À noite Céu apenas tomou um banho e colocou uma roupa confortável para esperar o João. Não havia combinado nada em especial, mas ela resolveu preparar uma comida simples já que ela mesma não podia pular refeições. Estava como de costume na bastante calor, ela colocou uma bermuda cinza de um tecido leve e uma regata branca. Com aquela roupa já era possível ver a barriga crescida. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e foi cozinhar um macarrão com queijo, pois era o que estava com vontade de comer. Ela e Kelly haviam deixado o parque em seguida e foram para a casa da amiga, que morava em uma modesta kitnet bem no centro da cidade. Ela iria tentar abordar o assunto da doença.
– Depois dess
As sensações que lhe causavam as mãos de João Vicente eram indescritíveis. Parecia incrível como ele sabia exatamente quando e onde tocar, sexo não podia ser sempre assim, se não as pessoas seriam escravas disso e não fariam mais nada da vida. Essa era exatamente a vontade dela, ficar à mercê de suas atenções para todo o sempre. Talvez a gravidez tivesse potencializando ainda mais as sensações, porque elas estavam ainda mais intensas. Céu lembrava de ter lido em algum lugar que uma gestação pode aumentar o desejo das mulheres, devia ser verdade pois ultimamente ela andava subindo pelas paredes e nunca havia se considerado escrava de suas paixões.
Maria do Céu acordou com uma sensação de confortável aperto, demorou uns segundos para se dar conta que era o abraço do João Vicente que estava deitado ao seu lado.– Bom dia flor do dia, eu achei que você ia emendar dormindo. Você falou que não pode pular refeições, então vamos logo tomar café da manhã.Ela cobriu a cabeça para se proteger da claridade que entrava no quarto.
Na segunda-feira Céu ainda não havia falado novamente com João, depois da conturbada manhã de domingo. Kelly ligou para o médico cardiologista para marcar uma consulta, como combinado. Ela explicou brevemente seu problema e ele ficou de encaminhar por e-mail uma requisição com alguns exames para ela fazer antes da consulta, e então ele poderia avaliar melhor o seu quadro.Ela iria para a cidade vizinha cedo, faria os exames e depois ia direto para o consultório do médico, os resultados seriam enviados para ele por e-mail. O problema é que o único horário disponível seria na quinta feira, justo no dia em que estava marcada a ultrassonografia de Céu. Ela acabou marcando para garantir o horário, mas depois se arrependeu.– Eu acho melhor desmarcar, quem vai ficar aqui no atendimento?– Não se preocupe, já falei com a Liara
A terça feira transcorreu tranquila, Céu estava um pouco cansada devido a noite sem dormir, mas a sensação de plenitude vigorava. Na hora do almoço Kelly foi até a farmácia da esquina, comprar alguns itens que precisava. A ideia inicialmente comprar um desodorante, já que o seu estava acabando, mas não resistiu a tentação e saiu com uma sacola cheia de itens.Devido ao fato de sempre querer passar despercebida, sempre usava os cabelos rebeldes presos em um rabo de cavalo alto ou um coque. Porém como iria fazer um programa diferente no dia seguinte, resolveu ir atrás de produtos para poder arrumá-lo melh
Quando o relógio marcava onze horas da noite eles foram embora do bar. João deixou primeiro Kelly em sua casa e depois sugeriu que deixaria Andreas no hotel e por último Maria do Céu.Andreas discordou enfaticamente na frente dos dois.– João, não precisa ser um gênio para saber que você não volta hoje. E eu preciso falar com você, então você leva ela e me deixa por último. Depois que a gente conversar você volta para a casa dela.Céu enrubesceu um pouco com o comentário. Estava assim tão implícito que eles passariam outra noite juntos? Ela não havia falado nada, fora João que fez a sugestão de deixá-la por último sem nem consultar ela.João sabia que estava devendo a Andreas, e não era pouco, então aceitou a logística do amigo.– Ok. Vamos para a ca
Andreas chegou pontualmente às oito da manhã para pegar Kelly. Ela já o aguardava na porta pronta, com a bolsa nas mãos.Ela o viu, trancou a casa e entrou no carro.– Bom dia.– Bom dia. Você pode me dar a localização para eu colocar no GPS?
Céu chegou em casa exausta e com o astral muito baixo. Era inacreditável que tudo aquilo tivesse acontecido com a Kelly, coitada vivendo uma vida de fugitiva desde tão nova. Sendo praticamente escravizada por um homem horrível que ainda por cima a perseguia. Ela entendia o receio da amiga de falar sobre o assunto, e o porquê dela ter aquele temperamento arredio. Se fosse com ela também não conseguiria confiar em ninguém. Agora o mais importante era deixá-la segura e viva. Isso seria possível graças ao oferecimento do Andreas. Kelly não precisou entrar em muitos detalhes, eles logo conseguiram entender a origem de seu problema com o perseguidor, e definiram que o casamento seria mesmo a melhor solução. Deixaram ela falar e ninguém fez pergun
A festa de casamento foi um sucesso, todos comeram e beberam, comemorando com os noivos. Tiraram muitas fotos estratégicas, que provavam o quanto todos estavam felizes naquele dia. Kelly não podia deixar de se sentir mal com aquilo tudo. Sentia-se enganando pessoas queridas, mas agora era o momento de se priorizar. Aquele casamento salvaria sua vida e quem sabe ajudaria a protegê-la dele, o inominável. Só em lembrar que aquele homem existia já lhe causava náuseas, ele a havia estragado para sempre. No momento do "pode beijar a noiva", ela achou que fosse desmaiar, mas Andreas percebeu e a ajudou. Não foi agradável, mas conseguiu suportar o toque. Aquele homem era um pouco misterioso, às vezes era tão arrogante, e demonstrava superioridade. Outras, fazia coisas como aquela, se ofereceu para ajudá-la sem que ela tivesse nada a oferecer. Ela precisaria lembrar de ser mais amável, mais agradecida, mesmo nos dias em que ele estivesse disposto a enlouquecê-la, como quando a comparou com uma