LunaUm plano para o futuro Depois do jantar, alguns ficaram discutindo estratégias, mas Jonh desapareceu.Eu o encontrei do lado de fora, perto da piscina, com um cigarro entre os dedos e um olhar perdido.— Você está bem? Perguntei.Ele riu sem humor.— Não sei.Sentei ao lado dele.— Quer falar sobre isso Jonh?Ele hesitou antes de responder.— Giovana e eu…Sinto que existe algo e ela me corresponde. É intenso, mas ela é jovem e eu estou inseguro.— Como assim? Pergunto.Jonh suspirou, apertando a ponte do nariz.–Eu a conheci Luna no seu casamento e não paro de pensar nessa menina, eu a quero pra mim de uma forma profunda, é como se fosse uma obsessão!Franzi a testa.— E você nunca mais falou com ela ?–Sim, sempre nos falamos por mensagem.— E até hoje a Giovana ocupa todos os meus pensamentos.Preciso tomar a decisão de falar com o Marcelo mas não sei se ele aceitará nosso casamento, pois você sabe, somos da máfia Luna não posso desonrá-la, e nem quero eu quero ela pra mim!An
LunaEu sabia o que isso significava. Não era apenas uma questão de prender pessoas, mas de fazer uma jogada inteligente, calculada, como ela faria.Os olhos de todos estavam fixos em mim, esperando que eu tomasse a liderança. Eu podia sentir a pressão, mas também a confiança de que, agora, não era hora de hesitar. A verdade havia sido revelada, e agora eu sabia o que precisava fazer. La Reina havia cometido um erro. Ela subestimou o poder de quem ela estava enfrentando.Théo foi o primeiro a quebrar o silêncio, sua voz firme, quase cortante.— Então, o que está nós esperando? –Como podemos detê-la?Marcelo olhou para ele, os olhos se estreitando, e parecia pesar cada palavra antes de falar.— Ela tem muitos aliados, mas não é invencível. Se conseguirmos desestabilizar sua base de poder, ela ficará vulnerável. Mas isso exige coragem e rapidez. Ela está sempre um passo à frente.Eu olhei para cada um deles: Théo, Jonh, Joana, Mateus e Paola. Todos estavam prontos, mas sabiam que enfre
LunaCorações em GuerraNaquela noite, não consegui dormir direito. O rosto de Jonh e Giovana continuava em minha mente. Algo estava acontecendo entre eles, algo que nem mesmo eles conseguiam controlar.Na manhã seguinte, vi Giovana sentada no jardim, os olhos fixos na piscina, perdida em pensamentos.— Giovana.Ela se sobressaltou ao ouvir minha voz, mas logo relaxou.— Luna.Sentei ao lado dela, sentindo a hesitação em seu olhar.— O que aconteceu ontem?Ela ficou em silêncio por um momento antes de responder.— Eu pedi para ele se afastar.— Por quê?Ela respirou fundo, apertando as mãos no colo.— Porque eu tenho medo.Franzi a testa.— Medo do quê?Ela desviou o olhar para o horizonte.— Medo de me perder nele. Medo de não ser suficiente. Medo de que, no final, esse mundo acabe me destruindo.Senti um aperto no coração por ela.— Você gosta dele?Os olhos dela brilharam com intensidade.— Eu o amo. Mas amar um homem como Jonh significa aceitar tudo que ele é. Significa entrar no
Entre a Razão e o CoraçãoO amor deles é como o meu amor pela Dinorá, precisamos um do outro, nós nos completamos, e eu via isso em minha filha e no filho do conselheiro de Javier.Eu já vi muitos amores sucumbirem ao peso do nosso mundo. Já vi sentimentos se tornarem fraqueza, já vi o medo vencer batalhas antes mesmo de serem travadas. Mas também sabia que, quando um amor como aquele sobrevivia, tornava-se inquebrável.Queria que Giovana e Jonh tenham o que eu e Dinorá conseguimos conquistar. Amor, companheirismo e segurança e com certeza Jonh irá proteger Giovana.Quero que eles tivesse a chance de construir algo verdadeiro, algo que não seja corroído pela escuridão que nos cerca.E por mais que saiba que Giovana ainda lutava contra seus próprios fantasmas, eu torcia para que, no fim, ela escolhesse ficar.Porque, se havia algo que aprendi ao longo dos anos, era que o amor, quando verdadeiro, era a única coisa capaz de nos manter inteiros.E eu esperava, do fundo do meu coração, qu
Giovana Passei o resto do dia tentando manter minha mente ocupada, mas falhei miseravelmente. Cada vez que fechava os olhos, via Jonh. Cada vez que tentava respirar fundo, sentia a presença dele, como se estivesse ao meu redor, me envolvendo. Eu queria correr para ele. Queria me jogar em seus braços e esquecer de tudo. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim gritava para que eu fugisse. Meu mundo sempre foi diferente. Sempre foi seguro, previsível. E Jonh era o oposto disso. Ele carregava sombras dentro de si, marcas do que viveu, da violência que já enfrentou. E eu sabia que, se me entregasse a ele, nunca mais seria a mesma. Eu não sabia se estava pronta para isso. À noite, fui até o jardim novamente, buscando um pouco de ar. A brisa fria trouxe um arrepio, e me abracei, tentando afastar o turbilhão de sentimentos dentro de mim. Foi então que ouvi passos atrás de mim. — Você está fugindo de mim? A voz dele me congelou no lugar. –Jonh. Fechei os olhos por um instante, tenta
Marcelo A Armadilha Dias depois, após vários encontros, o plano foi sendo traçado com cuidado e precisão. Nosso informante tinha passado a informação de duas grandes entregas com diferenças de dias uma da outra, e que a quantidade de drogas era muito grande que se fosse apreendida deixaria La reina em maus lençóis. Nós não podemos errar pois temos como a maior arma o elemento surpresa. Passamos e repassamos cada fase do plano, não queremos falhas e nem colocarmos ninguém em risco. Mateus é nossos olhos invisíveis e ele que irá nos guiar, Éder treinou o melhor e ele estava do nosso lado. Marcelo conseguiu uma boa variedade de armas para que pudéssemos escolher a gosto. Luna, Jonh, Joana e Paola estariam nas motos, enquanto Théo e Marcelo dariam suporte da SUV. A ideia era interceptar o carregamento antes que chegasse ao destino final, onde os Albaneses iriam consolidar sua parceria com La Reina, fazendo assim com que ela se desestabilizasse. Tanto pelo prejuízo da mercadori
LunaVelocidade e SangueEu acelerei ainda mais, sentindo meu coração pulsar forte. As luzes do caminhão principal brilhavam à minha frente como um farol no meio do caos. Mateus estava um pouco atrás, acompanhando tudo pelo sistema de rastreamento.— Se eles chegarem à próxima bifurcação, vamos perder o controle da perseguição! Ele alertou.Não podíamos deixar isso acontecer.— Théo, Marcelo, agora! Gritei no comunicador.A SUV preta surgiu ao nosso lado como um predador, forçando um dos carros inimigos a se desviar bruscamente. O motorista perdeu o controle por alguns segundos, o suficiente para Marcelo emparelhar e atirar nos pneus dianteiros. O carro derrapou, batendo contra a lateral da estrada antes de rodopiar descontroladamente.O cheiro de borracha queimada tomou o ar.— Menos um. Théo murmurou, a voz baixa e carregada de tensão.Mas o caminhão ainda estava em movimento.JonhMeu sangue fervia.A perseguição era uma dança mortal, e eu estava no centro dela. O caminhão inimig
O Caminho para a VerdadeLunaA poeira subia ao redor dos destroços do caminhão tombado, e meu coração ainda martelava forte no peito. O veículo havia deslizado por metros antes de parar, e agora os ocupantes começavam a sair, desorientados.Mantive minha postura firme, observando cada movimento deles. Estávamos em vantagem, e eles sabiam disso.— Mãos onde eu possa ver! Ordenei, minha voz cortando o silêncio da estrada deserta.Os homens se entreolharam, relutantes, mas sabiam que não tinham escolha. Um deles, possivelmente o líder, ergueu as mãos devagar. Seu olhar era afiado, analisando cada um de nós.Mateus se aproximou, verificando rapidamente o que se encontrava com eles. Ele olhou para mim, seus olhos indicando algo mais profundo.— Esses caras não são apenas escoltas. Ele murmurou para que só eu ouvisse.Fiz um leve aceno de cabeça. Se aquele grupo era mais do que aparentava, tínhamos em mãos algo muito maior.— Vamos levá-los para a chácara. Lá teremos tempo para entender me