Eu não queria lembrar das coisas que aconteceram comigo, mas não podia controlar os meus sonhos. Tudo pareceu real, até a dor de sentir Andrew me apertando. Ele estava em cima de mim, forçando-me a beija-lo, tocando no meu corpo, arrancando as minhas roupas.Anthony era o único com quem me sentia segura, apesar da sua atitude ousada quando cogitei sair da sua casa. Na realidade, eu não queria ir embora, mas sentia que precisava pensar nas coisas longe dele.Estar a seu lado era reconfortante e sabia que nunca me machucaria. Isso poderia influenciar nos meus reais sentimentos e não queria confundir amor fraterno com amor entre um homem e uma mulher.Não poderia negar que seus beijos despertavam algo que nunca senti, gostava do seu toque e precisava do calor do seu corpo, porém, mesmo não querendo, eu ainda era uma garota sem experiência e não sabia se entrava nesse jogo ou despertava para a minha realidade e acabava com essa loucura.Dentro do meu peito existia um medo: perder Anthony.
— Finalmente nos conhecemos. – Disse o idiota a minha frente que estava com um sorriso debochado no rosto. Eu poderia dizer que Paolo começou com isso só para que chegássemos aqui. Desde que meu pai morreu, as coisas entre nós vinham esquentando, mas nunca chegamos a ficar cara a cara. O velho poderia ser até um idiota, porém, sabia jogar esse jogo. Depois que nos roubou as drogas e nos fez perder dinheiro, esperou que eu revidasse só para balançar o seu charuto caro que fedia a merda na minha frente. O que mais estava odiando nisso tudo era o fato de ter encurtado mais que o desejado a minha viagem com Ellen. Logo quando pensei que estava começando realmente a aproveitar a paz que ela me dava, fui arrastado para esse sofá de couro de cor exagerada, tomando uma bebida forte para não perder todos os sentidos que tinha e socar o rosto desse imbecil. – Não podemos ficar nessa guerra civil. Podemos atrair os olhares de quem não desejamos.— Interessante falar isso, já que foi você quem c
Não sabia se tinha feito um bom negócio, mas se bem conheço Paolo, ele me prejudicaria caso não aceitasse. Pelo menos, tinha um quase aliado ao meu alcance. LA era um buraco sujo onde muitos vinham para se aproveitar e já enfrentamos muitos outros grupos que desejavam um pedaço do generoso bolo que tínhamos.A realidade era que eu não desejava começar uma guerra com eles logo quando estava conseguindo o que desejava com Ellen. Seria difícil quando ela descobrisse sobre os meus reais negócios, não queria colocar um confronto no meio.Quando entrei no apartamento, a casa estava silenciosa, com poucas lâmpadas acessas. Esse era o clima típico de quando eu estava em casa, sem ela, mas Ellen trazia cor e vida para esse lugar, e me era estranho encontrar tudo tão... calado.— Ellen! – A chamei colocando as chaves em cima da bancada. – Ellen, você está no quarto? – Ela não me respondeu o que me fez ficar preocupado. Ela adorava ficar ao ar livre então fui até o terraço. Ellen estava sentada
Desde que aquela mulher veio até o apartamento e falou aquelas coisas, a minha cabeça estava cheia de questionamentos e ciúmes. Anthony não parecia ser o tipo de homem que diz algo só para conseguir o que desejava. Eu realmente acreditava que ele me amava. Via isso em seus olhos ou nos seus atos.Anthony sabia me dobrar como ninguém. Não conseguia ficar brava com ele. Quando estávamos juntos, meu corpo não parecia meu, era inevitável e difícil dizer não. Seu cuidado ontem, foi o que mais me encantei.Eu não fazia ideia do que aconteceria, quando ela chegou. Ainda estava pensativa sobre a conversa com a morena e pensei que estava sendo uma ridícula sentindo ciúmes dessa mulher, mas era mais forte que eu.Anthony parecia me conhecer mais que eu mesma. As coisas passaram de uma simples conversa para algo que ainda não havia experimentado.Era bem verdade que já tinha sentido desejos e com certeza pensei várias vezes em me tocar, mas nunca tive a iniciativa. Era estranho, mesmo sabendo qu
Anthony havia estacionado em frente a uma casa enorme e muito linda de dois andares, com área de jardim e uma piscina muito bonita. Quando saí do veículo, ainda estava impressionada com o tamanho e a beleza do lugar. Não fazia ideia do que estávamos fazendo aqui, e qual era a surpresa dele.— Estava na hora de mudar as coisas, e sei o quanto não gosta do apartamento escuro em que moramos, por isso comprei essa casa. – Falou me surpreendendo. – Além do mais, a segurança será reforçada e nenhuma outra mulher virá lhe incomodar aqui.Cerrei os olhos para ele depois que terminou a sua frase. Um dia depois que a sua ex-ficante apareceu na sua casa, ele me vem com segurança e uma nova casa. Tinha algo estranho no qual a minha cabeça não estava aceitando muito bem as respostas evasivas dele.— Anthony, o que realmente está acontecendo? – O questionei o fazendo respirar fundo e colocar as mãos na cintura.— Quero agrada-la e você desconfia de mim? – Reclamou parecendo estar me dando uma bron
Ela estava vestida com um lindo vestido de cor vermelho tentação, tecido fino e elegante, que destacava a cor da sua pele. A joia cravejada de diamantes que lhe dei, completava a perfeição que era o seu corpo.Ellen era a mais linda do salão e a única que chamava a minha atenção, apesar de ter inúmeras mulheres que estavam fazendo de tudo para que eu as olhasse.Essa era a primeira vez que a trazia em um evento formal. Os olhares foram de estranheza, pois nunca oficializei nada com ninguém. Sempre odiei trazer as mulheres com quem transava em ocasiões como essa, porém, Ellen era diferente. Eu a queria como minha e ela estava quase chegando onde queria. Não importava o que precisasse fazer para que isso acontecesse, ela seria minha.Depois que nos mudamos para a nova casa, Ellen estava mais animada e nem se lembrava dos demônios que carregava depois daquele incidente. Eu queria vê-la feliz. Seu sorriso me encantava e distraía das coisas ruins que eu fazia.— Por que as pessoas não par
Ele estava me consumindo, pouco a pouco. Anthony tinha um poder estranho de dominar os meus desejos. Eu não precisava esperar por um momento especial, por uma atitude extremamente romântica.Não estava guardando a minha virgindade a sente chaves para depois do casamento. Eu só queria que as coisas fossem devagar, me dando confiança para prosseguir e era isso que ele estava fazendo.Anthony não me pressionava, não esperava nada com os seus presentes ou quando me dava prazer. Depois que ganhamos essa intimidade, a nossa relação crescia e se fortificava, eu o desejava cada vez mais e não temia ser vulnerável nos seus braços.Era eu quem não estava mais aguentando ser a garota frágil e inocente que se reprimia e boicotava para não aproveitar o máximo do prazer que ele podia me dar.Assim que chegamos em casa, na nova que ele havia comprado, as coisas saíram do controle, e era isso que eu queria. Por instinto, tirei a sua camisa, assim que ele havia me colocado sentada em algum móvel de m
Quando criança gostava de um doce caramelizado que sempre pedia para a minha mãe fazer nos meus aniversários. Ele era doce, suculento e me deixava empolgado, mas ele perdeu toda a graça quando comparado a Ellen. Eu a amava, tinha certeza disso. A desejava como se fosse uma necessidade e assim que se tornou minha por completo confirmei o que já imaginava. Ela era a minha destruição.Nunca imaginei que me sentiria tão leve e encantado com algo, como estava no momento, enquanto a observava dormir ao meu lado na cama. Poderia dizer que não desejava mais nada, ela me bastava. Não queria de forma alguma sair para trabalhar, mas sabia que muitas coisas dependiam de mim. Agora mais que nunca, imaginava, preocupado, em como Ellen agiria quando contasse a ela sobre o que eu fazia, o que seu pai era e que sua vida poderia correr perigo apenas por estar ao meu lado.Tinha total certeza de que nada e nem ninguém a tocaria. Eu mataria quem quer que fosse, porém, não era tolo de pensar que os meu