No princípio Céu estava muito insegura sobre a gravidez e o futuro, sobre o emprego e a vida naquela cidadezinha. Mas Flor fez questão de tranquilizá-la, que poderia manter o emprego enquanto quisesse. A alertou que por se tratar de uma cidade pequena, poderiam surgir comentários maldosos e perguntas inconvenientes, mas que ela aprenderia a lidar com aquilo. Os enjoos e tontura tinham terminado, com a graças de Deus, aquele período havia sido muito difícil. Com o passar do tempo Kally e Céu se aproximavam cada vez mais. Passavam boa parte do tempo livre juntas e Kally a acompanhava em consultas e exames sempre que possível.
Quatro meses já haviam se passado, mas para João parecia uma vida inteira de tormento. Ao que tudo indicava, Maria do Céu havia realmente desaparecido da face da terra. João falou com o dono do bar que não disse não saber de nada, era bem provável que fosse mentira, e que ela o obrigou a dizer que não sabia onde se encontrava. O fato é que não conseguiu arrancar nada do Jão.Ao longo dos dias, seguiu procurando como pode, já que havia sido bloqueado em todas as redes sociais e ela havia trocado o número de telefone. Se utilizou dos meios que dispunha, nem todos legais, usou a influência do pai, e até mesmo contratou um detetive particular. Os meses passaram-se e não conseguiu nada, nem rastro da sua Céu. Seguiu a administrar a empresa como sempre, mas sua mente estava tomada pelas lembranças dela e o medo do que poderia ter acontecido. Era uma loucura e
Dois dias depois de descobrir a pista sobre o paradeiro de Maria do Céu, João Vicente e Andreas pegaram a estrada rumo à cidade de Mariana. Era uma longa viagem, mas decidiram ir de carro para não ficar sem transporte lá. Pelo que pesquisaram o lugar não oferecia nem um serviço de aluguel de veículos. Como será que Maria do Céu havia encontrado essa cidade para esconder-se? Foram no carro do João, uma Captiva cinza, modelo 2022. O carro era enorme e bastante confortável para longas viagens. Ambos resolveram o que estava pendente e não perderam tempo em pegar a estrada. Andreas também havia pedido demissão de seu posto na Global Marketing, alegando que não teria porque ficar se o amigo saísse, afinal, sempre haviam sido uma dupla.
Céu desceu do carro apressada e correu para abrir a porta. Andreas desceu do banco do carona e pegou Kelly do banco de trás novamente nos braços para levá-la para dentro. Ele a colocou ainda desacordada com cuidado no sofá. João Vicente entrou logo atrás dos dois na pequena casa.Ao ser deitada no sofá Kelly acordou em um sobressalto, e sentou-se no sofá.– Kelly, você está bem? Você desmaiou na praça.
Céu aguardou ansiosa Kelly chegar na manhã seguinte na lanchonete. Ela chegou pontualmente, como se nada tivesse acontecido, notava- se que estava apenas um pouco mais pálida do que de costume.Juntas, foram organizar as coisa para a abertura.– Como você passou a noite?Foi Céu quem puxou o assunto afinal.– Bem, depois que tomei os remédios eu melhorei. Eu disse que não precisava se preocupar.– Mas foi assustador Kelly, nunca vi você desmaiar daquele jeito. E ficou muito tempo desacordada. Que tipo de problema de saúde você está tendo? Tem certeza que não é grave?Kelly parou de esfregar o chão com a bruxa e se debruçou sobre o seu cabo.– É que eu nasci com uma válvula ruim no coração. Até eu fazer uns 13 anos eu estava bem, mas de uma hora para a outra comecei a sentir os
Nunca antes João havia sentido a estranha sensação que se apoderou dele, quando viu entrar naquele restaurante um homem corregando flores e as entregando para a garçonete atrás do balcão. Aquela era a sua mulher, que seria a mãe do seu filho, a cena parecia de um todo errada. Ele sentiu-se extremamente incomodado e sem pensar muito a respeito se levantou e foi em direção a eles. Andreas levantou-se e ficou de prontidão, aguardando o momento em que a confusão começaria.Kelly também temeu pela conservação do ambiente se aqueles dois resolvessem brigar e Flor observava tudo sem fazer ideia do quanto o seu negócio corria perigo.
À noite Céu apenas tomou um banho e colocou uma roupa confortável para esperar o João. Não havia combinado nada em especial, mas ela resolveu preparar uma comida simples já que ela mesma não podia pular refeições. Estava como de costume na bastante calor, ela colocou uma bermuda cinza de um tecido leve e uma regata branca. Com aquela roupa já era possível ver a barriga crescida. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e foi cozinhar um macarrão com queijo, pois era o que estava com vontade de comer. Ela e Kelly haviam deixado o parque em seguida e foram para a casa da amiga, que morava em uma modesta kitnet bem no centro da cidade. Ela iria tentar abordar o assunto da doença.– Depois dess
As sensações que lhe causavam as mãos de João Vicente eram indescritíveis. Parecia incrível como ele sabia exatamente quando e onde tocar, sexo não podia ser sempre assim, se não as pessoas seriam escravas disso e não fariam mais nada da vida. Essa era exatamente a vontade dela, ficar à mercê de suas atenções para todo o sempre. Talvez a gravidez tivesse potencializando ainda mais as sensações, porque elas estavam ainda mais intensas. Céu lembrava de ter lido em algum lugar que uma gestação pode aumentar o desejo das mulheres, devia ser verdade pois ultimamente ela andava subindo pelas paredes e nunca havia se considerado escrava de suas paixões.
Maria do Céu acordou com uma sensação de confortável aperto, demorou uns segundos para se dar conta que era o abraço do João Vicente que estava deitado ao seu lado.– Bom dia flor do dia, eu achei que você ia emendar dormindo. Você falou que não pode pular refeições, então vamos logo tomar café da manhã.Ela cobriu a cabeça para se proteger da claridade que entrava no quarto.
Último capítulo