POV LIAM Vou ser honesto, eu não ligo para o Natal desse jeito. O Natal era o feriado favorito da minha mãe e depois que ela e meu pai foram mortos, nunca mais foi o mesmo.Apenas mais um dia que me lembrava do que perdi.Mas Alex me disse que Ingrid estava planejando alguma coisa de Natal na mansão. Revirei os olhos ao pensar nisso. Reuniões de família, alegria de Natal... não é minha praia.Mas estava claro que Rose amava. Do jeito que ela estava falando sobre isso há dias, toda animada e tal. Então, eu disse foda-se. Enquanto ela estava dormindo, eu pedi para meus homens levarem presentes para o apartamento dela e colocá-los debaixo da árvore.Quando tudo estava pronto, entrei no quarto dela. Ela estava dormindo profundamente, o chapéu torto, a boca ligeiramente aberta. Fofa.Dei um tapinha de leve nela. Ela se mexeu, piscando para afastar o sono dos olhos e olhou para mim, ainda lutando contra o sono.— Liam? — ela murmurou, sua voz sonolenta. — Que horas são?— Hora de acordar,
POV LIAM 6 meses depois...Fiquei atrás da minha noiva no campo de tiro, enquanto a ajudava a posicionar a arma.Sim, minha noiva. Você leu certo.Eu a prendi.— Liam, não consigo me concentrar quando você está tão perto. — ela bufou, revirando os olhos.Eu sorri, apertando mais forte suas mãos enquanto nós dois seguramos a arma. — Atire com a maldita arma, babygirl.— Que tal eu atirar em você? — ela retrucou, inclinando a cabeça para me dar um sorriso contido e cheio de atitude.Inclinei-me, abaixando a voz. — Isso me excitou.Rose riu, balançando a cabeça antes de voltar sua atenção para o alvo. Ela inalou, alinhou sua mira e atirou três vezes.Todos na cabeça. Cada uma das balas, porra.Ela abaixou a arma e me lançou um olhar presunçoso por cima do ombro. — Viu?Que mulher sexy.— Meu Deus, é assim que eu e o Alex agimos?Virei-me um pouco e vi Ingrid parada atrás de nós, com os braços cruzados sobre a barriga de grávida e o rosto debochado.— Pior. — eu disse com um sorriso.
POV DAMONFlashback: 8 anos atrásDezesseis anos. Foi quando minha vida mudou para sempre.— Eles se foram. — ouvi da cozinha.No começo, pensei ter ouvido errado. Mas a forma como todos ficaram quietos. Eu soube que algo estava acontecendo. Entrei, e lá estavam eles, Alex, Liam, Vovó e alguns guardas, amontoados como se estivessem tramando algo.Durante toda a minha vida, meus pais trabalharam horas extras para me proteger da vida da Máfia. Eu deveria ser o “bom garoto”, aquele que foi para a faculdade e teve uma vida normal.Mas esse plano se foi. Assim como eles.— O quê? — perguntei, entrando na cozinha. Os rostos deles congelaram, como se não soubessem como dizer. — O quê? — eu disse de novo, mais alto dessa vez, com lágrimas já enchendo meus olhos. — Me diga.Alex finalmente deu um passo à frente. — Mãe e pai, eles se foram, Damon,Meu coração afundou. Sem outra palavra, me virei e saí da cozinha, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Não parei até chegar à sala de armas do m
DAMON Assim que as portas do elevador estavam fechando, minha assistente Sarah deslizou para dentro. Ela é problema. Nós transamos mais vezes do que eu posso contar, mas é isso. Eu não gosto dela, nem um pouco.Mas a garganta dela é insana.— Você tem duas reuniões hoje. — ela disse, ajustando sua minissaia para que eu pudesse ver mais de suas pernas. — Uma delas já está em seu escritório, senhor.Quando o elevador parou, saí, mas não antes que ela agarrasse meu braço.— Você não gostou da minha roupa? _ ela perguntou, sorrindo enquanto gesticulava para sua blusa aberta, que mal cobria alguma coisa.Eu me inclinei para perto. — Você sabe quem eu sou, certo?Ela assentiu e seu sorriso desapareceu.— Então nunca mais me toque.Deixei-a ali parada, de boca aberta, e fui para o meu escritório. Não sou do tipo que desperdiça palavras. Quando abri a porta do meu escritório, dois homens brancos mais velhos estavam sentados em frente à minha mesa.— Damon. — disse um deles, levantando-se e
JOYCE — Professora, podemos ir lá fora, por favooooor? — Diana choramingou, juntando as mãos na frente da minha mesa como se estivesse rezando.— Mais tarde, depois do almoço. — eu disse, sorrindo para ela.— Simmmmm! — ela gritou, correndo até mim e envolvendo os braços em volta da minha cintura.— Certo, todos já devem ter terminado suas planilhas, certo? — perguntei, levantando uma sobrancelha enquanto examinava a sala de aula.— Nããão! — todos eles gemeram em uníssono.— Bem, acho que vocês não querem sair então. — dei de ombros, fingindo seguir em frente.— Nós conseguimos! — gritou Ariel.— Nãããão! — Cristian rebateu.— Já terminei... olha! — Raven disse, orgulhosamente segurando sua planilha como se fosse um troféu.Olhei para o relógio no meu laptop. — Vocês têm 15 minutos até o almoço. Quem não terminar a planilha vai ficar na sala da senhorita Brown enquanto vamos lá fora.O caos imediatamente irrompeu enquanto pequenas mãos se apressavam para rabiscar respostas. Não conse
DAMON Dois dias. Ela me deixou na merda.Eu sou uma pessoa tão ruim que ela nem conseguiu responder à porra da minha mensagem?E agora ela está num maldito encontro.Eu a observei da minha caminhonete, bebendo vinho barato naquele restaurante barato com aquele vestido sexy. Meu maxilar se apertou tanto que pensei que meus dentes iriam quebrar.Saí, arrancando meu paletó e jogando-o dentro do carro. Minha camisa foi a próxima, me deixando com minha regata branca enquanto eu batia a porta.Peguei minha arma, coloquei-a na cintura e fui direto para o restaurante. No momento em que entrei, as cabeças se viraram. Examinei as mesas até avistar aquele cabelo longo e cacheado.Lá estava ela...Atravessei a sala rapidamente, minha presença fazendo o clima no restaurante mudar. No segundo em que cheguei à mesa, vi que ela estava no meio da risada, inclinando a cabeça para trás com aquele sorriso lindo.Mas quando ela me viu, sua expressão mudou.— Hum? Damon, o que você está fazendo aqui? — el
JOYCE— Puta, deixa o Alex e vem me buscar AGORA! — grito para Ingrid no telefone, já irritada até o limite.Antes de ouvir a resposta dela, meu telefone foi arrancado da minha mão. Eu me virei, já pronta para xingar alguém e congelei.A primeira vez que o vi, pensei que ele era bonito. Muito bonito. Mas havia algo nele que eu não conseguia identificar no começo. Só que agora entendo tudo, ele é um psicopata do caralho.— Damon, me dá meu telefone. — Eu ordeno, estendendo a mão.Ele não obedece. Em vez disso, ele olha para a tela, com a expressão vazia, e desliga.— Por que diabos você faria isso? Você já estragou meu encontro, e agora cancelou minha carona.Ele inclinou a cabeça como se mal estivesse ouvindo. Então, da forma mais casual e despreocupada possível, ele levanta a arma e coça a cabeça com o cano. Um sorriso preguiçoso se formou em seus lábios. Ele é louco. Na verdade, completamente, imensamente e incontestavelmente louco.— Vamos. — ele diz, virando-se como se fosse o f
JOYCE O último sinal tocou e a sala de aula finalmente ficou em silêncio.Soltei um suspiro profundo, esfregando as têmporas enquanto olhava para a bagunça que eles deixaram para trás... giz de cera no chão, papéis espalhados pelas mesas, cadeiras minúsculas empurradas em todas as direções.Inclinei-me para baixo, juntando as folhas de exercícios soltas perto da minha mesa, empilhando-as de forma organizada. Abaixei para pegar outro papel até sentir alguém me encarando.Congelei por meio segundo antes de olhar por cima do ombro.Jackson estava parado na porta, com os olhos fixos na minha bunda.Eu pisquei.Ele piscou.E então ele gaguejou.— Eu... uh... eu estava apenas... — Ele tossiu, esfregando a nuca. — Desculpe, eu deveria ter batido.Eu sorri, me levantando e me virando para encará-lo.— Você deveria.Seus olhos se desviaram, olhando para qualquer lugar, menos para mim. Foi meio fofo.Eu me inclinei contra minha mesa, cruzando os braços. — E aí, senhor Jackson?Ele finalmente