LiamEu me espreguicei em minha cama, me virando, aproveitando o tecido macio dos lençóis novos que minha mãe tinha comprado para mim. Passei a mão no lado vazio da cama que Skyller costumava ocupar, suspirando antes de me sentar. Ela geralmente dormia em meu quarto, mas nos últimos dias, ela estava ocupada com um projeto e ficava até tarde desenhando, fazendo com que eu tivesse que me contentar apenas em dormir. Mas hoje, o dia prometia ser ótimo!Já estávamos no meio da semana depois da minha festa e tudo tinha sido um sucesso. Peguei meu celular, vendo as fotos que o fotógrafo contratado para o evento tinha me enviado na noite anterior, escolhendo as melhores para postar, enquanto do lado de fora do meu quarto, eu podia ouvir a agitação dos meus amigos se arrumando para a aula.— Rose, nós vamos de moto hoje? — Ouvi Christian gritar do quarto dele, esperando uma resposta que não demorou a vir do quarto ao lado do meu.— Pode ser, eu fico pronta em um minuto — Ela gritou em resposta
Liam— Eu me submeti a aguentar a sua prima nos últimos meses, apenas para te agradar! Você tem ideia de como aquela pirralha é mimada e irritante? — ela cuspiu, fazendo com que eu me segurasse para não rir. Tudo bem, talvez aguentar a Allie tenha sido um castigo e tanto — Foram meses fingindo gostar dela, meses atendendo cada capricho ridículo e me esforçando para ser paciente. Que droga, tudo o que eu queria era que a Rose tivesse entrado na irmandade ao invés dela, pelo menos teria alguém com o mínimo de cérebro para conversar! Audrey começou a andar de um lado para o outro na varanda, parecendo cada vez mais agitada com tudo o que tinha para colocar para fora, e eu sabia que deveria deixá-la desabafar. — Eu passei os últimos meses aguentando tudo isso, e sendo paciente, afinal a Rose estava na cara que era louca pelo Davis e convenhamos, sua prima quer morrer por causa disso, e a Skyller finalmente tinha encontrado alguém do nível dela, então eu só precisava esperar você voltar
ChristianEu estava tentando prestar atenção na explicação do professor, tomando nota de tudo o que considerava importante, mas não via a hora daquela aula terminar e termos a nossa pausa para o almoço. Estávamos na primeira quarta feira de março e ao fim daquela semana, estariamos oficialmente de folga por uma semana para Spring Break. Nós tínhamos tudo combinado, primeiro iriamos passar o fim de semana com minha Irmã em Minneapolis e depois, nos juntariamos a todos em uma viagem até o Grand Canyon, onde planejavamos acampar até o proximo fim de semana.E a melhor parte era que agora Rose e eu não precisavamos mais fingir que não eramos um casal, e aquela estava se mostrando a nossa melhor decisão. Nós dois ainda tinhamos quartos separados em nossa casa, mas para ser sincero, eu não conseguia mais dormir sozinho, e aquilo era incrível. Eu nunca esperei me sentir algo tão forte por alguém, principalmente alguém como quem eu passava metade do tempo discutindo, mas estava claro que eu t
Christian Nós ficamos juntos em silêncio naquela posição enquanto eu desejava colar cada pedaço dela, e não demorou até que pude ouvir uma movimentação na casa, indicando que talvez nossos amigos tivessem voltado mais cedo por conta da confusão. Minhas dúvidas foram tiradas quando Sky surgiu no começo da escada, suspirando aliviada ao nos encontrar, Rose, que estava com os olhos fechados, não notou sua presença, e eu fiz um gesto silencioso com a cabeça para que ela nos deixasse sozinhos, o que ela não hesitou em atender. O celular dela começou a vibrar de maneira constante em algum canto do comodo, arrancando um gemido sentido da garota. Eu a soltei olhando em volta, franzindo o cenho ao avistar o aparelho jogado proximo a uma coluna de madeira, a alguns metros de distancia. Eu me levantei, indo até lá pegar o aparelho. — Divulgaram o meu número e… praticamente expuseram tudo sobre mim — Rose explicou, limpando as lagrimas de seu rosto — eu recebi muitas ligações e… Eu peguei o ap
Christian Sky cobriu a boca com as mãos, e Theo apertou a ponte do nariz ao ouvir aquilo. Eu não podia acreditar que desceriam tão baixo para atingi-la, mas foi o que fizeram. Eu entrei no quarto, pedindo o celular para o meu amigo de maneira silenciosa, ele franziu o cenho, mas não negou.— Espera um pouco — ele pediu para minha sogra, me estendendo o aparelho em seguida.— Addison…— Onde está a minha filha, Christian? — o tom furioso de sua voz fez com que eu me surpreendesse com a calma com que Liam estava lidando com a mulher.— Addison, me diz que vocês não assistiram aquele video! — eu respirei fundo. — ONDE ELA ESTÁ? — ela gritou em resposta fazendo com que eu me calasse.Eu imaginava o desespero que eles deveriam estar sentindo naquele momento, mas o que Rose menos precisava era de mais aquela noticia.— Ela está conosco, mas… — Ela não atende o telefone — a voz de Jackseguiu, fazendo com que eu me lembrasse do meu encontro com o homem em uma situação semelhante no fim do
Christian Ouvi a respiração difícil de Rose assim que cheguei no andar de cima, indo até o quarto, a encontrei em minha cama, deitada em posição fetal, com os olhos fechados.— Eu não consigo respirar, eu vou… — Rose, é Sério, é uma crise de ansiedade — Cam tentou tranquiliza-la— Meu peito dói! — ela soluçou. Sem dizer uma palavra, eu tirei meu tenis, subindo na cama, a envolvendo em um abraço, grudando seu corpo ao meu. Camille entendeu o recado, saindo do quarto, nos deixando sozinha. — Chris… — ela soltou mais um soluço em meio a um gemido de dor.— Eu estou aqui, Rose, vai ficar tudo bem — eu a tranquilizei — A belezinha está certa, é uma crise de panico.— Não, eu…— Vamos, respire comigo — eu sussurrei, começando a respirar fundo e de maneira calma, para que ela acompanhasse a minha respiração — Devagar, sinta a minha respiração.Sua respiração ofegante começou a se misturar ao seu choro insistente e seus soluços sentidos, fazendo com que o desespero crescesse dentro de mim
Christian— Jack…— eu me levantei do sofá, esperando ter alguma notícia de Rose.O meu sogro ergueu a mão em sinal para que eu parasse de falar, seu olhar se focando em Joshua, que logo se levantou também, parecendo não saber muito como reagir à presença do homem.— Três informações que eu preciso antes de qualquer coisa. Quem é você, qual a sua idade e qual a sua relação com a minha filha? — ele se dirigiu diretamente ao tatuador.— Eu sou o Josh, tenho vinte e oito anos e sou um… amigo da sua filha — ele respondeu após trocar um breve olhar comigo em busca de confirmação da identidade do homem à sua frente.— Amigo? — Jack parece não ter comprado muito aquela versão.Joshua e eu trocamos um olhar, antes que eu suspeitasse, decidindo livra-lo daquela situação, já que era minha culpa ele estar ali para começo de conversa.— Ele é o nosso tatuador, a unica pessoa que eu conhecia de fora do campus, eu liguei para ele quando a Rose começou a passar mal — eu expliquei para o homem.Jack n
ChristianNós atraímos muitos olhares enquanto caminhávamos até o prédio administrativo. Apesar de ouvir algumas piadas, risos e provocações, que eu procurei ignorar, me esforçando para seguir as instruções de Jack.— Apenas ignore, sequer olhe para os lados, não dê reconhecimento nenhum a eles — Jack murmurou, olhando para frente e caminhando com uma postura que eu conhecia bem, eu já a tinha visto milhares de vezes na Rose.Agora eu sei de onde ela tirou aquele ego gigantesco dela!Jack abriu a porta do prédio, dando passagem para que eu entrasse, me acompanhando sem dificuldade alguma até que chegássemos até o escritório do Reitor. A porta estava fechada e a secretária logo ergueu o olhar, parecendo exausta.— Posso ajudá-los? — Eu espero que sim, eu estou aqui para falar com o senhor Fields — Jack respondeu em um tom sério, porém simpático o suficiente.— Sinto muito, você marcou hora? O senhor Fields está em uma reunião para lidar com algumas questões de última hora que surgira