Minha cabeça estava doendo tanto que mal pude abrir os olhos. Sentia meu corpo pesado e foi difícil obrigar as minhas pálpebras a abrirem. Por sorte o quarto estava escuro, como se ainda fosse noite, mas eu sabia que não era, pois, alguns feixes de luz entrava através das brechas da cortina escura.Quando me forcei a levantar um pouco, senti como se tivesse corrido uma maratona e não conseguia lembrar o que havia acontecido.O dia de ontem foi corrido e quase desisti de ir à...Festa!— Você está bem? – A voz de Anthony me assustou e encolhi-me na cama fofa. Ele estava nas sombras do quarto, eu podia senti-lo. Algo dentro de mim despertou um sentimento de medo que quase me fez chorar, mesmo sem que eu soubesse o porquê. – Tome isso, vai ajudar com a dor na cabeça. – Nada saía da minha boca, mesmo que eu tentasse comandar o meu corpo. Peguei o copo e o comprimido sem saber se conseguiria fazer o processo. Aos poucos tomei consciência de que não estávamos no meu quarto. Nunca havia entr
Depois daquele episódio dramático na fraternidade, passei a noite em claro cuidando de Ellen. Não sabia se ela estava apenas bêbada, sedada por algum medicamento ou drogada.Realmente fiquei com medo. Medo de perde-la, de ser o causador disso. Não podia me separar tão fácil da minha garota, por isso passei a noite ao seu lado, na minha cama. Desejei voltar àquele lugar e terminar o trabalho que comecei, mas era arriscado mexer com Philip, apesar de ter uma boa justificativa.Muitos já especulavam o meu envolvimento com o crime. Não temia ser descoberto, porém, sabia que o FBI estava esperando uma razão para me prender e eu devia tomar mais cuidado.Quando o dia amanheceu, já estava muito chateado pelos fatos e não adiantava deitar e tentar dormir. Tinha que cuidar dela, mesmo estando puto por dentro.Levaria horas para que isso me deixasse e tudo piorou quando ela acordou. Notei que ainda estava sonolenta e frágil. Poderia ser o efeito das drogas, que se fosse misturada com álcool, po
Não posso dizer que um dia ao lado da mulher que me criou me fez esquecer de tudo o que havia acontecido. Ainda me sentia péssima por ter acreditado em um idiota que quase abusou de mim, só porque desejava ganhar uma aposta. Meredith era como uma mãe e estar ao seu lado novamente era bom. Ela ainda trabalhava na casa onde cresci, e dizia que só estava lá devido ao longo tempo e que se adaptou ao seu trabalho, mas que se Becca novamente me humilhasse ela sairia da casa.A verdade era que ela já deveria ter parado de trabalhar, mas ficando lá, a mulher poderia morar com os seus sobrinhos na casa dos fundos.Mere não estava gostando muito da minha estadia nessa casa, algo a incomodava e a minha curiosidade insistia em querer saber o porquê. Seu telefone havia tocado e ela saiu para atende-lo, mas durante a conversa, notei que estava ainda mais chateada. Mere nunca levantaria a voz para ninguém, muito menos ao telefone e assim que desligou o aparelho, voltou para dentro da sala com cara
Ellen ficou em silêncio o caminho todo até Hill House, e minha preocupação era que isso fosse pelo o ocorrido com Andrew.Eu sabia que isso ficaria em sua memória para sempre. Na verdade, eu desejava que ela nunca tivesse lembrado, mas o que fizeram ela ingerir, não foi tão forte para apagar isso da memória. Ela não sabia quando voltaria para a faculdade e eu já estava procurando alternativas para que ela não deixasse de fazer o que amava. Se do nada ela revolvesse voltar para a universidade eu teria que ter um cuidado redobrado para que os idiotas ficassem longe da minha Bela, porém, sentia que não era esse o seu desejo.Quando decidi vir para esse lugar, desejei afasta-la de tudo de ruim que havia acontecido. Pensei que estar com Meredith ajudaria um pouco, mas o que estava parecendo era que isso a deixou ainda mais amedrontada.Agora estávamos em uma enorme casa com seis quartos, grandes janelas de vidro, uma área aberta que era 5 vezes maior que a minha cobertura. Nunca trouxe a
Eu mal conseguia respirar com tudo o que estava acontecendo. Meu corpo parecia não me responder. Anthony tinha topo o poder sobre ele, como se fosse o dono. Sua barba grossa roçava em meu pescoço fazendo-me arrepiar, suas mãos enormes me prendiam a ele, provocando-me uma fraqueza anormal.— Ellen! – Ele disso ao meu ouvido. – Não a tocarei hoje. – Seus sussurros me torturavam tanto quanto suas palavras. Eu desejava isso. Desejava ser tocada por ele.— Por que não? – Questionei ainda com os olhos fechados, deixando que meu cérebro apenas sentisse as boas sensações que era estar ao seu lado.— Porque antes de toca-la, você deve fazer isso por mim. – Respondeu com sua voz sensual. – Toque-se, Bela. Faça isso por mim.Senti-me envergonhada com o seu pedido. Não era como se nunca tivesse feito isso, eu não era tão puritana, porém, eu não estava só em meu quarto. Anthy estava comigo, dentro do quarto escuro onde dormia, segurando-me por trás, me pedindo algo que só tentei quando estava só.
Não tinha intensão de amedronta-la com a minha obsessividade, porém, ao escutar que ela deixaria a minha casa, fui invadido por uma insegurança e raiva que me fizeram agir daquela forma, como se eu fosse o dono do mundo.Eu estava me sentindo rejeitado pelo fato de que revelei tais sentimentos para ela e Ellen simplesmente diz que vai embora. Eu via seu desejo por mim, mas não entendia o porquê de se distanciar. Acabei botando tudo a perder, quando deixei o meu lado bruto agarra-la e comanda-la daquele jeito. Eu sabia que a garota acabou de passar por um momento difícil e talvez seja por isso que ela deseje sair da minha casa, no entanto, pensar em não vê-la todos os dias, senti-la tão perto e vigia-la, mesmo estando longe, faria com que eu enlouquecesse.Não dava mais para voltar no tempo e não tinha que esconder os meus desejos dela. Se estava chateada pelo modo como a tratava, isso mudaria a partir desse momento.Ela não era mais uma criança e eu não estava cometendo um crime. Óbv
Eu não queria lembrar das coisas que aconteceram comigo, mas não podia controlar os meus sonhos. Tudo pareceu real, até a dor de sentir Andrew me apertando. Ele estava em cima de mim, forçando-me a beija-lo, tocando no meu corpo, arrancando as minhas roupas.Anthony era o único com quem me sentia segura, apesar da sua atitude ousada quando cogitei sair da sua casa. Na realidade, eu não queria ir embora, mas sentia que precisava pensar nas coisas longe dele.Estar a seu lado era reconfortante e sabia que nunca me machucaria. Isso poderia influenciar nos meus reais sentimentos e não queria confundir amor fraterno com amor entre um homem e uma mulher.Não poderia negar que seus beijos despertavam algo que nunca senti, gostava do seu toque e precisava do calor do seu corpo, porém, mesmo não querendo, eu ainda era uma garota sem experiência e não sabia se entrava nesse jogo ou despertava para a minha realidade e acabava com essa loucura.Dentro do meu peito existia um medo: perder Anthony.
— Finalmente nos conhecemos. – Disse o idiota a minha frente que estava com um sorriso debochado no rosto. Eu poderia dizer que Paolo começou com isso só para que chegássemos aqui. Desde que meu pai morreu, as coisas entre nós vinham esquentando, mas nunca chegamos a ficar cara a cara. O velho poderia ser até um idiota, porém, sabia jogar esse jogo. Depois que nos roubou as drogas e nos fez perder dinheiro, esperou que eu revidasse só para balançar o seu charuto caro que fedia a merda na minha frente. O que mais estava odiando nisso tudo era o fato de ter encurtado mais que o desejado a minha viagem com Ellen. Logo quando pensei que estava começando realmente a aproveitar a paz que ela me dava, fui arrastado para esse sofá de couro de cor exagerada, tomando uma bebida forte para não perder todos os sentidos que tinha e socar o rosto desse imbecil. – Não podemos ficar nessa guerra civil. Podemos atrair os olhares de quem não desejamos.— Interessante falar isso, já que foi você quem c