— Agora eu tenho que andar com um segurança, Sarah. — Pelo menos aquele homem não vai fazer nada. — Eu fiquei com medo dele — Alice se senta num dos bancos do pátio da escola, ela usava seu uniforme escolar, saia plissada cinza até os joelhos, uma camisa social branca de manga curta, e um par de sapatos sociais femininos. Seu cabelo castanho estava enfeitado com um laço.— Deve ter sido assustador quando ele falou seu nome. — O meu pai é muito valente e eu corri até ele. — Olha quem está ali — Sarah olha para algo atrás de Alice. — Ele está sempre lendo livros, nunca está com os amigos — comenta a menina. Kendrick era um garoto quieto, ele gostava de passar seu tempo lendo, não que ele não tivesse amigos, mas eles preferiam passar o intervalo jogando e ele não. O garoto tinha por volta dos doze anos de idade, possuía cabelos castanhos escovados de lado, seus olhos eram de um azul oceânico, sua pele oliva e os traço
— Esse sorvete está muito bom — diz Alice comendo seu sorvete de limão com chocolate. — O meu também está gostoso, essa sorveteria é ótima — Ken tinha pedido morango e creme. — Só é chato o meu segurança por perto. — De qualquer você não poderia sair sem um adulto. — A parte chata de se ter oito anos — ela bufa. — Que tal a gente da uma volta depois? Está calor e não é legal ficar em casa. — Acho uma ótima ideia, assim eu passamos no parque. — Então vamos terminar de tomar o sorvete. — O meu já está quase no fim — ela sorri com o rosto sujo de sorvete. Os dois caminham pelas ruas do bairro, o segurança os seguia alguns passos atrás, Alice estava animada para brincar no parque, fazia algum tempo desde a última vez que tinha ido lá. Ken gostava da companhia dela, ele sempre aceitava os convites para passear, como não tinha irmãos ele passava muito tempo sozinho, então não lhe custava nada sair co
— Você veio até mim, meu amor — Jake a abraça. — Eu só quero a minha filha, de você eu tenho nojo. — Eu e a minha irmã te apoiamos quando você precisou — ele a segura pelos braços. — Isso não me torna o sua, você não me comprou, eu não sou um objeto. — Você sabia que a Joy morreu? Ela estava doente, mas não quis contar nem mesmo para você, quando vocês duas se tornaram amigas ela sabia que seria por pouco tempo, e no final ela passou os últimos anos de vida sozinha. — Eu não tinha nada contra a Joy, eu a amava como amiga, mas o problema era você ser irmão dela. — De qualquer forma ela não está mais aqui. — A culpa não é minha, eu me afastei por medo, você estragou a nossa amizade. — A única coisa que eu queria era você — ele a beija enquanto ela se debate. — Você é nojento — ela tenta empurrá-lo, mas ele abraça com força. — Mesmo que isso seja a última coisa que eu faça, você vai ser
— Você veio me visitar, acho que minha irmãzinha não está sendo uma boa esposa. — Não venha com esse tipo de fala, eu só vim te fazer uma pergunta. — Minhas respostas custam caro, Oli. — O que você quer em troca de ser sincera comigo? — Eu fiquei sem nada, e como vou ficar muito tempo aqui, quero que você coloque uma casa no meu nome, assim o meu advogado pode alugar e me repassar o valor do aluguel.— E qual é o seu interesse nisso? Você vai ficar no mínimo vinte anos presa. — Mesmo que eu fique quarenta anos, ter algo no meu nome vai ser bom, vou ter como refazer minha vida. — Está bem, vou colocar a casa de campo no seu nome. — Então me faça a pergunta, estou disposta a responder. — Você realmente perdeu o nosso filho, Sam? — Não, eu inventei isso para não contar a verdade. — O que você fez com o meu filho, Samantha? — O deixei num orfanato, eu não nasci para ser
Quando Bella voltou para montar seu consultório, Alice ficou feliz em ter a prima por perto. Foram alguns anos estudando, ela agora estava pronta para trabalhar, e usaria parte de sua fortuna para abrir seu próprio consultório. Alice tinha proposto ajudá-la depois das aulas, ela finalmente parecia animada após a partida de Ken. — O meu pai disse que eu tenho que seguir em frente. — Você se tornou uma adolescente linda, não pode desperdiçar sua vida pensando no Ken. — A escola só tinha graça quando ela ele estava lá, Bella. — Tenho certeza que você tem outros amigos. — Nenhum é como ele, mesmo quando algum garoto tenta me impressionar. — Certamente ele está conhecendo novas pessoas na faculdade, já tem dois anos que ele se foi. — As vezes ele responde as minhas mensagens. — E o que ele diz? — indaga Bella arrumando alguns livros na estante. — Que na faculdade ele vive muito ocupado, e também que
O apartamento era na cobertura, tinha uma vista incrível, tinham vários adolescentes circulando pela festa. Alice pega um refrigerante, ela o bebe enquanto procura um rosto conhecido, a morena olha o celular e senta num canto. Seus colegas de classe não tinham chegado, apenas os alunos mais velhos estavam presentes, ela sabia que provavelmente os pais deles não tinham deixado. — Você vai passar a festa toda aí? —indaga um garoto usando jaqueta e jeans.— Nenhum dos meus colegas de classe chegaram. — Aqui tem bastante gente legal, Alice. — Você lembrou o meu nome, Jay — ela sorri. — Não tem como esquecer o nome da garota mais popular da turma. — Da turma dos mais novos, vocês estão no último ano. — Isso não te faz menos popular, e além disso seu pai é super conhecido. — Essa é consequência de ser uma Miller. — Então vamos nos juntar aos outros — ele estende a mão e ela aceita. — Você é
— Os meus tios me falaram que você não está bem. — Eu só estou com um pouco indisposta, Bella. — Você está de pijama em pleno final de semana, a Alice que eu conheço estaria se arrumando uma hora dessas. — Não é nada importante, eu só briguei com um amigo. — Ele era só um amigo mesmo? Eu nunca te vi ficar assim por ninguém. — Digamos que ele me traiu da pior forma. — Já tentou conversar com ele? As vezes as coisas podem se resolver com diálogo. — Ele é a pessoa que eu mais odeio no momento. — O que pode ter acontecido de tão grave, Alice? Alice olha para um ponto fixo, alguns flashs de memória surgem em sua cabeça. Ela estava muito bêbada, Jay e seus amigos estavam com ela em um carro, ele dava beijos em seu pescoço, todos riam e bebiam. As coisas ficam um pouco turvas, mas logo surgem novas imagens, Alice estava caminhando com a ajuda de Jay. Ele a deita numa cama, tudo estava girando e o som
— Tem algo me atormentando, Emma — Oliver estava pensativo quanto ao anel de Ken. — Depois do que descobrimos é natural que você fique assim. — Sim, mas não foi a única descoberta. — Agora fiquei preocupada, você parece tenso. — Vamos fazer primeiro o boletim de ocorrência, esse garoto precisa ser encontrado e punido. — Seja o que for você precisa confiar em mim — ela coloca a mão sobre o ombro dele. — Um anel de família nunca apareceu. — Você está preocupado com uma joia? A nossa filha acabou de ser violentada. — Não é isso, eu vi o anel no dedo do Ken, ele disse que deixaram com ele no orfanato. — Então você desconfia que ele possa ser o filho da Sam? — Ele tem a mesma idade, foi adotado, e está com um anel que foi roubado pela Sam. — Isso me assusta bastante — ela se senta. — Sabe o que isso significa? A nossa filha vai sofrer outra vez quando descobrir, ela não