CAPÍTULO 54 Kayla Taylor Eu estava num sonho tão bonito, aonde havia flores para todos os lados, um lago maravilhoso, pessoas se divertindo, e crianças correndo. Eu senti a presença do Noah perto de mim e a sua voz começou a me chamar repetidas vezes. - Kayla! Acorda, Kayla... - abri os olhos, e vi que ele estava mesmo, ali. Pelo visto já está virando rotina, eu acordar e nunca saber onde estou, talvez eu precise rever algumas coisas na minha vida. Eu nem sabia o que havia acontecido comigo, eu simplesmente acordei ali, olhei para os lados, e pelo que eu entendi estava em um hospital. - O que está fazendo aqui? E, porque eu estou aqui? - Perguntei atordoada. - Você bateu o carro. Não sabemos como, mas bateu, e teve sorte de estar bem. - comecei a lembrar do ocorrido. - Agora me lembro... e o outro carro? A pessoa está bem? A culpa foi minha, eu não devia ter saído da pista... - Calma, o outro jovem que bateu o carro no seu, está bem. Ele está no quarto ao lado, ainda
CAPÍTULO 55Wesley TaylorEu pensei que não fosse aguentar ouvir o que aquela enfermeira estava falando. Eu não posso acreditar que a minha princesinha, vai ter outra princesinha, ou um príncipe, mas o meu azar é tanto... que já digo de uma vez, certamente será uma menina, para eu surtar ainda mais.Na minha mente já se passaram milhões de coisas... eu carregando o bebê, eu arrumando o bebê para dormir, eu cuidando do bebê, eu roubando o bebê da mãe dele... Puts! O pior de tudo é que esse bebê não é meu, e se a Kayla resolver de casar com o Noah, como vamos ficar longe deles? Eu não sei qual das torturas é pior. Precisei sentar na poltrona de espera do quarto, parecia que o local estava abafado demais, com gente demais lá dentro, e ficou tudo pesado.- Wes, respira! Calma... - a minha feiticeira falava, mas eu só conseguia pensar no bebê, bebê, bebê... e que ele seria separado de mim. Joguei a cabeça pra trás, parecia que eu iria desmaiar, será que eu não deveria esganar o Noah? Talve
CAPÍTULO 56Kayla TaylorO momento na ecografia foi lindo. Embora a cada novo segundo, eu estudava uma forma mais satisfatória de me vingar do pai do meu bebê, ainda assim, foi um acontecimento mágico...Ouvir o coração foi perfeito, e a todo momento eu ficava me imaginando como mãe, e na verdade, tenho medo, mas também tenho orgulho por ser escolhida por Deus, para gerar uma criança, e já o estou amando.Estou chateada com o Noah, e dando um gelo nele, na verdade eu queria poder ter ele do meu lado, me apoiando e dizendo que estava tudo bem, mas não vou aceitar essa desconfiança. Ele me fez acreditar nele de olhos fechados, e na primeira oportunidade também não confiou em mim, não me ajudou, e nem me deixou explicar, e isso não estou conseguindo entender, me dói.Estou amando ter os meus pais para me defender, mas confesso que neste momento, só queria ficar sozinha. E ter gritado com o Noah, piorou muito as coisas, e agora a minha mãe está a ponto de matar ele.- MÃE! PARA! A ANDRÉIA
CAPÍTULO 57NoahComo um ser humano comum, consegue sentir alegria e tristeza mesmo tempo? Pois, eu sou esse ser humano louco e dividido. A Kayla tem razão, eu não deveria ter desconfiado dela dessa maneira, o problema é que eu sou louco por ela, e todo aquele jeito mimado e briguento dela, é justamente o que me faz a querer ainda mais, talvez eu devesse ser estudado.Eu sei que isso está só começando, e vou fazer tudo o que eu puder para trazer a Kayla para perto de mim outra vez, quero acompanhar de perto o crescimento do nosso bebê.Estou chegando em casa, agora. Os meus pais já ficaram sabendo de algumas coisas, mas não contei tudo, e agora eu não escapo, quero só ver a reação deles quando souberem que serão avós...- Noah! Você não atendeu o celular, eu já estava indo atrás de vocês naquele hospital! - o meu pai falou.- Eu nem vi, acho que desliguei por causa da reunião, e depois saí as pressas com o acidente da Kayla, e foi uma loucura! - expliquei.- Como ela está, filho? Nós
CAPÍTULO 58 Kayla Taylor Hoje já é terça-feira. Faz uma semana que eu estou de repouso em casa. Ainda tenho tonturas, e agora comecei a ter enjoo. Os meus pais me acompanharam na consulta com a terapeuta, e depois o meu pai a chamou para conversar, mas quando eu perguntei o que eles conversaram, ele disse que era particular e também precisava de uma terapia. Não sei se acredito nele... Noah vem todos os dias me visitar, mas eu sempre o mando embora, dou uma desculpa ou outra para isso. - Filha! Chegou uma encomenda pra você - disse a minha mãe. Quando olhei, era um buquê de rosas, lindas. - Tem bilhete? - perguntei. - E, você ainda duvida de quem seja? Claro que é o Noah! - comentou, revirando os olhos. - Deixa eu ver! - peguei o bilhete, que dizia: "Para a flor da minha vida! Feliz aniversário!" - Tem outro aqui! - a minha mãe mostrou um segundo bilhete. "Aceita jantar comigo?" - Pelo visto, ele se arrependeu. - Já perdoou ele, mãe? - perguntei. - Eu nã
CAPÍTULO 1 Wesley Taylor Acordei atrasado novamente. A noite foi curta demais para tudo o que aconteceu, mas o trabalho sempre vem em primeiro lugar. Me arrumei às pressas, pegando a pasta, o celular e a chave do Porsche. No escritório, Gilmara logo apareceu. Aquela oferecida nem me deixa sentar, já vem se jogando para cima de mim. Não que eu não goste, pelo contrário... adoro! Mas não sou do tipo que sai com funcionárias, ainda mais tendo tanta mulher por aí, que é só estalar os dedos e já estão na minha cama. Prefiro evitar problemas, e me envolver com alguém da empresa definitivamente me traria muitos. Não preciso de ninguém no meu pé. — Bom dia, senhor Wesley! — Gilmara diz, com o olhar fixo em mim, ignorando o computador. — Bom dia! O que temos para hoje? — Reunião com os acionistas às dez horas. E tem muitos documentos que o senhor precisa revisar e assinar, assim que possível. Ah, também tem uma reunião com o chefe do novo projeto da Velox às treze horas. Vou enviar os d
CAPÍTULO 2 Wesley Taylor — Quem é Louise? — Pergunta Douglas. — Você ainda não foi? O que tanto faz aqui? — Questiono impaciente. — Estou vendo que essa tal Louise te deixou mexido. Vai te fazer bem sair um pouco hoje. A caça é reconfortante — diz Douglas, com aquele sorriso maroto. — Quem disse que preciso caçar? Eu sou o caçado, cara — solto uma risada provocativa. — Não respondeu minha pergunta. — Douglas se joga na cadeira do meu escritório, rodando como um adolescente impaciente. — Meu primo, Ricardo, arrumou uma assistente pra me ajudar. Eu fiquei até animado, achei que resolveria meus problemas, mas... — Mais...? — Douglas arqueia as sobrancelhas, gesticulando para que eu continue. — A assistente é a Louise! A Lou, aliás! — Bonito nome — debocha ele. — Tapado... Sabe muito bem quem ela é. E também sabe de tudo o que aquela diaba aprontou comigo! — sinto o estresse subir só de lembrar. — Você continua com uma queda por ela, hein? Aposto! — Douglas me pr
Capítulo 3 Louise Gomez Nasci e cresci em La Plata, na Argentina. É um lugar bonito, cheio de lembranças, mas muitas delas eu preferiria esquecer. Embora minha família esteja por perto, sempre sonhei em morar em outro país, longe de tudo que me mantém ancorada ao passado. Quero uma vida nova, em uma cidade movimentada, cercada de arranha-céus, onde o ritmo agitado das ruas me faça sentir viva. Aos 24 anos, sou uma mulher com um sonho — e algumas cicatrizes que prefiro não mencionar. Atualmente, moro com minha irmã Mayara e sua família. Comecei a trabalhar como ajudante de limpeza na casa dela, mas, com muito esforço, consegui ingressar na faculdade. Trabalhava na casa e até na roça para pagar metade da mensalidade, pois consegui uma bolsa. Foi uma fase corrida da minha vida, dividir o tempo entre o trabalho e os estudos enquanto ainda ajudava meu pai a cuidar da minha mãe, que enfrentava um câncer. Ricardo, meu cunhado e chefe, foi um grande apoio. Quando soube que