Mundo de ficçãoIniciar sessão
Capítulos relacionados
11
Emma Brandão Eu estava com dúvidas se foi uma boa ideia ter trocado contato com o filho da minha inimiga. Desde que fizera isso, me questionava se havia feito a escolha certa e se isso poderia me trazer problemas no futuro.Por um lado, era interessante porque poderia conseguir obter informações valiosas sobre a bruxa velha. Por que não usar seu filho ao meu favor? Ela queria tirar meu filho de mim! Embora meu bebê não tenha sido concebido por amor, ele não merecia ser criado por aquela mulher.No entanto, por outro lado, também existia a possibilidade de que essa conexão trouxesse consequências negativas. Podia ser que minha inimiga descobrisse e usasse isso contra mim, ou que o filho dela acabasse sendo desleal e usasse as informações que tirasse de mim para me prejudicar.Era uma situação delicada e eu estava tentando pesar os prós e os contras antes de tomar qualquer decisão. Precisava decidir se era melhor manter aquela conexão ou encerrá-la antes que fosse tarde demais.— Filho
12
Dante Ritzel Eu marquei um passeio no parque com Emma, mas não tinha certeza se ela realmente apareceria ao encontro. Durante nossa conversa ao telefone, notei que ela parecia bastante desinteressada. Fiquei um pouco preocupado com a possibilidade de ela não aparecer, mas decidi manter minha esperança de que tudo daria certo. Afinal, eu estava animado para passar um tempo com ela e aproveitar o ar livre. Então, decidi apenas esperar e ver o que aconteceria.— Qual roupa devo usar? — questionei-me olhando para as peças sobre a cama espalhadas. Queria parecer apresentável e confortável ao mesmo tempo. Afinal, o objetivo era aproveitar o ar livre e me divertir com ela. Estava pensando em usar uma camisa leve e uma calça jeans confortável. Talvez eu devesse levar um casaco também, já que poderia ficar um pouco frio no final da tarde. Eu queria ter certeza de que estava bem-vestido, mas também não queria parecer que estava tentando demais. Esperava ter feito a escolha certa e que a Emma
13
Emma Brandão Dante aparentava estar curioso sobre minha gravidez e queria saber mais sobre como meu filho foi concebido. No entanto, eu não me sentia confortável em compartilhar os detalhes, pois era uma história dolorosa para mim.Eu sabia que ele estava apenas sendo curioso e não tinha a intenção de me magoar, mas ainda assim eu preferia manter esses detalhes em segredo. Não queria reviver as emoções difíceis que acompanham a minha jornada para a maternidade.Então, educadamente, respondi que meu filho foi colocado no meu útero. E que não era um assunto que eu gostasse de conversar, e que queria apenas esquecer aquele detalhe e seguir em frente. Ele pareceu um pouco desconfortável com a minha resposta, mas entendeu que era um assunto delicado.Eu sabia que a curiosidade dele vinha de um lugar de bondade e interesse genuíno, mas ainda assim eu precisava proteger minha própria saúde emocional. Não queria abrir feridas antigas que ainda estavam em processo de cicatrização.Ao invés di
14
Dante RitzelConversava com Emma quando, de repente, três homens apareceram tentando levá-la à força para algum lugar desconhecido. Sem pensar duas vezes, decidi intervir e lutar contra eles para proteger ela.— Entrega logo a garota, cara. Não queremos machucá-la, mas se você resistir, não vamos ter escolha! — ameaçou um dos homens que tinha cara de cavalo.— Vocês não vão levar a minha amiga sem lutar, isso eu garanto! — esbravejei, pronto para tudo.— Por favor, não faça nada! Eu não quero que você se machuque por minha causa. — disse Emma, pedindo para que eu desistisse.Como desistiria de lutar por sua segurança? Eramos amigos e ela estava gravida!— Você ouviu a moça, cara. Desiste enquanto ainda dá tempo! — o segundo bandido disse, me apontando uma faca.— Não vou desistir de proteger ela com a minha vida se for preciso! Podem vir com tudo!Eu não fugiria como um covarde e deixaria que ela fosse levada por eles de jeito nenhum!— Eu não quero que você se machuque por mim, por f
15
Emma BrandãoQuando acordei e fui informada que tiraram meu bebê em uma cesariana de emergência para salvar nossas vidas. Me senti arrasada porque as chances dele sobreviver eram mínimas. O sentimento de culpa era inevitável, era como se eu tivesse falhado em proteger meu filho.A culpa era daqueles homens que tentaram me sequestrar, sem dúvidas a mando da bruxa velha. Eu não queria que tudo acabasse daquela maneira, esperava que meu filho sobrevivesse e tivesse uma longa vida ao meu lado.— Oi, como você está se sentindo? — questionou Dante, adentrando o quarto. Fiquei surpresa porque pensei que ele tivesse ido embora.— Estou tentando lidar com tudo isso. É difícil aceitar que meu filho está na UTI neonatal. — desabafei.— Eu sei, mas tente não se culpar. Você não fez nada de errado. Não havia feito nada de errado, porém, o sentimento de culpa não saia de mim. — Ainda é difícil aceitar tudo isso. Aqueles homens causaram tudo que estamos passando agora...— Eles vão pagar pelo que
16
Dante Ritzel Ver todo o sofrimento de Emma pela perda do filho me fez sofrer também. Eu senti uma dor profunda em meu coração, imaginando o quão difícil devia ser para ela passar por aquilo. Eu não podia nem imaginar a dor de perder um filho. Fiquei ali ao lado dela, segurando sua mão e oferecendo meu ombro para chorar. Eu não tinha palavras para dizer, apenas estava ali presente para ela, tentando ser um apoio e um conforto naquele momento tão difícil.Eu sabia que não poderia tirar a dor dela, mas esperava poder pelo menos amenizá-la um pouco. — Dante, preciso te contar uma coisa. Toda essa dor e sofrimento que estou sentindo é culpa da sua mãe. Aquela revelação me pegou totalmente de surpresa. Como poderia ser culpa da minha mãe doente que não saia de uma cadeira de rodas? Não fez sentindo nenhum para mim.— Como assim, Emma? Do que você está falando? — perguntei, esperando que ela dissesse que foi o desespero que a fez falar algo absurdo como aquilo.Emma me contou detalhes c
17
Matilde Ritzel Nunca pensei que meu filho me confrontaria e muito menos descobriria meus planos. A culpa de tudo era daquela desgraçada da minha ex cuidadora que abriu a boca para ele. Ela precisava morrer quanto antes, assim como ela havia matado meu filho em seu ventre.Como aqueles dois foram se encontrar? Foi muita falta de sorte! Sempre fui cuidadosa e naquele momento tudo estava indo ladeira abaixo. Meu filho estava quase me derrubando da cadeira de rodas enquanto esbravejava todo seu ódio em cima de mim.— Mãe, por que você continua fingindo que está doente? Já sei que a senhora consegue andar! Pare de atuação! Caramba, pelo menos uma vez na sua vida, diga a verdade! Dizer a verdade? Não admitiria nunca meus planos! Eu estava quase mudando de ideia de mandá-lo para um manicômio, no entanto, aquela sua atitude me fez perceber que era melhor me livrar dele.— O que você está falando, filho? Eu realmente não consigo andar, é por isso que estou usando a cadeira de rodas! Não fale
18
Ivana SantosO ex-patrão da minha amiga, que havia desaparecido, encontrou minha casa e pediu para conversar comigo sobre ela. Então, concordei escutar o que ele tinha para dizer. No entanto, eu ainda não estava totalmente recuperada depois de passar por duas cirurgias. Fui sequestrada por desconhecidos que queriam saber o paradeiro de Emma e fui espancada brutalmente. Eu cheguei muito perto da morte, mas, felizmente, consegui sobreviver e era grata por isso.Quando ele adentrou minha casa e começou a falar sobre Emma e tudo o que ela passou, eu entendi ainda mais por que ela havia fugido. No começo, eu pensei que fosse apenas por causa de alguém querendo sequestrá-la como vingança pelo seu passado de ter enganado muitos homens. Porém, a história era bem diferente da fantasia que eu havia criado em minha cabeça.Minha amiga tinha perdido um bebê que foi concebido contra a sua vontade e o mais chocante foi descobrir quem estava por trás de tudo. A mãe do seu ex-patrão era a culpada por