CAPÍTULO 53 UM LUGAR SECRETO
Luna. O casamento se aproxima. Despedida.

O amanhecer despontava, pintando o céu com pinceladas laranja e rosa, quando atravessei o portão enferrujado que dava acesso ao galpão antigo da Fazenda Feitiço do Sol Nascente. O frio da madrugada ainda se agarrava à terra úmida sob minhas botas, e uma fina névoa serpenteava pelo chão, como se o próprio mundo hesitasse em acordar.

O galpão ficava afastado do centro da fazenda, escondido por árvores altas e arbustos densos. À primeira vista, parecia apenas uma estrutura velha, esquecida pelo tempo. As tábuas desgastadas e o telhado remendado por chapas de metal davam a impressão de abandono, mas para nós, aquele era o coração pulsante de tudo que éramos e representávamos.

Empurrei a pesada porta de madeira, que rangeu como um velho queixoso, e fui recebida por um aroma inconfundível: óleo, suor e algo mais... talvez o cheiro metálico da pólvora impregnada no ar. Lá dentro, o ambiente parecia outro mundo.

As paredes eram forradas com estante
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