Naquela noite, enquanto se preparavam para deitar-se, Philip abraçou Rachel por trás e retomou o assunto da possibilidade de ela ser um ser sobrenatural, assim como ele. — Você não ouviu aquela voz novamente? A que você disse ter ouvido no acidente. — Philip perguntou com uma certa esperança na voz. Ao escutar a pergunta, Rachel se virou para encará-lo antes de responder. — Não, bem que eu gostaria de ouvir e saber se, assim como você acredita, existe realmente uma loba dentro de mim. Philip levou a mão ao rosto dela, acariciou e olhou profundamente em seus olhos. — Zeus tem certeza de que você tem essa loba dentro de você, e eu também acredito. Ainda não sabemos por que ela não despertou, mas talvez seus pais tenham alguma resposta — respondeu, tentando lhe dar esperanças. — Você também acredita que eles sejam meus pais? Mesmo que Philip tenha dito que ela não deveria ter tanta esperança, ele ainda acreditava que era muita coincidência todas aquelas informações sobre ela coin
Rachel sentiu uma pontada no pescoço devido à mordida, mas em questão de segundos, seu corpo foi invadido pelo êxtase novamente, e a conexão que ela compartilhava com Philip parecia ter se intensificado ainda mais. Philip se permitiu atingir o clímax e, em seguida, deslizou a língua sobre a área mordida, selando-a com um beijo.Ele queria ter certeza de que ela não havia achado aquilo estranho ou se ele fez aquilo no momento errado.— Você está bem? — perguntou Philip, preocupado que sua ação pudesse tê-la deixado desconfortável ou assustada.— Estou bem. O que você acabou de fazer? — Rachel perguntou, curiosa.Philip não tinha planejado marcá-la naquele momento, mas Zeus, como sempre, mostrava-se impaciente.— Acabei de marcá-la. Isso serve para que outros lobos que se aproximem de você saibam que já tem um parceiro. Funciona basicamente como um repelente para aqueles que estejam interessados em você. Desculpe-me, eu deveria ter perguntado e avisado antes.Philip pediu desculpas e se
Enquanto Rachel sonhava com a loba branca, Philip permanecia ao seu lado enquanto ela delirava e queimava de febre. Ele acordou com ela se mexendo muito e gemendo. Ao perceber que ela não acordava, tentou reduzir sua temperatura com compressas de água gelada.Philip ainda tentava baixar a temperatura elevada que Rachel estava, e como as compressas não estavam ajudando, ele a levou para o banheiro e a colocou na banheira com água fria, na esperança de que isso resolvesse o problema. Ele já estava bastante preocupado e questionou Zeus sobre o que estava pensando.— Será que ela está rejeitando a marcação? — perguntou ao seu lobo, sem esconder sua aflição.— Nunca ouvi falar sobre isso, Philip. Além disso, ela é nossa companheira, não teria motivos para haver uma rejeição à marcação que fizemos nela.Philip também nunca havia ouvido falar sobre aquilo, mas seu nervosismo já não o deixava pensar com clareza.— Philip, não acho que seja rejeição. Pode ser outra coisa. Sei que está preocupa
Após o café da manhã, Philip e Rachel foram em direção ao laboratório que ela faria o exame. Philip podia sentir o nervosismo que ela estava e tentou acalmá-la.— Ei, vai ficar tudo bem. Não se esqueça que eu estou do seu lado, independente do resultado. — Philip lhe deu apoio e segurou sua mão enquanto dirigia.Ele sabia que ela estava muito nervosa, por isso aquele dia resolveu assumir o volante. Eles levaram cerca de meia hora até chegarem naquele laboratório e Philip reforçou a informação de antes para ela.— A maioria dessas pessoas que você está vendo, são lobisomens ou Lycans. Nesse lugar atende humanos e seres sobrenaturais, já que eles não poderiam se recusarem a atender humanos, ou chamariam mais atenção.Philip explicou e eles foram até o balcão de informações para saber para onde deveriam seguir. Após receberem as informações, eles foram para o elevador e seguiram para o andar indicado. Philip segurou a mão dela e demonstrou apoio antes de sair com ela de mãos dadas do ele
Quinton ainda estava desconfiado da visita de Uriel e da maneira como ele olhou para Sara; aquela imagem ainda não saía de sua cabeça.— Vocês já conseguiram descobrir quem é a mulher que estava com Philip no hospital? — Quinton perguntou a um de seus subordinados.— Ainda não, senhor, mas estamos investigando para descobrir qual dos dois estava sendo atendido naquele hospital. Se for ela, deve haver alguma informação sobre onde mora, ou algo assim. — O homem respondeu, temendo levar uma bronca.— Então, trate de conseguir isso rapidamente. Envie alguém para Des Moines e fiquem de olho no Uriel; algo me diz que Philip pode ter entrado em contato com ele.Os homens foram dispensados, e Quinton decidiu ter uma palavrinha com Sara. Ao sair de seu escritório, e passar por Safira, ela tentou falar com ele, mas foi ignorada, deixando-a frustrada. Como de costume, Quinton apenas destrancou a porta do quarto de Sara e entrou, sem se importar em pedir licença.— Entre, a casa é mesmo sua. — Sa
O homem de Quinton voltou para a alcateia, trazendo as informações desejadas e entregando-as a ele. Quinton examinou as informações e a foto de Rachel em seu crachá.— Então, esta é a mulher? — perguntou, estudando atentamente a foto.— Sim, eu já confirmei com a pessoa que os viu juntos.Quinton se acomodou em sua cadeira, exibindo um leve sorriso. Ele tinha o rosto da mulher em mente, e pelos documentos apresentados a ele, também sabia o endereço dela. Encontrar Philip e descobrir o que ela significava para ele seria uma tarefa fácil. Enquanto contemplava as possibilidades dessa descoberta, recebeu uma mensagem telepática de seu Beta, perguntando se ele estava prestes a sair para o passeio que havia mencionado.Ele percebeu que havia esquecido desse detalhe e prontamente respondeu ao seu Beta, informando que estava a caminho. Voltando sua atenção para o homem no escritório, Quinton emitiu outra ordem.— Coloque esses documentos em um envelope e guarde na gaveta. Vou analisá-los mais
Em Des Moines, Uriel preparou tudo para falar com o rei e estava apenas aguardando o resultado do exame de Rachel, pois aquele assunto também estava interligado. Naquela noite, a ansiedade tomou conta de todos, e Rachel foi uma das que não conseguiu dormir bem. Ela se levantou muito cedo e foi para o seu escritório, onde ficava atualizando a página de seu e-mail a cada minuto.Quando Philip acordou e não a viu, saiu à sua procura e a encontrou no escritório. — O que está fazendo aqui tão cedo? — perguntou, indo para perto dela, dando um beijo em sua cabeça.— A ansiedade está me consumindo, Philip. Quero ver a resposta assim que ela chegar — falou Rachel, segurando em sua mão.Philip percebeu o quão ansiosa e nervosa Rachel estava com aquele assunto e tentou acalmá-la.— Rachel, não adianta ficar tão aflita; isso só vai te deixar mal. A essa hora, o laboratório nem mesmo está aberto. Não vai adiantar você ficar na frente desse computador.Ele fez o possível para dissuadi-la da ideia
A razão pela qual o tópico das companheiras era tratado como um tabu, estava no fato de que o rei Andriel ainda não havia encontrado a sua. A cada ano que se passava, a preocupação de sua mãe aumentava, pois ele parecia tornar-se mais feroz, e ela temia pelo pior.Para os Lycans, assim como para os lobisomens, ao completarem dezoito anos, já poderiam encontrar suas companheiras. No entanto, o rei já estava com vinte e nove anos, e sua companheira ainda não havia aparecido.Os Lycans eram conhecidos por sua natureza mais selvagem e sanguinária, sendo que, ao encontrarem suas companheiras, essa selvageria era atenuada. Contudo, se um Lycan completasse trinta e cinco anos sem encontrar sua companheira, corria o risco de se tornar completamente selvagem. Ciente de todos esses fatos, Uriel tentou mudar de assunto.— Agradeço, meu senhor! Manterei o senhor informado sobre cada passo. Farei o possível para que isso não se transforme em um conflito maior entre os Lycans e os lobos.Uriel não