Uriel seguiu com Philip em direção à região onde se localizava o clã dos vampiros, pois desejava falar com Eliote, o líder daquele grupo. Como era incomum a presença de um Lycan naquela área, e ainda mais incomum quando se tratava de Uriel, o líder vampiro decidiu recebê-los. Tanto Uriel quanto Philip adentraram o local, mantendo suas guardas elevadas, pois a desconfiança mútua entre Lycans e vampiros era evidente. — A que devo a honra da visita, Uriel? — perguntou Eliote, segurando uma taça de sangue em sua mão. — Estou em busca do Victor; acredito que ele faça parte de seu clã. Uriel percebeu uma mudança na expressão de Eliote ao ouvir o nome de Victor, confirmando suas suspeitas de que ele pertencia àquele clã. — Por que vocês estão atrás dele? — indagou Eliote, expressando sua curiosidade. — Ele sequestrou a companheira de um dos meus homens, aquele que está diante de você. — Uriel apontou para Philip. — Você compreende o significado das companheiras para os lobisomens
Na cidade, Philip percebeu imediatamente que algo estava errado novamente com Rachel e apressou Uriel. — Rápido, Uriel! Senti que Rachel está com medo. Alguma coisa está errada. Aquele desgraçado deve estar tentando fazer algo com ela. Philip pediu, sua voz carregada de aflição, enquanto Uriel tentava avançar o mais rápido possível, enfrentando o trânsito tumultuado. ******** Victor instintivamente se afastou quando percebeu uma presença estranha emanando de Rachel. Ele não compreendia o que estava acontecendo. Rachel se ergueu do colchão e permaneceu de pé, encarando Victor. — Por que estou sentindo uma energia de lobisomem vindo de você? Você é humana. — Victor afirmou, ainda um pouco intrigado. Após proferir essas palavras, ele ponderou sobre o casal que a acompanhava, percebendo que eram lobisomens, os quais Rachel se referira como família. — A não ser que… Victor interrompeu-se ao perceber que ela lhe dirigia um leve sorriso. — É isso mesmo que você está pensando, Victo
Rachel encontrava-se imersa em uma escuridão profunda, semelhante àquela que a envolveu durante o encontro com Misty. No entanto, sua loba não estava à vista; apenas vozes ecoavam ao seu redor, vozes familiares que pareciam desencadear uma sensação de reconhecimento. Enquanto caminhava na escuridão, uma luz começou a se aproximar, revelando imagens do passado, fragmentos da infância de Rachel. Uma cena se desdobrava diante dela: o orfanato onde passou parte de sua vida, ela estava sendo conduzida a uma sala por uma das mulheres responsáveis pelas crianças. A percepção de Rachel mudou quando ela notou que aquilo não era um mero sonho, mas sim lembranças vivas. No entanto, havia algo intrigante: ela não se recordava da presença de uma terceira pessoa naquela sala. Aquela figura misteriosa estava envolta em uma capa preta, com um capuz sombreando seu rosto. Naquele instante, Rachel fez a conexão, identificando-a como a mesma mulher que a perseguiu em seu primeiro sonho com Misty. A mu
Philip e Uriel vasculharam cada centímetro dos arredores da propriedade em busca de Rachel, mas não encontraram nada além de pegadas e o inconfundível cheiro de outros lobos. Diante das evidências, um pensamento único dominou a mente de Philip. — Victor teve auxílio de lobisomens para capturar Rachel. Só consigo pensar em uma pessoa com o dedo nisso: Quinton. Uriel assentiu, compreendendo a gravidade da situação. — Checarei com meu informante. Se suas suspeitas estiverem corretas, precisaremos agir rapidamente. Não quis mencionar antes, quando recebeu a notícia do desaparecimento de Rachel, mas acredito que Sara também pode estar em perigo. Philip franziu a testa ao ouvir aquilo, sua expressão denotando irritação. — Por que está dizendo isso? — indagou ele. Uriel, sério e preocupado, respondeu: — Senti como se Sara estivesse assustada e apreensiva. Não sei o que ela pode estar enfrentando. Eu sei que você busca retomar seu posto e se vingar do Quinton, mas se ele fez mal a Sara
Quinton recebeu a informação de que Rachel havia acordado e dirigiu-se imediatamente à prisão onde ela estava detida. Ele desejava conversar com ela e levou consigo roupas para que Rachel pudesse se vestir. Ao perceber que estavam se aproximando, Taylor fez um gesto de silêncio para Rachel e se deitou no chão, simulando estar dormindo ou desacordado devido ao veneno. Ao se aproximar da cela, Rachel o encarou e segurou ainda mais firme aquela manta. Quinton dirigiu seu olhar na direção em que Taylor estava e, em seguida, adentrou a cela dela. — Que bom que acordou. Ouvi falar sobre a briga que teve com um vampiro antes de desmaiar. Além disso, descobri que você é uma loba branca. Não pode imaginar o quanto isso me surpreendeu. Rachel se questionou sobre o que tornava sua loba branca interior tão especial, mas decidiu adiar essa pergunta para alguém em quem pudesse confiar, certamente não para o homem à sua frente. — O que você quer comigo? Por que instruiu seus homens a me trazere
Sara tentou de todas as formas chegar à prisão onde Taylor e Rachel estavam, mas, todas às vezes que tentava escapar, um dos vigias de Quinton aparecia. Em uma dessas ocasiões, foi a vez de Quinton surgir e impedir que ela prosseguisse. — Pretende ir à prisão? — Ele perguntou com um olhar desconfiado. — Não posso? Isso não foi o que combinamos? Você disse que eu poderia sair do quarto, visitar o Taylor e andar pela alcateia. Por que está mudando o combinado? — Sara questionou, como se não houvesse um motivo oculto para sua visita. — Temos uma convidada na prisão, e diante de quem ela é, não quero você lá. Posso imaginar o que vocês três iriam tramar se ficassem no mesmo ambiente. — Do que você tem medo, Quinton? Acha que podemos criar um plano mirabolante para acabar com você e, melhor ainda, ter sucesso nisso? — Sara provocou, ciente de que era exatamente isso que queria fazer. — Não vou negar que permiti que você andasse por aí, mas hoje não. Sei que vocês são capazes de criar
Rachel terminou de se vestir e continuou sua concentração como Taylor havia ensinado, ela chamava por sua loba e tentava conseguir aquela conexão que tinham antes. Após alguns minutos tentando, ela finalmente conseguiu ouvir a voz de Misty e a imagem dela ficou clara em sua mente.— Achei que não conseguiria falar novamente com você tão cedo. — Rachel falou com ela, expressando sua animação.— Nossa conexão foi quebrada depois que ficamos inconscientes, isso devido ao tempo que fiquei presa por aquele feitiço. Espero que não aconteça novamente. — Misty respondeu e se deitou.Rachel também esperava que aquela conexão não falhasse novamente e como queria saber sobre algumas coisas, aproveitou para começar a fazer perguntas.— Acha que podemos nos transformar e sair daqui? Você conseguiu lidar com o Victor facilmente.— Aquela situação era diferente. A irmã do Philip está com aquele idiota e não sei se o Beta dele consegue nos seguir, ela está fraco e debilitado — explicou Misty, analisa
O céu escurecia não apenas pelo iminente anoitecer, mas também pela chuva que se formava nos céus de Ames. Quinton entregou um vestido a Sara, instruindo-a a usá-lo, e enviou ômegas para auxiliar e garantir que ela estivesse vestida e pronta no horário.Ao se preparar, as outras moças pareciam animadas com o que viam, mas Sara estava diferente. Sentia-se triste e descontente ao se olhar no espelho.— Você está linda, tenho certeza de que será uma Luna incrível — disse uma das moças que a ajudava a se vestir.Sara sorriu, tentando não parecer indelicada e evitando demonstrar sua insatisfação com a situação. Ela olhou para fora e viu o céu coberto por nuvens escuras, observando as árvores se balançando devido ao vento forte. Essa visão a fez lembrar do dia em que tudo começou a dar errado em sua vida.— Sara, você precisa manter o foco. Não desanime e nem desista antes da hora. Preciso que você se mantenha firme. — Gaia mais uma vez tentou injetar esperança em Sara.— Gaia, eu prefiro q