CAPÍTULO 67 Katy Milgrid Caruso . . Meu coração batia acelerado e com ele a dor no peito persistia. Meu pai nunca me deu atenção como uma filha legítima, vivi nas sombras daquela casa rica, e agradecendo a Deus por ter um irmão que se importava por mim. A minha mãe era muito fria e amargurada. Ouvi muitos boatos sobre ela, onde diziam que meu pai tirou sua pureza e depois a rejeitou, a tornando a pessoa fria que sempre foi depois que eu nasci. Ela nunca confirmou, mas também a perdi, hoje só tenho o Alex. Estudei numa escola de freiras, eram regras do grande Robert Caruso, meu pai. Então só tinha os finais de semana em casa, e alguns deles, meu pai mandava algum soldado me buscar. Até que conheci Peter... ah, Peter! O soldado mais chato do meu pai. Eu já era adolescente e ele fazia questão de seguir à risca todas as ordens. No começo tentei enrolar ele e passar a perna para conseguir sair daquela casa, já tinha dezessete anos e não conhecia nenhum gar
CAPÍTULO 68 Alexander Caruso Nunca me senti tão bem na vida, Laura é excepcional, muito mais do que eu pensei que seria. Estar com ela foi algo incrível, do que depender de mim, farei o possível para que ela seja feliz e nos demos bem, embora eu tenha um pouco de medo de quê ela fique grávida e aconteça alguma coisa como aconteceu com a minha mãe, eu não aguentaria se algo acontecesse com minha ragazza. Ela amoleceu muito, está sorridente e amável. A cada vez que olho pra ela sinto algo novo e isso me assusta. Eu não iria liberar a funcionária, mas o pedido da Laura agora é uma ordem, e até o Peter vai com a mulher. . Depois do jantar, Katy foi conversar com o Peter na varanda e eu fiquei com a Laura na mesa. — Tem algo nessa história, não é? O que sabe sobre essa mulher que precisa de folga? — perguntei. — Ela trabalhava para vocês, vai em outra cidade buscar algumas provas sobre o que sabe de Anita e Albert, tenho interesse nisso.
CAPÍTULO 69 Laura Strondda Era tudo perfeito demais para ser verdade. Eu senti desde ontem quando meu pai disse que acompanharia a missão, que algo daria errado, e eu estava certa. Não entendo porquê deixei passar um dos alvos e demorei para perceber aquele que o Alex precisou atirar, isso nunca aconteceu antes. Meu pai matou a mulher que atirou no Alex, mas um tiro de raspão ainda o atingiu no braço, pois a maledetta do diavolo atirou também, entao corri para ajudá-lo. — Alex! Ninguém disse nada, Alex me olhava e não ousei olhar para o meu pai. Me abaixei, fiquei de joelhos, olhando se a bala havia mesmo saído do local onde atingiu, e me acalmei um pouco quando vi que sim. — Vou no carro buscar a maleta para cuidar disso. — falei para o Alex, mas ele me segurou. — Eu estou bem, vamos continuar! — falou sério, então levantei, eu sabia que o meu pai nos observava, e a essa altura planejava como me expulsar dali. . Engoli o meu desesp
CAPÍTULO 70 Alexander Caruso — Porque fez isso? — foi a primeira pergunta da Laura quando entrei no carro. Não demorei para arrancar, fui dirigindo enquanto falei: — É simples, esse cargo me foi oferecido, aceitei, cumpri com o prometido lá dentro, mas não sou digno de confiança, e você sabe muito bem o motivo. Casei por vingança, planejei coisas ruins para o próprio Don, merecia a morte. Você não! — ela ficou me olhando, mas essa era a verdade. — Combinamos esquecer o ocorrido, isso pode morrer conosco, você se enganou, e ninguém jamais saberá! — ela parecia inconformada, mas para mim estava tudo bem, preferia trabalhar junto com ela, mas sobreviverei. — Sua família é mais esperta do que pensa, Laura! Eles souberam que brigamos, souberam do tiro, podem ter descoberto mais coisas... enfim! Você merece ter a sua chance, a sua oportunidade, e eu posso trabalhar nos negócios do meu pai, tenho outras opções, fique tranquila! — Eu poderia ter continuado com
CAPÍTULO 71 Alexander Caruso — É a Anita! Não vou atender. — comentei com a Laura, que desceu procurando algo para se limpar, mas mesmo depois de limpos e vestidos, o meu celular não parou de tocar. Ela me olhava feio, incomodada. — Quer que eu atenda? — Laura perguntou. — Você que sabe, eu não estou afim de falar com ela! — respondi dando de ombros, Anita me decepcionou em algumas coisas, e se Laura quiser falar com ela, tenho certeza que saberá lidar com isso. Mas, de repente mudou o número de quem me ligava, era Peter. Fiz sinal de que atenderia e então descemos do carro, novamente. — Peter? — Adivinha com quem estou nesse exato momento? — Peter perguntou com uma voz entusiasmada, e pela ligação anterior, dei meu palpite: — Albert? — Sim... acredita que vim trazer a Maria onde me pediu e de prêmio encontrei com esse idiota? — Mas, você está aonde? Não saiu da cidade? Ou vai voltar, agora? — Isso que eu quero saber, ou voc
CAPÍTULO 72 Laura Strondda A situação era um tanto estranha, Luigi olhava para Débora o tempo todo enquanto falava, parecia que não ouvia direito o que eu ou o Alex falávamos. Meu tio Salvatore é bem galante, às vezes está apenas sendo gentil outra vez, mas vejo que a Débora olha para o Luigi de vez em quando, sempre nos momentos em que sorri, tenho a impressão que meu tio percebeu um pouco tarde algumas coisas. . — Bom, não vou tomar mais o tempo de vocês, preciso trabalhar mais agora. — Luigi enfim olhou pra mim, eu sabia que era uma queixa que agora eu não trabalharia mais com ele, e Alex chegou mais perto, pigarreando. — Realmente, temos alguns compromissos! — Alex falou, mostrando que realmente estava incomodado, na cara do Luigi, que deu um sorriso debochado, olhou para a Débora com o Salvatore e colocou o capacete, saindo feito louco, passando perto de Salvatore, sem necessidade, mas então parou. Estreitei os olhos, e automaticamente fui com o Al
CAPÍTULO 73 Alexander Caruso — O que esse idiota, fez? Já estou farto dele fazer coisas pelas minhas costas! — me virei para Peter assim que descemos pelo porão. — Olha, eu estava levando a Maria onde me pediu, levei um soldado com a gente, e foi quando vi que havia uma confusão no meio da rua. Esse cara estava apanhando de um senhor muito bem vestido, mas só vi que era ele quando tirou a arma e apontou para o homem, então desci. — E, descobriu o motivo? — Parece que é por causa de Anita... Albert estava tentando tirar dinheiro do homem, porquê... bem, parece que o homem tentou forçar alguma situação com a sua prima. — Merda, deve ser o velho que vi com ela outro dia. Sabe se ele tocou nela sem a sua permissão? Ou... — Essa é a versão desse verme, e você já conhece a minha opinião, Anita não é santa. — É, eu vi que estava dando moral para um velho, nos mesmos dias que me jurava amor! Também não confio nela. Mas, o que você fez? — Mand
CAPÍTULO 74 Alexander Caruso — VAMOS, ME DIGA DE ONDE TIROU ISSO DE FORTUNA? — perguntei mais sério, o maledetto estava todo machucado, seu rosto todo marcado, com cortes, sangue escorrendo nos ombros, lavado de água com sabão e ainda sorria. — Hum... — bufou — Vai me dizer que ainda não descobriu isso? Que seu pai era muito rico e te escondeu a herança a vida inteira, porquê era um maledetto egoísta? — o grudei na parede. — DE ONDE TIROU ISSO? VAMOS MALEDETTO, ME DIGA! — comecei uma sessão de socos na barriga dele, também desferi alguns no rosto. — Pode me matar se quiser. — falou sério, e a minha paciência estava esgotando. — Vou te deixar de ponta cabeça para ver se refresca a memória! — derrubei ele no chão, Laura me ajudou a colocar em pé e prender seus braços e tornozelos na parede. — Eu vou morrer assim, mas você não vai descobrir quem matou o seu pai! — aquilo me trouxe uma revolta muito grande, comecei a esmurrar aquele maledetto com mu