Capítulo 5

CLAIRE

Ela me olhou maliciosamente antes de apertar minha mão com um aperto que esmagava meus ossos.

— Prazer em conhecê-la — ela disse, mostrando para mim um conjunto perfeito de dentes brancos.

Eu assenti e ela desviou sua atenção para meu chefe.

— Venha por aqui, senhor.

Ela nos levou até a sala de conferências, onde alguns homens vestidos de terno estavam sentados pacientemente em uma mesa redonda e larga, provavelmente esperando nossa chegada.

Todos os olhos estavam voltados para nós quando entramos.

Depois que nos sentamos adequadamente, comigo ao lado do senhor Whitmore, um homem falou.

— Vamos prosseguir agora.

Todas as outras pessoas, exceto eu, vasculharam seus portfólios em busca de alguns documentos que pareciam importantes.

À medida que a reunião avançava, tomei nota dos pontos importantes levantados durante o encontro.

Na reunião, consegui algumas informações sobre as empresas do senhor Whitmore em todo o mundo, enquanto eles discutiam estratégias para gerenciá-las de forma eficiente e sem problemas. O senhor Whitmore também falou sobre sua visita planejada a uma delas. Só espero não me juntar a ele.

O senhor Whitmore ocasionalmente olhava de soslaio para o meu texto e, nesses momentos, eu franzi os lábios, temendo que ele encontrasse falhas no meu estilo de escrita ou em alguma outra coisa, mas felizmente ele não o fez.

Meus olhos vagaram até um homem de cabelos castanhos, velho o suficiente para ser meu avô. Seus olhos foram do meu rosto para o meu busto. Eu me encolhi quando ele lambeu os lábios como se eu fosse uma refeição suntuosa esperando para ser devorada.

Estreitei os olhos para ele quando seu olhar retornou ao meu rosto. Ele me deu um sorriso safado e se virou para o homem sentado ao lado dele.

Que pervertido.

Quando a reunião terminou, fiquei feliz demais em escapar da atmosfera da sala de conferências.

Para meu desgosto, o bruto nos seguiu até o nosso carro, ou melhor, até o carro do meu chefe.

— Ah, Evan, aí está você. — Ele riu e pegou a mão do senhor Whitmore em um aperto de mão. Claramente, Evan não parecia muito feliz em ter uma conversa com o Senhor Seja-lá-quem-for.

— É tão bom ver você de novo, Thomas. — O Senhor Whitmore disse entre dentes.

Fiquei feliz que pelo menos concordamos em uma coisa.

— E quem é essa moça bonita ao seu lado? — Thomas perguntou, acenando para mim. Eu instintivamente me aproximei do senhor Whitmore, caso o pervertido tentasse me agarrar.

— Esta é a Claire, minha assistente pessoal.

Antes que Thomas pudesse dizer qualquer outra coisa, o senhor Whitmore entrou no carro e eu fiz o mesmo. Acenei zombeteiramente para Thomas através das janelas fechadas enquanto o senhor Whitmore ligava o carro.

— Pare de flertar com o Thomas, ele é velho demais para você, não acha?

Virei a cabeça rapidamente para olhar para Evan, cuja expressão era exatamente como sua personalidade, dura como uma rocha.

— Eu não chamaria isso de flerte. — Protestei.

— Foi pouco profissional. — Ele continuou, sem reconhecer meu protesto.

— Eu não estava flertando, senhor. — Insisti e ele me lançou um olhar irritado.

— Ah, sim, você estava. Eu não sou cego.

Idiota.

— Você não tem nada a dizer sobre minha vida pessoal, senhor. Sou sua funcionária, não sua namorada.

Ele enrijeceu e se virou para mim furiosamente, seus olhos injetados de sangue. Infelizmente, percebi que nas inúmeras ocasiões em que o vi furioso, seus olhos tinham um tom vermelho.

— O que você acabou de dizer?

Seu tom de voz foi suficiente para me silenciar, mas minha obstinação estava me incitando.

— Eu disse exatamente o que você ouviu, sou sua funcionária, não sua namorada, e de forma alguma sua escrava! — Gritei e ele se encolheu.

Saí correndo do carro que ele havia estacionado minutos antes no estacionamento do escritório, mas estava tão ocupada trocando palavras com ele que não percebi.

Entrei no prédio principal e ele caminhou casualmente atrás de mim. Algumas pessoas olharam na minha direção, mas eu estava brava demais para me importar.

Corri para o meu escritório, me sentei na cadeira enquanto respirava pesadamente, numa tentativa de acalmar meus nervos.

O que eu fiz?

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