Eu vi a capsula de bala quando passei indo em direção a sala, não havia lugar em que não houvesse vidro, cacos em todos os lugares, aquilo era um atentado, mas não pra matar, um aviso, Kaled queria ser notado, percebido por nós, e embora submerssos nas suas ameaças, foi no meio delas, que eu estava aprendendo os principais sentidos de uma relação a dois. É Possivel que primeiro a pessoa engravide, e depois se apaixone? Perdoe-me Jamie, mas sim, eu me apaixonei pelo mafioso atrevido, protetor, apaixonado que Valentim escondia tão bem, e somente eu estou tendo acesso, parece que sou a sua primeira paixão, que sente o aquecer deste coração duro, de gelo de repente, desde a maneira como ele me olha, a forma como me faz desejar o beijo que ele pensa em me dá quando morde o lábio inferior ao olhar a minha boca. Mas Kaled, não estava devidamente interessado em mim, mas sim, na minha escolha repentina, ir com Valentim me fez bem, foi de minha vontade, e com ele, seria forçado. Ele não sosseg
De fato, estamos num mato sem cachorro, sem armas, sem munições, por mais que tentasse, Kaled é um caçado nato, um homem instruido na máfia, o que me faz ficar sem entender se ele realmente segue as leis do seu país ou as ignora, porém é respeitado, ninguém do ciclo de comércio ilegal quer mais negócios comigo,Viraram-me os rostos como se estivesse doente de lepre, ou qualquer outra doença contagiosa, ele quer o que é mais precioso pra mim no momento, afirmo que no momento porque eu sou novo nesse comércio, amor, paixão, para mim antes sexo era apenas sexo, satisfazer a necessidade do corpo, e nada mais, mas com ela, em dias, meses, tem sido saciar a alma, agora acredito em Afrodite, na magia que esta mulher foi capaz de atrair Poseidon e Ares, não que a minha genuína Judhie, tenha usado magia, no caso, de Kaled, direi que é doença.A rejeição o fez lhe querer mais, ele a quer, e eu como um dodivarnos prestes a perder tudo, aceitei o que Judhie prôpos, tornei-me mais um homem que se
Eu queria me desapegar, mas estava mais que me apegando, deixar de gostar, porém ainda mais gostando, ao sair as ruas, as pessoas me olham com reverência no olhar, Valentim ainda faz questão de pegar em minha mão, andar comigo de mãos dadas em público, isso me envergonhou no inicio, ainda assim, agora de fato me tornei a senhora Valentim. Sem querer no inicio, mas agora gosto, do jeito errado, do jeito que ele ordena com uma expressão assassina que compre sorvete, mas ao pegar a palleta e pôr na minha boca, me parece alguém, aliás o alguém mais amoroso do mundo inteiro, suas sobrancelhas grossas, firmes, unidas, a espera que eu abra a minha boca para que devore o sorvete, em meio ao outono, e quando faço o que ele quer, abre um sorriso como um garoto feliz. Eu não esperava, acredito que ninguém, mas ele se aproxima. –– Seus lábios estão sujos! –– Sinto os seus engolirem os meus, olho em volta, digo que a quem nos odeiem, mas agora julgo, que há aqueles que queriam ter a nossa vida,
A gestação inteira foi tranquila, nós sabíamos que seria preciso ter o parto mais cedo que o normal, mas Judhie acreditava que seria normal. –– Leve-a, lhe tranque em casa, sem celular, sem saidas, sem compras até minha segunda ordem. –– Ordenei ao sair da mansão, Olga chorava com o rosto vermelho, a minha vontade era de matar por ela ter ter vindo assim de repente. Em seguida homens correram mansão a dentro. –– Andem, andem, a segurem! –– Ouço gritos de Rosália sem parar, o que me fez temer o pior, ver Judhie sem vida, pálida, suando nos braços de quatro homens. –– Judhie! Judhie o que houve? –– Aproximei-me de imediato, com medo. –– Leve-a para o meu carro. –– Ordenei, e como previsto, Rosália a acompanhou. –– Perdoe-me senhor, quando cheguei a sala ela já estava caindo, só percebi quando virou-se com a mão na barriga, caiu de costas. –– Não me importa os bebês, se ela ficar bem, pra mim estará ótimo! –– Avisei, lhe vendo segurar a sua cabeça, o percursso para o hospital foi mais
De roupão, sem peça alguma debaixo dele, completamente nua, cabelos soltos ainda úmidos, olhei a última vez pela janela de vidro, ao adentrar o veículo, armas apontadas para Hendricks, e para seu avô, uma na minha cabeça até esta dentro do carro, que foi arrancado de vez em alta velocidade mesmo estando em uma area residencial, o som dos pneus contra o solo arranhavam os meus ouvidos, isso nem de longe seria um acordo, é um sequestro, um sequestro quando não podíamos fazer nada, estando desprevenidos, despreparados para qualquer ação. Quatros homens de origem mulçumana estavam no carro, todos de peles morenas, cabelos negros, barba escuras, olhos que alimentavam o meu pavor, ternos pretos que não disseram, nada para mim, tampouco entre si, sem nada seguro a dizer, segui o percursso também em silêncio, a brusca e repentina entrada na nossa vida era pra causar pânico, medo, talvez fosse, é o que Kaled quer, exibir o seu poder, o seu jeito, eu já o havia rejeitado uma vez, preferi o meu
Um mês, dois meses e nada, todas as visitas de Sarfield para Judhie foram em vão, não soube nada dela. – Ela não me recebe, Valentim, já tentei...– Tente mais! Se esforce, faça o que for preciso! – Eu já havia surtado, preciso dela, necessito muito dela. – Mas não tem o que fazer, eles vão acabar proibindo as visitas com tanta recusa, Hendrick! – Meu avô interveiu. – Não me importo, eu preciso saber se ela esta bem, como está. – Respondi indo de um lugar a outro. – Mas é claro que a Judhie está bem, o Kaled jamais faria mal algum a ela, ele a ama! – Sarfield me diz isso como se fosse o bastante, como se ele amar fosse o necessário, mas não depende somente dele, depende dela querer, e espero que ela não queira estar com outro homem além de mim, além de nós, passei a mão quase descontrolado pelo rosto. – Isso é o que você diz, confesso que esperava mais de você, Sarfield, que tipo de homem você é? Acha que aquele louco amar, basta? O meu sogro sentado, numa postura de derrota não me
Após dois meses pós sequestro, para mim os dias continuaram cinzentos, nublados para mim não havia alegria, tampouco felicidade, cercada de luxo, empregados, quando coisa menos a liberdade, menos o que eu queria, não era a falta de Valentim que mais gritava em minha cabeça, em meu peito, o que apertava, o que me doe, é a falta dos meus filhos, a medida que os meus seios vão secando, toda a preparação para a maternidade se perde, toda a manuntenção de vida se esvai nele. - Senhora o vaso com os lirios onde coloco? – Hoje Kaled chega, em dois meses, ele não compareceu, ligou algumas vezes, enviou-me um conjunto de colar, brinco, pulseiras e anel de diamantes, seria lindo, seria perfeito, se eu quisesse estar aqui, se tivesse vindo por livre e espontânea vontade. – Na entrada, Esmina. – Caminhei pelo longo salão, observando os detalhes da nova moradia. A casa para ele, esta mais que receptiva, cheirosa com flores, as melhores mantas e tecidos, não sei bem quanto a comida, sobre isto,
Um acordo entre as famílias sempre foi algo a ser respeitado. Um compromisso, a palavra dada num acordo, não há volta. – Eu não quero! – Vociferei em alto e bom som, quando pela primeira me foi dito que eu iria me casar com a filha do meio dos Sarfields. – Não ouse, levantar a voz para mim garoto! – Meu pai retrucou em resposta, erguendo a mão esquerda. acertando o meu lado do rosto, com dor do lado direito da face abaixei a cabeça. Não era mais um garoto, já era um homem de vinte e cinco anos, negociante, dono de comércio, porém sem uma esposa, sem filhos, o que a nossa religião não admite, eu provaria da minha solitude por toda a vida, se me fosse permitido, mas como não foi. –Sim senhor, meu pai! – Um filho obdiente, um exemplo, eu quis ser. Ao menos era contra a minha vontade, casar-me por negócios, jurava que um casamento por negocios, acordos, era frio.Eu jurava, tinha certeza até o oitavo domingo de lua cheia, a data marcada pelo ancião, o oraculo apontava que os nossos desti