgiu: bolo de aipim! Amo mais do que tudo! Ele quente derrete na boca, Lilly ainda coloca coco ralado para ficar perfeito. Procurei por ela com os olhos, o frio e a fraqueza, eram um convite para permanecer na cama. Ela não estava na cozinha americana e dentro do chalé só ouvia os sons que vinham da TV. Levantei meu braço e vi que minha mão estava enfaixada até o pulso. Senti minha mão costurada, foi possível sentir até mesmo os pontos. A porta do chalé estava aberta e me surpreendi quando Príncipe, meu cachorro, entrou todo afoito balançando o rabö, fungando os móveis e
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Olhei todos com uma cara de preocupação forçada. Fácil para mim. - Acredito que ele foi sequestrado. - Por que acredita nisso? O que ele falou antes de sair de casa? - Leon perguntou. Seu olhar não escondia o grande interesse em achar Alexander. Gente! É simples, sumiu? Desfaz a aliança com a Rússia e faça com outra máfia.- Ele falou assim: Tchau tio Gabriel, tô indo para a escola. - Respondi calmamente, ele suspirou olhando em meus olhos.- Sei. Já foi até a escola , atrás de alguma informação? - Leon perguntou. Ele é rápido mesmo. Peter pareceu congelar com aquela pergunta. Pensa rápido, Gabriel.- Não me lembro. - Como não se lembra?- Oras! Dividi os capangas em equipes de busca, procuramos em tantos lugares, perguntei a tantas pessoas, não lembro se cheguei a perguntar na escola. Esse local deve ter sido visitado por meus capangas e se não tiveram respostas, não comentaram comigo. Procuramos até depois de anoitecer, sem parar.- Pois bem, vamos até lá
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Acho que a missão mais difícil da minha vida, sem sombras de dúvidas, foi fingir simpatia a esse Leon. Ele não dá um tempo! Cara chato! Pronto! Agora ele quer mostrar a propriedade que comprou para os noivos... Saímos da escola, entramos no carro e seguimos a porrä do carro dele. - Eu vou tentar me aproximar de Leon. - Nicolás quebrou o silêncio. - O que pretende? - Perguntei.- Ganhar sua confiança, acredito que comigo será mais fácil, sou o primo do Klaus. - Arqueei as sobrancelhas chocado...- Está dizendo que você será o cara que vai conquistar a confiança do Leon?! O que significa?! É coisa de gente com cabelos compridos?! Quem tem cabelo curto não pode, não consegue?! - Jhonny riu, mas eu estava putö! Eu também posso ser o melhor amigo do Leon até atirar na testa dele...- Gabriel, apenas me deixe tentar, você já teve esse privilégio quando se aproximou de um inimigo para conseguir matá-lo. Agora eu quero ter essa chance. - EU TINHA DEZOITO ANOS!!! FARE
NARRAÇÃO DE ALEXANDER... Eu sei que o tio Gabriel está preocupado e blá blá blá…ele não quer que eu saia do chalé com Lilly, mas a culpa não é minha se fui convidado para o aniversário dos avós do Bernardo, não posso fazer essa desfeita, mesmo sendo pessoas que nem conheço! Ele mesmo disse que os coroas são calmos e não curtem festas, será só um bolinho e churrasco. Quando me obrigam a ficar em apenas um lugar, me proibindo de sair, me sinto prisioneiro, por isso vou a essa festa. Fico doido para sair, ir em outro lugar. Quando contei a Lilly que íamos sair, ela ficou preocupada dizendo ser perigoso, mas afirmei que era seguro, seria na casa dos avós do Bernardo. Vocês podem estar dizendo "Aaaah que irresponsável! Olha a situação!!!"Relaxem, não estamos saindo escondidos, Dr.Lucas está nos levando, ele disse que é uma boa ideia, o lugar é isolado de tudo. Resumindo, estou no banco de trás com Lilly deitada em minha perna, Dr.Lucas está dirigindo e Bernardo está cantando desafinado,
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Nem tudo é perfeito. Estava babando em minha Lilly, de boa, até uma mulher mais velha aparecer gritando. Olhei assustado para a coroa. Era uma coroa nota dez, poucas rugas, apenas uns pés de galinha, cabelos castanhos claros devem ser pintados sempre, usa vestido curto, como se fosse uma garota, moldando seu corpo de modelo, orelhas com vários brincos, ao meu ver, é rockeira que gosta de motoqueiro, realmente ela é muito bonita. Ficou me encarando quando chegou perto, com um sorriso de orelha à orelha. - Gente! Ele é lindo!!! Lembra o meu crush da adolescência, o vocalista do Bon Jovi! Que gatinho! - Encarei a coroa assustado. Não! Pára! Não me chame de gatinho! Odeio elogios assim! Daqui a pouco vai querer apertar minhas bochechas! Ela riu ao ver meu pânico. - Relaxa moleque, não sou pedófila. - Falou rindo, acendendo seu cigarro. Respirei aliviado enquanto o Sr.William e Dona Isabel riam. Lilly sentiu ciúmes e sentou em meu colo, vestida apenas com o biquí
NARRAÇÃO DE NICOLÁS...Só de olhar Leon, já sabia que essa missão era para mim. Ele é inteligente, sagaz demais, observa as pessoas, procura brechas, qualquer nervosismo, qualquer sinal que possa nos entregar, estuda e capta as coisas com o olhar. Gabriel e Jhonny ficaram no jardim, dando o espaço que pedi. Se queremos ganhar essa guerra, preciso me aproximar. Entramos na mansão e como previsível, o ambiente é pesado, o chão de madeira brilhante rangia com os nossos passos, longas cortinas escuras e fechadas, mostrando não ser uma mansão nova. Quadros antigos, imagens de pessoas que nunca vi ou ouvi falar estavam espalhadas pelas paredes daquele lugar. O pouco de luz do dia que entrava pelas frestas das cortinas mostrava a poeira no ar. - Por favor, não repare na poeira do ambiente, comprei este lugar há algum tempo, será feita uma pequena reforma. Ele percebeu que meus olhos percorriam pelos quadros daquele corredor. - São da nossa linhagem, avós, bisavós e assim por diante. -
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Os problemas têm paixão por mim. Não conseguem ficar longe da minha pessoa, é muita paixão! Mal desliguei a chamada com Caio e atendo uma ligação do segurança avisando que o carälho do Lucas levou Alexander e Lilly para a casa de seus pais. Será que é errado espancar cunhado? Problemas de família todo mundo tem! Eu arrebento a cara dele agora e no natal fazemos as pazes... Porrä, não é possível! Eu pedi uma única coisa! FIQUEM NO CARALHO DO CHALÉ OU NA CACHOEIRA ESCONDIDOS!!! Mas eles não me escutam e fazem o que bem entendem. Então, espero que Alexander incendeie a casa dos pais do Lucas, assim ele aprende que meu afilhado NÃO TEM JEITO!!! Entrei na mansão putö da vida e encontrei com Leon na cozinha, falando ao telefone com um dos seus seguranças, para continuar procurando Alexander pela Cidade e fora também. - Viu Nicolás?- Sim, ele foi ao banheiro. - Legal. - Respondi, mas a vontade era de dar o dedo do meio. Por culpa dele, não tenho mais paz nos meus d