- Hendricks por favor me deixa ajudar! - As visitas de Olga continuaram, insistindo em ajudar com os garotos, que tiveram uma semana de febre, indo e vindo em consultas com pediatras, não sabíamos o que fazer, a febre é emocional, logo a causa todos já sabemos o porque. -Olga não enche, você está me enchendo o saco, tenho pensado seriamente em expulsa-la daqui. - Respondi com os olhos entre os papeis sob a mesa, além de lidar sozinhos com os gêmeos doente, tenho que estar resolvendo os problemas da família. - Eu juro que só quero ajudar, Hendricks, eles precisam de uma presença feminina, e neste momento eu sou o mais próximo disto. " Deixei a leitura de um contrato de lado, olhando-a diretamente desta vez. Não poderia negar que nisso ela poderia ter razão, sendo tia das crianças, seus olhos fitavam-me seriamente, implorativos como quem queria muito ajudar. - Tem certeza que voce quer isto? - Lhe vi assenti várias vezes, sem pestanejar, era uma saída, mas também nela não confiava. -
Os dias tornaram-se de esperança, mas também de tristeza, qualquer um em meu lugar saberia, aliás, qualquer mulher, já que em nosso continente as mulheres não tem voz, nem vez, um homem sempre fala por elas, seja o pai, o irmão, o marido, não importa se o que dissêssemos fosse verdade ou não, para nós não tem lei, apenas regras a cumprir, e são tantas. Kaled até estava tentando me conquistar, agradar como lhe foi ensinado em sua cultura, deixando caixas de jóias sobre a cômoda como forma de me presentear, por aqui, o que a lei diz que as mulheres só pensam em ouro, em jóias, é a forma que elas acham que os maridos amam, para não importavam os peso do ouro, da pedra nelas, o colorido do tecido, nem que eu sou a mulher de um homem de posses, entre nós não havia e nunca haverá amor, estou aqui por causa dele, mas não por amor ao Kaled. Sempre entrando no meu quarto quando sente desejo, Kaled se satisfaz do meu corpo, quando entra no quarto me deito na cama, o deixo ter o que quer, enqu
Construir um império é uma tarefa ardua, que leva anos de trabalho duro, mas apenas não é suficiente, você tem que escolher um lado, o seu ou dos outros, escolher os dos outros é abrir mão de seus sonhos, sofrer hulmilhações, como passei por muitas, sendo rejeitado pela filha de Sarfield que escolheu um professor fálido a mim, o filho de um homem honrado. Chegar a ser o principal contrabadista de diamantes não foi algo fácil, tive que eliminar pessoas, deixa-las para trás no negocios, e se tem algo que faz inimizades são golpes nos negócios, ainda mais numa area tão alta, tão previlegiada com certeza de altos retornos para os investimentos que se faz, eu não queria continuar sendo o mesmo garoto que era pisado,hulmilhado, e por isto, escolhi a mim como primeira e única opção. A noite já havia caído quando sai do restraurante após uma reunião de negócios com sócios, entreguei duas caixas de jóias de primeira linhagem antecipando o lançamento, um para ser entregue a mãe do meu herdeir
Como um adolescente inexperiente, agir da pior maneira, como eu Hendricks Valentim, filho de um mafioso, meia boca, mas era da máfia, neto de um mafioso raiz, pude acreditar que a melhor maneira de reunir todos, não foi um ou dois inimigos de Kaled, foram todos os possíveis que poderíamos para se unir contra ele? A burrice estrapoloda em excesso, tive certeza disto, ao me ver cercado por vários tipos de pessoas falantes, que fariam ou não fariam após assumir o disputado comércio de diamantes, um contrariando a ira do outro, que também o quer, havendo brigas, mortes, sem contar que ninguém, entre eles falavam do principal, para assumir o cartel de diamantes que corresponde a Kaled, é primeiro preciso matar ele. E sobre isso, nenhum deles falavam, tampouco planejava.Quando pensei que os homens de lá são frios, explosivos, cabeça quente, são justamente ao contrário, são ambiciosos, querem riquezas sem muito esforços, entre todos os homens presentes, só pude contar com dois para agir, e
Com o atentado contra a Kaled, as visitas de Khalil juntamente com a sua mãe aumentaram, algumas vezes os encontrei pelos corredores, mas a maioria delas nem havia como fugir, com Kaled em recuperação, Khalil já se sentia no comando de tudo. Seus olhares são frios e crueis, talvez o problema maior não fosse lidar com Kaled, não fazendo ideia do que me esperaria se ele morresse, agir com rapidez, se Kaled pegasse uma infecção, ou qualquer outra dificuldade, era o meu fim, prescrito para acontecer. - O que você fez com ele? - Entrei no quarto pegando parte da conversa entre os irmãos, Kaled ainda sem saber que tornou-se infértil devido a perda do testículo esquerdo, olhou-me com afeto nos olhos, se ele souber que é infertil, abrirá mão do aborto, surtará, para estes homens uma oliveira incapaz de gerar frutos de nada serve, preferem a morte a viver servindo de chacota para os demais. Entrei de cabeça baixa, ingnorando os olhares dos dois, enquanto um poderia me oferecer um cacére tran
Não que os Sarfields fossem da minha total confiança, mas no momento eu não tinha apoio melhor. Entregar os meus filhos e o meu avô nas mãos deles foi o melhor que pude fazer.A possibilidade de ir e não voltar são altas, a partida das terras dos Sarfields foi mais dolorosa que imaginei, mas a minha honra precisava se estabelecer, de nada valeria continuar vivendo como um covarde, as escondidas, sendo motivo de piada para amigos e inimigos e até desconhecidos.A verdade é o que poucos sabiam, e não adiantaria explicar. Judhie não foi levada, ela havia feito um acordo pra me salvar, para nos salvar, e eu mal saberia dizer o que fazer para mudar isto.Quem fez o acordo foi ela, por mim, não fui eu. Por isso não havia nenhum acordo com Kaled. Horas de vôos, tudo passava em minha mente, como seguir e cercar o seu irmão Khalil, se estabelecer em Carbarral, para assim ter as informações necessárias daquele palácio.Na teoria tudo pareceria tão fácil, o difícil já começava desde o observar do
- O italiano está por trás do atentado contra a você irmão, por causa desta vagabunda, agora você não tem uma perna. - Khalil me informou alterado, deitado sobre a cama, me mantive numa postura de quem ainda obtinha a informação. - Esta´me ouvindo? - Indagou-me raivoso, querendo explodir. - Ainda vai defender essa ordinária? Sabe que ela só está viva por sua causa não é? Porque se fosse eu no seu lugar, já teria matado todos eles. Não fazia sentido algum, como aquele Italiano de merda, ia conseguir unir os meus inimigos e sócios contra mim? Eles odeiam o tipo como ele, como seria possível? Me peguei interrogando a mim mesmo enquanto Khalil sentou a minha frente a espera de uma reação. - Vai ficar ai calado? Você não é assim, Kaled, vai continuar passando a mão na cabeça dela desta maneira? Olhei para o homem com características igual a minha, eu preciso pensar, tive certeza. - Calma Khalil, quem lhe disse isto? Como chegou a esta informação? - Tentei acalma-lo, apesar de dentro de m
Por mais que eu não goste de Khalil, jamais diria a Kaled que tipo de pessoa o seu irmão é. Não, eu jamais diria, já que ele deve conhecer tão bem a seu irmão quanto eu, a cultura deste país jamais me permitiria abrir a boca e falar que o seu irmão me causa repulsa, que eu tenho medo dele, e que a minha morte em suas mãos é mais que segura. Ela era garantida de qualquer maneira, em meses ou dias, tendo ou não o filho que cresce dentro de mim. A situação de Kaled é tão vulneravél, que me comovia vê-lo de tal maneira, deixado sobre os lençóis da sua cama, correndo riscos que ele não imagina, me habituei aos médicos, ao tratamento deles, não ao tratamento que resiste e debate com a medicina ocidental. Mas somos de mundos diferentes, talvez seja assim, não somos ou nos tornamos o lugar que nascemos, somos o que escolhemos como casa, e eu escolhi a Itália desde que naquele lugar encontrei a minha liberdade. Os dias permaneceram iguais, sempre cuidando de Kaled, já que ninguém da sua fam