Lauren pegou seu telefone e tentou ligar para André que não atendeu, então ela ficou sem opção, quando lembrou do Conrado e ligou para ele.- Pai, você pode me buscar? - Ela nem percebeu como tinha chamado ele.- Sim, filha. Onde você está? - Conrado estava feliz por ser chamado assim pela primeira vez que uma lágrima escorreu pelo seu rosto.- Vou te mandar a localização. - Ela mandou a localização e alguém passou correndo por ela e a derrubou na canaleta da estrada, depois pegou o celular dela e foi embora. Lauren estava com a perna machucada e não conseguia andar, então ficou sentada na beira da estrada até perceber um carro se aproximando. Estava com medo, mas ao mesmo tempo com esperança de que fosse Conrado.O carro parou perto de Lauren e ela reconheceu como um dos carros que estava na garagem da mansão, então ficou mais tranquila. Conrado saiu correndo do carro para ajudá-la.- Por que está sentada ali?- Conrado perguntou alcançando a mão para que ela se levantasse.- Eu não
Enfermeiros e médicos corriam para dentro e para fora do quarto no qual Luana estava recebendo tratamento com caras de preocupados. Quando os dois se aproximaram uma enfermeira os parou.- Vocês não podem entrar agora. - Ela disse e fechou a porta. Sem saber o que aconteceu Lauren estava começando a ficar aflita. Mas só podia esperar.Depois de pouco tempo, mas que para Lauren parecia uma eternidade, um médico saiu do quarto e olhou para Lauren. Ele estava um pouco preocupado com o que ia dizer, mas precisava falar pra ela.- Infelizmente o que tenho a te dizer não é uma notícia boa. - O médico iniciou. - Não sei como sua mãe conseguiu uma cartela de remédios para cardíacos, mas ela tomou toda cartela. Tentamos fazer uma lavagem gástrica e tentar reanimá-la, mas não conseguimos. Quando percebemos o que ela tinha feito já era tarde demais. Sinto muito, senhorita.- Como assim? Minha mãe está bem? Não entendi, ela tentou se matar?- Ela se suicidou, não conseguimos salvá-la. - O médico
Depois do divórcio e de ter ficado com um filho de apenas três anos, Alex mudou totalmente sua rotina. Todas as manhãs ele levava o pequeno Matheus para a escola, antes de ir para o banco do qual era dono. Naquele dia eles estavam atrasados e ele estava ao telefone dando algumas instruções quando chegaram até a porta da sala de aula e bateram. Sem muita demora, uma professora abriu a porta e olhou para os dois parados na porta.Alex terminou sua ligação no momento em que a porta abriu. A professora era alta, quase tão alta quanto ele, usava uma legue, um moletom largo e óculos enormes para o rosto redondo que tinha. O sorriso que ela abriu ao ver Matheus comoveu o pai.- Matheus, que bom que você veio! Eu estava te esperando para começarmos a dividir os grupos nas brincadeiras. – Matheus pulou no colo da professora todo feliz.- Profe Lala, eu amo você. – O pequeno Matheus falou abraçando-a.- Bom dia! Você é nova por aqui? – Alex sentindo-se ignorado pelo filho e percebendo que ainda
Camila saiu do camarim correndo para chegar a tempo no palco. Lauren colocou um batom bem vermelho para realçar seus lábios carnudos. Ela estava usando uma calcinha fio dental que não mostrava suas partes íntimas e por cima dela um vestido muito justo e um sobretudo preto.Logo terminou a apresentação de Camila e Lauren estava no fundo do palco pronta para entrar. O dono da boate subiu ao palco para anunciar a próxima atração.- Hoje teremos uma apresentação especial. Essa apresentação só acontece no sábado, mas abrimos uma exceção e hoje teremos a Gata misteriosa. – Assim ele desceu do palco e a música “You Can Leave Your Hat On” começou a tocar. As luzes pararam no fundo do palco numa mulher muito alta com saltos e uma máscara de gato estava parada. Os cabelos longos caiam em cachos sobre os ombros e até a metade das costas.A gata começou a dançar e logo o sobretudo foi jogado no fundo do palco e u vestido preto muito justo delineava um corpo que parecia ser esculpido. Alex que
Na manhã seguinte Alex foi levar seu filho para escola, mas foi a professora auxiliar que recepcionou as crianças naquele dia. Alex deu uma olhadinha para dentro da sala e viu uma professora de roupas largas e cabelo preso sentada no tapete brincando com as crianças. Assim que entrou na sala Matheus entrou gritando:- Profe Lala, eu estava com muita saudade. - Assim ele chegou até ela, que o recebeu com os braços abertos e um sorriso. Alex saiu tranquilo para o trabalho, pois sabia que seu filho ficaria bem. Na metade da tarde as professoras tentaram ligar para Alex várias vezes, mas ele não atendeu. Matheus estava ardendo em febre e teve uma pequena convulsão. Lauren não esperou e levou o menino a um pronto socorro para ser medicado. No horário da saída da escola, Alex apareceu no hospital.- Profe Lala. Obrigado por ter trazido meu filho pra cá. – Alex chegou e viu que seu filho estava preso a uma medicação intravenosa e dormindo.- Não precisa me agradecer, mas você deveria ficar
Assim que Lauren chegou no camarim começou a organizar suas coisas para sair. Ela estava muito nervosa e tremendo. Camila estava se aproximando e percebeu que ela estava estranha.- Você está bem? Aconteceu alguma coisa? – Camila perguntou percebendo a angústia da amiga.- Alex tentou me beijar. E disse que tá muito atraído por mim. – Ela respondeu em meio a um suspiro, não sabia exatamente o que estava sentindo naquele momento, mas queria fugir dali e respirar ar puro.- E você agarrou ele e fez sexo. – Camila disse rindo, mas sabendo que sua amiga não faria isso.- Claro que não. Me afastei e fugi. – Ela disse rindo da reação que teve. – Mas até que senti vontade. Meu corpo inteiro ardia de desejo quando ele me tocou.- Então por que não aproveitou?- Já pensou quando ele descobrir que a dançarina da boate que ele fez sexo é a professora do filho dele? Eu preciso do dinheiro para pagar os advogados e para dar entrada no meu apartamento, mas não quero que seja assim. Não sou uma pros
Os dois ficaram parados, se olhando. Os corações estavam acelerados, sem saber o porquê.- Sente-se, vou pegar um café. – Lauren pegou um café na cafeteira e alcançou para Alex, ela estava esperando pela bomba, pois tinha certeza de que ele havia descoberto sua identidade. – Então como posso te ajudar? Algum problema com o Matheus?- O problema não é com ele. Ainda bem que ele está bem, parece que o abandono da mãe dele não o atingiu tanto. O problema é comigo. Preciso de um conselho.- Eu não sou muito boa em conselhos. – Alex sorriu com a resposta de Lauren.- Faz dois anos que minha esposa nos abandonou. Matheus nem caminhava quando a mãe foi embora. Desde lá, eu nunca me envolvi com outra mulher, me dediquei a ele e ao banco. De vez em quando eu ia numa boate, nas quartas feiras para me distrair.- E pegar algumas mulheres. – Lauren falou baixinho.- Eu nunca saí com nenhuma. – Alex explicou e Lauren viu a sinceridade em seus olhos. – Mas nessa última quarta-feira eu conheci uma m
O dia foi longo para Lauren. Ela estava aflita e nervosa. A maioria dos pais estava buscando as crianças e ela nem conversava com eles como nos outros dias. Assim que Alex chegou ele viu aquela cara triste de novo e pensou em falar com ela.- Lauren, acalme seu coração para deixar a razão te dar um caminho. – Alex disse olhando nos olhos dela. Foi a primeira vez que ele percebeu que seus olhos eram negros como a noite e os cílios longos e volumosos, parecia ter saído das capas de revista. Mas enquanto ele estava perdido na beleza deles viu uma lágrima rolar no canto deles.- Você está filósofo hoje, senhor Alex. - Lauren disse enxugando a lágrima com a ponta dos dedos.- A Profe Lala está triste hoje. – Matheus disse dando um abraço nela. – Meu pai me disse que os abraços ajudam a espantar a tristeza.- Que tal convidarmos a profe Lala para um sorvete? – Alex disse enquanto olhava para Lauren.- Seria muito legal. Vamos profe Lala? – Matheus olhou para ela com olhos suplicantes.- Pod