De roupão, sem peça alguma debaixo dele, completamente nua, cabelos soltos ainda úmidos, olhei a última vez pela janela de vidro, ao adentrar o veículo, armas apontadas para Hendricks, e para seu avô, uma na minha cabeça até esta dentro do carro, que foi arrancado de vez em alta velocidade mesmo estando em uma area residencial, o som dos pneus contra o solo arranhavam os meus ouvidos, isso nem de longe seria um acordo, é um sequestro, um sequestro quando não podíamos fazer nada, estando desprevenidos, despreparados para qualquer ação. Quatros homens de origem mulçumana estavam no carro, todos de peles morenas, cabelos negros, barba escuras, olhos que alimentavam o meu pavor, ternos pretos que não disseram, nada para mim, tampouco entre si, sem nada seguro a dizer, segui o percursso também em silêncio, a brusca e repentina entrada na nossa vida era pra causar pânico, medo, talvez fosse, é o que Kaled quer, exibir o seu poder, o seu jeito, eu já o havia rejeitado uma vez, preferi o meu
Um mês, dois meses e nada, todas as visitas de Sarfield para Judhie foram em vão, não soube nada dela. – Ela não me recebe, Valentim, já tentei...– Tente mais! Se esforce, faça o que for preciso! – Eu já havia surtado, preciso dela, necessito muito dela. – Mas não tem o que fazer, eles vão acabar proibindo as visitas com tanta recusa, Hendrick! – Meu avô interveiu. – Não me importo, eu preciso saber se ela esta bem, como está. – Respondi indo de um lugar a outro. – Mas é claro que a Judhie está bem, o Kaled jamais faria mal algum a ela, ele a ama! – Sarfield me diz isso como se fosse o bastante, como se ele amar fosse o necessário, mas não depende somente dele, depende dela querer, e espero que ela não queira estar com outro homem além de mim, além de nós, passei a mão quase descontrolado pelo rosto. – Isso é o que você diz, confesso que esperava mais de você, Sarfield, que tipo de homem você é? Acha que aquele louco amar, basta? O meu sogro sentado, numa postura de derrota não me
Após dois meses pós sequestro, para mim os dias continuaram cinzentos, nublados para mim não havia alegria, tampouco felicidade, cercada de luxo, empregados, quando coisa menos a liberdade, menos o que eu queria, não era a falta de Valentim que mais gritava em minha cabeça, em meu peito, o que apertava, o que me doe, é a falta dos meus filhos, a medida que os meus seios vão secando, toda a preparação para a maternidade se perde, toda a manuntenção de vida se esvai nele. - Senhora o vaso com os lirios onde coloco? – Hoje Kaled chega, em dois meses, ele não compareceu, ligou algumas vezes, enviou-me um conjunto de colar, brinco, pulseiras e anel de diamantes, seria lindo, seria perfeito, se eu quisesse estar aqui, se tivesse vindo por livre e espontânea vontade. – Na entrada, Esmina. – Caminhei pelo longo salão, observando os detalhes da nova moradia. A casa para ele, esta mais que receptiva, cheirosa com flores, as melhores mantas e tecidos, não sei bem quanto a comida, sobre isto,
Um acordo entre as famílias sempre foi algo a ser respeitado. Um compromisso, a palavra dada num acordo, não há volta. – Eu não quero! – Vociferei em alto e bom som, quando pela primeira me foi dito que eu iria me casar com a filha do meio dos Sarfields. – Não ouse, levantar a voz para mim garoto! – Meu pai retrucou em resposta, erguendo a mão esquerda. acertando o meu lado do rosto, com dor do lado direito da face abaixei a cabeça. Não era mais um garoto, já era um homem de vinte e cinco anos, negociante, dono de comércio, porém sem uma esposa, sem filhos, o que a nossa religião não admite, eu provaria da minha solitude por toda a vida, se me fosse permitido, mas como não foi. –Sim senhor, meu pai! – Um filho obdiente, um exemplo, eu quis ser. Ao menos era contra a minha vontade, casar-me por negócios, jurava que um casamento por negocios, acordos, era frio.Eu jurava, tinha certeza até o oitavo domingo de lua cheia, a data marcada pelo ancião, o oraculo apontava que os nossos desti
Eu me deitei para as opções dele, na verdade, incrédula, mas me deitei, eu venderia o meu corpo, a minha alma se fosse preciso, pelo risco, pela opção, quando Kaled tomou posse do meu corpo, virei o rosto para o lado, ele não emitiu sons, mas obteve o que queria, o seu corpo movia-se sobre o meu, para quem já fez sexo com desejo, com amor, com paixão, agora conhecia o sexo pela necessidade, eu me rendi como uma mulher que se vende, que dá. Entrei no banheiro, sentindo o meu corpo, expulsar o seu semén, talvez sempre fosse assim, se eu não tivesse negado, se eu não tivesse aberto mão da minha família, eu nunca conheceria o prazer com Jamie, com Hendricks, aquela para sempre seria a minha vida, fechei os olhos estando atrás da porta, de tudo eu faria para saber dos meus filhos, tive certeza. Tomei banho, em busca de limpar-me dele, sair do banheiro pronta para trocar os lençóis, mas Kaled ainda estava deitado na cama, talvez para as rameiras fossem mais fácil, não ter que esperar a bo
- Amo a sua boca! – Confessei perante o ato carnal, ela não parou de mover-se a minha frente. Agarrando o seu corpo com mais firmeza, estava quente, muito calor, sempre disseram-me que o inferno é quente, mas nenhum sexo, havia sido tão quente até então. Abrindo a boca me deixando explora-la mais, e mais me mantive muito mais dentro dela, seu corpo fébril contra o meu, a madeira da comoda tremendo, lhe ergui nos braços caminhei sem direção pelo quarto, mordendo os seus lábios, ela os meus, não havia engano, não havia restrições, as suas mãos, braços em volta do meu pescoço, senti os movimentos latente sobre mim, rebolando, movendo-se, uma mulher quente, ardil. Lhe joguei sobre a cama, e pelo jeito que estavamos, fui junto sem conseguir parar os meus movimentos. –Aí ah! – Os seus gemidos escaparam, o seu corpo suou, as unhas enterraram-se em mim, era escuro, pouca luz, eu quis ver, eu quis assistir tudo, completamente a tudo, até quando os seus olhos perolados negros no escuro da noi
Depois da conversa na varanda, meu avô recolheu-se no quarto por dias, durante as refeições a mesa, quando não estava sozinho, era somente com o Fernan, que não sabia a metade do que se passava naqueles dias, quanto a Judhie só pude esperar, havia sido um acordo, e contra Kaled e o seu império, não foi díficil começar a perceber que eu não teria chances alguma.No comércio das pedras preciosas, ele é o melhor, o mais indicado, enquanto ele cresce e domina gradualmente a econimia no meu país, o nosso nome, o domínio Valentim já não tem muito valor, as pessoas já sabem o que houve, comentam, olham e falar a respeito, não temos mais o mesmo temor de antes, o legado Valentim, claro que ainda há certo receio, porque ninguém vem até mim, dizer ou desfazer.Mas como um enxame de abelhas, que uma vai passando a informação para outra, rapidamente se soube por toda a cidade que levaram a minha mulher, facilmente debaixo do meu teto, de mim, e o pior comigo em casa, naquele momento, covardia, ve
— Mãe me empreste seu celular? — a visita da minha mãe, era um sinal de alívio, eu realmente não estava presa? Mas ela negou, num mover de cabeça em negação, ela negou. — Não tenho filha, antes de entrar, eles pediram tudo, não tenho celular, até as minhas coisas foram mexidas percebi quando entrei no quarto. — Era óbvio que ele não ia facilitar, Kaled estava sendo até bom, passei o inicio da noite conversando com a minha mãe. Foi como uma segunda notícia de que o mundo acabaria no ano seguinte, quando ela me disse que o meu pai quer falar comigo, que ele não tem magoas, e até visita os meus filhos, ele apoia Valentim, o problema não era ele ter magoa ou não, a culpa por tudo que esta acontecendo comigo é dele, somente dele, e eu não consegui perdoar, foi ele que organizou este casamento, colocou este maldito em minha vida, quando sonhei que era livre. Achei que todo mundo nascia livre, mas não, as mulheres não nascem, sempre tem um pai que se acha dono, um irmão, uma seita, um reli