Após dois meses pós sequestro, para mim os dias continuaram cinzentos, nublados para mim não havia alegria, tampouco felicidade, cercada de luxo, empregados, quando coisa menos a liberdade, menos o que eu queria, não era a falta de Valentim que mais gritava em minha cabeça, em meu peito, o que apertava, o que me doe, é a falta dos meus filhos, a medida que os meus seios vão secando, toda a preparação para a maternidade se perde, toda a manuntenção de vida se esvai nele. - Senhora o vaso com os lirios onde coloco? – Hoje Kaled chega, em dois meses, ele não compareceu, ligou algumas vezes, enviou-me um conjunto de colar, brinco, pulseiras e anel de diamantes, seria lindo, seria perfeito, se eu quisesse estar aqui, se tivesse vindo por livre e espontânea vontade. – Na entrada, Esmina. – Caminhei pelo longo salão, observando os detalhes da nova moradia. A casa para ele, esta mais que receptiva, cheirosa com flores, as melhores mantas e tecidos, não sei bem quanto a comida, sobre isto,
Um acordo entre as famílias sempre foi algo a ser respeitado. Um compromisso, a palavra dada num acordo, não há volta. – Eu não quero! – Vociferei em alto e bom som, quando pela primeira me foi dito que eu iria me casar com a filha do meio dos Sarfields. – Não ouse, levantar a voz para mim garoto! – Meu pai retrucou em resposta, erguendo a mão esquerda. acertando o meu lado do rosto, com dor do lado direito da face abaixei a cabeça. Não era mais um garoto, já era um homem de vinte e cinco anos, negociante, dono de comércio, porém sem uma esposa, sem filhos, o que a nossa religião não admite, eu provaria da minha solitude por toda a vida, se me fosse permitido, mas como não foi. –Sim senhor, meu pai! – Um filho obdiente, um exemplo, eu quis ser. Ao menos era contra a minha vontade, casar-me por negócios, jurava que um casamento por negocios, acordos, era frio.Eu jurava, tinha certeza até o oitavo domingo de lua cheia, a data marcada pelo ancião, o oraculo apontava que os nossos desti
Eu me deitei para as opções dele, na verdade, incrédula, mas me deitei, eu venderia o meu corpo, a minha alma se fosse preciso, pelo risco, pela opção, quando Kaled tomou posse do meu corpo, virei o rosto para o lado, ele não emitiu sons, mas obteve o que queria, o seu corpo movia-se sobre o meu, para quem já fez sexo com desejo, com amor, com paixão, agora conhecia o sexo pela necessidade, eu me rendi como uma mulher que se vende, que dá. Entrei no banheiro, sentindo o meu corpo, expulsar o seu semén, talvez sempre fosse assim, se eu não tivesse negado, se eu não tivesse aberto mão da minha família, eu nunca conheceria o prazer com Jamie, com Hendricks, aquela para sempre seria a minha vida, fechei os olhos estando atrás da porta, de tudo eu faria para saber dos meus filhos, tive certeza. Tomei banho, em busca de limpar-me dele, sair do banheiro pronta para trocar os lençóis, mas Kaled ainda estava deitado na cama, talvez para as rameiras fossem mais fácil, não ter que esperar a bo
- Amo a sua boca! – Confessei perante o ato carnal, ela não parou de mover-se a minha frente. Agarrando o seu corpo com mais firmeza, estava quente, muito calor, sempre disseram-me que o inferno é quente, mas nenhum sexo, havia sido tão quente até então. Abrindo a boca me deixando explora-la mais, e mais me mantive muito mais dentro dela, seu corpo fébril contra o meu, a madeira da comoda tremendo, lhe ergui nos braços caminhei sem direção pelo quarto, mordendo os seus lábios, ela os meus, não havia engano, não havia restrições, as suas mãos, braços em volta do meu pescoço, senti os movimentos latente sobre mim, rebolando, movendo-se, uma mulher quente, ardil. Lhe joguei sobre a cama, e pelo jeito que estavamos, fui junto sem conseguir parar os meus movimentos. –Aí ah! – Os seus gemidos escaparam, o seu corpo suou, as unhas enterraram-se em mim, era escuro, pouca luz, eu quis ver, eu quis assistir tudo, completamente a tudo, até quando os seus olhos perolados negros no escuro da noi
Depois da conversa na varanda, meu avô recolheu-se no quarto por dias, durante as refeições a mesa, quando não estava sozinho, era somente com o Fernan, que não sabia a metade do que se passava naqueles dias, quanto a Judhie só pude esperar, havia sido um acordo, e contra Kaled e o seu império, não foi díficil começar a perceber que eu não teria chances alguma.No comércio das pedras preciosas, ele é o melhor, o mais indicado, enquanto ele cresce e domina gradualmente a econimia no meu país, o nosso nome, o domínio Valentim já não tem muito valor, as pessoas já sabem o que houve, comentam, olham e falar a respeito, não temos mais o mesmo temor de antes, o legado Valentim, claro que ainda há certo receio, porque ninguém vem até mim, dizer ou desfazer.Mas como um enxame de abelhas, que uma vai passando a informação para outra, rapidamente se soube por toda a cidade que levaram a minha mulher, facilmente debaixo do meu teto, de mim, e o pior comigo em casa, naquele momento, covardia, ve
— Mãe me empreste seu celular? — a visita da minha mãe, era um sinal de alívio, eu realmente não estava presa? Mas ela negou, num mover de cabeça em negação, ela negou. — Não tenho filha, antes de entrar, eles pediram tudo, não tenho celular, até as minhas coisas foram mexidas percebi quando entrei no quarto. — Era óbvio que ele não ia facilitar, Kaled estava sendo até bom, passei o inicio da noite conversando com a minha mãe. Foi como uma segunda notícia de que o mundo acabaria no ano seguinte, quando ela me disse que o meu pai quer falar comigo, que ele não tem magoas, e até visita os meus filhos, ele apoia Valentim, o problema não era ele ter magoa ou não, a culpa por tudo que esta acontecendo comigo é dele, somente dele, e eu não consegui perdoar, foi ele que organizou este casamento, colocou este maldito em minha vida, quando sonhei que era livre. Achei que todo mundo nascia livre, mas não, as mulheres não nascem, sempre tem um pai que se acha dono, um irmão, uma seita, um reli
Prometi a mim mesmo que terei esta mulher em minhas mãos, a farei rastejar por meu afeto, por minha atenção, mas a cada dia que se passa, não consigo ler os seus pensamentos, ela se camuflar, prende-se em seu quarto, após me servir. Em poucos dias sobre o mesmo teto que Judhie, ela foi ficando monotoná, quieta demais, acabei me acostumando com a sua beleza, no entanto, não é tão bela assim. Pensei que a sua mãe ficaria alguns dias conosco, mas parece que fazer companhia a sua filha, tornou-se o seu maior objetivo na vida, apesar de ser uma mulher cheia de qualidades e tributos na cama, Judhie não surge para uma conversa, nem para uma pergunta se quer, não tenta me agradar, preparando um jantar ou uma massagem, de certa forma, foi perdendo toda a graça.Acordei cedo, mais um dia para os negócios, o percurso que fiz dos meus aponsetos para o escritório, não pude deixar de observar a senhora Sarfield de pé, num vestido branco rendado, cabelos loiros soltos sedosos, a maneira que movia o
- Hendricks por favor me deixa ajudar! - As visitas de Olga continuaram, insistindo em ajudar com os garotos, que tiveram uma semana de febre, indo e vindo em consultas com pediatras, não sabíamos o que fazer, a febre é emocional, logo a causa todos já sabemos o porque. -Olga não enche, você está me enchendo o saco, tenho pensado seriamente em expulsa-la daqui. - Respondi com os olhos entre os papeis sob a mesa, além de lidar sozinhos com os gêmeos doente, tenho que estar resolvendo os problemas da família. - Eu juro que só quero ajudar, Hendricks, eles precisam de uma presença feminina, e neste momento eu sou o mais próximo disto. " Deixei a leitura de um contrato de lado, olhando-a diretamente desta vez. Não poderia negar que nisso ela poderia ter razão, sendo tia das crianças, seus olhos fitavam-me seriamente, implorativos como quem queria muito ajudar. - Tem certeza que voce quer isto? - Lhe vi assenti várias vezes, sem pestanejar, era uma saída, mas também nela não confiava. -