Maxim Volcov.Ele não disse nada, apenas manteve os olhos fixos nos meus. O silêncio entre nós se estendeu, pesado, como uma corda prestes a se romper.“Esse filho da mãe liderava o ataque,” Patrick disse, empurrando o corpo do homem para frente, como se para reforçar a gravidade da situação. “Achamos que você gostaria de resolver isso pessoalmente.”Eu não respondi. O peso das palavras de Patrick ficou suspenso no ar, mas minha mente estava longe. Cada fibra do meu ser gritava por vingança, por justiça. Ele havia tentado me derrubar, invadir minha casa, ferir aqueles que eu amava. E agora… agora ele estava ali, ajoelhado na minha frente, esperando o veredito.Irina se aproximou, sua mão tocando meu braço com leveza, como se soubesse que eu estava à beira de um precipício. Eu podia sentir seu olhar em mim, mas não conseguia desviar os olhos do homem à minha frente.O que eu faria? A pergunta ecoava na minha mente. Eu sabia o que o Maxim de antes teria feito. Sem hesitar, sem remorso.
Irina Petrova.Fiquei chocada ao ouvir o que o homem disse. “Sua mulher!” Gritei nervosa, a minha voz estridente e carregada de desespero. “Eu nem te conheço, como pode dizer essas coisas?”O homem sorriu, um som cheio de sarcasmo e desdém. Ele me encarou. “Fiz negócios com seu pai, anjo. Mas ele não pôde pagar e me deu você como pagamento. Então, você é minha. Um homem nunca volta atrás em sua palavra.”“Meu pai? Como você conheceu meu pai, ele nunca me disse nada, isso é uma mentira!” gritei nervosa e Maxim me segurou.“Seu pai sempre foi um desgraçado egoísta, e o foco dele era dinheiro, até mesmo roubava do chefe, mais isso você não sabia né mesmo Maxim!” um sorriso cínico se desenhou nos lábios do homem enquanto ele dirigiu o olhar a Maxim.Aquelas palavras foram demais para Maxim. A raiva tomou conta de cada fibra dele. E sem que eu esperasse, ele avançou e deu um soco no estômago do homem, o impacto fez o homem cair de joelhos no chão com um gemido abafado. Maxim se aproximou d
Maxim VolcovDepois de acalmar Irina, desci para o meu escritório. O cenário ali não era diferente do resto da casa: um verdadeiro caos. Móveis revirados, papéis espalhados pelo chão, e alguns dos meus funcionários caídos, inconscientes ou gemendo de dor. Cerrei os dentes, passando as mãos pelos cabelos em um gesto de pura irritação.Peguei o celular no bolso e disquei rapidamente.“Aqui é Maxim Volcov.”A voz feminina do outro lado soou profissional, mas hesitante.“Qual o serviço que deseja, senhor Volcov?”Olhei ao redor, inspirando fundo para conter a raiva.“Limpeza! Aqui na minha mansão.”Houve um breve silêncio antes da resposta.“Limpeza na mansão Volcov?” A incredulidade na voz dela era visível.Fechei os olhos por um segundo, esfregando a testa.“Sim, exatamente. Venha rápido!”Desliguei sem esperar por mais perguntas e joguei o celular sobre a mesa. Meus passos firmes ecoaram pelo ambiente enquanto eu atravessava o escritório até o armário de bebidas. Peguei uma garrafa de
Maxim VolcovMinha paciência estava no limite. Peguei o punhal na mesa ao lado e pressionei contra a lateral do pescoço dele, o suficiente para que ele sentisse o fio da lâmina.“Você quer saber o que aconteceu com a minha frieza? Você, Nikolai. Você cruzou um limite que não devia. Agora me diga, quantos homens você tem lá fora esperando para me atacar?” Apertei mais a lâmina, vendo um filete de sangue escorrer.Nikolai bufou, mas seu corpo estava rígido.“Vai se foder, Maxim.” Ele sorriu, mas seus olhos estavam tensos.Suspirei, decepcionado. Tirei a lâmina, mas antes que ele pudesse soltar mais uma provocação, meu punho se encontrou com seu estômago. Nikolai se dobrou na cadeira, arfando em busca de ar. Aproveitei o momento para segurar seu maxilar e forçá-lo a me olhar de novo.“Eu não tenho tempo para joguinhos, irmãozinho,” sibilei. “Você acha que pode me provocar e sair impune? Você está enganado. Agora me diga... Quem mais está envolvido? Você tem um comprador para Irina? Ou vo
Maxim VolcovQueimei por dentro. O ódio pulsava em minhas veias, me incendiando por inteiro. Tentei me levantar, mas uma dor excruciante rasgou minha perna, me jogando de volta ao chão. Soltei um grunhido de frustração, forçando minha visão turva a se fixar no que acontecia ao meu redor. E então a vi.Irina.Ela estava sendo arrastada pelo corredor, lutando, resistindo. Os dedos dela se agarravam a qualquer coisa, mas era inútil. Minha respiração ficou presa no peito. Um grito se formou na minha garganta, mas antes que eu pudesse soltá-lo, o riso insano de Nikolai ecoou nos meus ouvidos, ecoando como uma maldição. O mundo ao meu redor escureceu, e fui engolido pela inconsciência.Quando meus olhos se abriram novamente, o cheiro espesso de pólvora e sangue impregnava o ar. O calor sufocante me atingiu antes mesmo que eu compreendesse o que estava acontecendo. O galpão estava pegando fogo.Maldito seja, Nikolai.Ele queria ter certeza de que ninguém sairia vivo. A fumaça densa enchia m
Irina Petrova. O rugido do motor ecoava nos meus ouvidos. O carro deslisava pela estrada sinuosa, e eu sentia cada solavanco, cada vibração no asfalto irregular. Minhas mãos estavam amarradas com tiras de couro, os meus pulsos latejando com o aperto das cordas. Eu puxava, me remexia, mas era inútil. O couro mordia minha pele, marcando-me como se já pertencesse a eles.Ao meu lado, Nikolai segurava o volante com força, os olhos dele estavam fixos na estrada. O vento uivava contra os vidros, mas ele parecia não notar. Havia algo perversamente satisfeito em sua expressão, como se estivesse saboreando a vitória.“Você não faz ideia do que está por vir, querida,” ele disse com a voz cheia de triunfo.Eu o encarei, tentando ignorar o frio cortante que estava entranhado em minha pele. O medo estava lá, como uma fera faminta à espreita, mas o ódio queimava mais forte.“Você nunca vai ganhar, seu maldito,” minha voz saiu firme, apesar do nó em minha garganta. “Maxim vai te caçar até o i
Maxim Volcov.A estrada era no meio do nada, mas eu não podia desistir, mesmo arrastando minha perna, e caindo de vez em quando eu precisava chegar a estrada principal e conseguir ajuda.O fogo havia me deixado marcas, tanto na pele quanto na alma. As queimaduras ardiam, e o sangue da minha perna manchava a roupa rasgada. Eu sabia que não podia parar, mesmo com a dor pulsando a cada passo. A fumaça ainda queimava meus pulmões, mas o que eu mais sentia era a falta de Irina. Eu sabia que ela estava em algum lugar, esperando por mim.A dor latejou e eu me desequilibrei e cai segurando a perna, meus olhos fechados e os dentes trincados tentando suportar a dor e não desmaia, escutei o som de um carro se aproximando e me arrastei para o canto da estrada.“Maxim…” A voz de Louis veio até mim, rouca e preocupada.E logo senti mãos me levantando do chão, levei a mão a frente dos olhos evitando os faróis, ainda atordoado.“Chefe, que bom que lhe encontrei.” Ele disse me colocando no banco de tr
Maxim Volcov.Antes que pudéssemos avançar, o som de um disparo rasgou o silêncio. Eu me virei instintivamente, colocando-me entre Irina e o perigo. O homem que tentou nos atacar foi abatido rapidamente, mas Nikolai sabia que não seria fácil nos pegar. Ele já estava preparando o próximo movimento.“Vamos,” eu disse, agarrando a mão dela e me arrastando para a próxima sala, o coração batendo forte. O corpo pesado de dor, mas a mente clara, com apenas um objetivo: sobreviver.Cada passo parecia pesar mais. Eu olhava para ela, para os olhos dela, tentando me convencer de que tudo ia dar certo. Ela estava comigo. Eu não ia deixá-la.Em cada corredor, mais emboscadas. A fábrica inteira parecia ter sido projetada para nos capturar. Eu sabia que, se caíssemos em qualquer uma delas, tudo estaria perdido. Cada movimento era feito com a precisão de um animal caçador, cada esquina, um risco.“Nós vamos sair daqui,” eu disse, mas, por dentro, eu sabia que o pior ainda estava por vir. Nikolai não