JOYCE Descobri que hotel em que estamos pertence a família dele. Claro que sim. Eles são donos da cidade inteira.Desde o jantar e do anel de compromisso, ele vem me dando trabalho desde então. A suíte estava lindamente decorada, com presentes, pétalas de rosa... tudo o que você possa imaginar.Eu ainda deveria estar brava. Não me importo. Não me importo. Não me importo.Eu estava com a camisa dele, deitada na cama enquanto o serviço de quarto batia à porta. Ele estava no chuveiro, e eu suspirei, espreguiçando-me antes de ir em direção à porta.Abri-a sem hesitar. E me arrependi imediatamente. Porque não era serviço de quarto.Era uma mulher.Alta, bonita, pele morena e cabelo preso num coque. Sorri educadamente. — Oi, como posso ajudar?Então, eu o ouvi.Meu homem.Saindo do banheiro, com gotas de água caindo no corpo e uma toalha pendurada na cintura. E foi aí que tudo foi para o inferno.Porque a mulher sacou uma arma e apontou diretamente para ele.DAMONChelsea é uma assassina.
DAMON Fiquei ali sentado, olhando para o chão, com o joelho balançando, as mãos entrelaçadas com tanta força que meus nós dos dedos estavam brancos. Eu não podia perdê-la.As portas finalmente se abriram e eu pulei do meu assento. O médico caminhou em minha direção, com o rosto cansado e desgastado.— A cirurgia dela foi um sucesso. — ele disse, e eu soltei a respiração que nem percebi que estava prendendo. Mas então seus olhos se desviaram. Seus lábios se abriram como se ele não quisesse dizer o que viria a seguir. — Mas...O mundo inteiro ficou em silêncio.— Ela perdeu o bebê.Tudo parou. Meu coração. Minha respiração. Minha mente.“Ela perdeu o bebê.”Nosso bebê. Aquele que eu nem sabia que estava dentro dela. Fiquei ali, incapaz de me mover, incapaz de falar, incapaz até mesmo de respirar. A mão de Alex agarrou meu ombro. Um aperto firme.— Vá vê-la. — ele disse.Eu nem acenei. Só me mexi. Andei. A cada passo, parecia que minhas pernas nem estavam presas ao corpo. Como se eu es
DAMON Um mês. Um mês se passou desde que minha garota quase morreu nos meus braços. Um mês desde que quase perdi a cabeça completamente.Eu a observei da porta da nossa nova casa, parada em frente ao espelho do banheiro, levantando levemente a blusa para passar os dedos sobre a cicatriz em sua barriga.A cicatriz que eu coloquei ali.A culpa me atormentava, mas ela sempre me dizia que não era minha culpa. Isso não importava. Porque era sim.Ela suspirou, puxando a blusa para baixo, e foi então que dei um passo à frente, envolvendo meus braços em volta de sua cintura e pressionando meu peito contra suas costas.— Linda candy. — murmurei, beijando sua nuca.— Pare de me olhar assim, Damon.Ignorei-a, abaixando-me para levantar sua blusa novamente e virando-a para mim. Seus olhos castanhos brilharam de confusão enquanto eu me ajoelhava diante dela, beijando sua cicatriz suavemente. Seus dedos imediatamente se moveram em direção ao meu cabelo, acariciando e arranhando. Fechei os olhos, e
JOYCEA viagem foi tranquila. Sua mão repousava na minha coxa, seus dedos acariciavam preguiçosamente para frente e para trás enquanto andávamos pela cidade, minha playlist tocava suavemente nos alto-falantes.Nem me dei ao trabalho de perguntar para onde íamos. Eu sabia que ele não ia me contar. Mas quando chegamos à minha antiga escola, franzi as sobrancelhas.Damon desligou o carro e olhou para mim.— Vamos.Franzi a testa e saí, enquanto olhava para o prédio, com o estômago embrulhado de confusão.— Damon, por que estamos aqui? E como você...Parei quando o vi tirar uma chave. A chave da escola. Ele sorriu, destrancando as portas e gesticulando para que eu entrasse.— Que merda você fez?! — Dei um tapa para reprender ele.— Droga, garota. Faz isso de novo.Dei outro tapa nele, e ele agarrou meu pulso, me puxando para perto dele, seus olhos escureceram.— Você vai continuar me batendo, candy? — ele murmurou, apertando minha cintura com mais força.Dei uma risada, ignorando o frio n
DAMON Não transamos há cerca de um mês.Então eu digo... eu estou morrendo de vontade de quebrá-la. Minha linda bebê me amarrou na cama como se ela realmente achasse que eu não ia conseguir escapar dessa merda.No começo eu não queria fazer isso, mas aí ela fez beicinho como uma pirralha mimada e piscou aqueles grandes olhos castanhos para mim, e bum, eu estava acabado. Mulher manipuladora.Então, sim, eu a deixei amarrar meus pulsos na cabeceira da cama. Deixei que ela montasse no meu colo, ficando sobre mim naquele robezinho que mal fechava, falando: “Seja bonzinho para mim, querido”.Eu já estava puto pra caramba. Um mês. Um mês inteiro sem tocá-la, sem prová-la, sem senti-la em volta de mim. E então ela tem a audácia de me fazer esperar ainda mais?Eu estava prestes a incendiar essa maldita casa inteira. Que porra eu pareço? Eu estava longe de ser bom. Eu estava perdendo a cabeça.Ela ficou brincando comigo a noite toda, andando pelo quarto, agindo como se não soubesse que eu es
DAMON Fi direto para a casa do Alex de manhã e peguei minha assistentezinha no colo antes que alguém pudesse me impedir. A Sara mal acordou, apenas murmurou: “Tio Damon?” e desmaiou nos meus braços. Minha bebê achou que eu estava brincando quando disse que ela era minha nova assistente. É, não era. Eu não brinco. Coloquei-a na cadeirinha que eu já tinha instalado na minha caminhonete... porque eu planejei essa merda e saí, uma mão no volante, a outra ajustando o espelho retrovisor para olhar para minha pequena trabalhadora sonolenta. Quando chegamos ao meu escritório, ela estava acordada, bocejando toda bonitinha e esfregando os olhos. — Onde estão a mamãe e o papai? — ela perguntou, piscando para mim. — Ela está ocupada, querida. — eu disse, carregando-a para dentro. — Você conseguiu um novo emprego hoje. Seu rostinho se contraiu. — Um emprego? — Humhum. — coloquei-a na cadeira do meu escritório, girando-a enquanto tirava minha arma da cintura e a colocava na mesa.
Eu me conformei com um conjunto de duas peças de saia preta e top curto. Penteei meu cabelo para trás em um coque e usei acessórios dourados.Eu vi meu reflexo no espelho, sentindo uma onda de confiança. Eu me virei para olhar minha bunda, é claro que ela está parecendo grande.A vida noturna de Miami não estava pronta...Roselin e Joyce chegaram, barulhentos e prontos como sempre, e partimos...............................A boate estava lotada, a música pulsava em minhas veias enquanto eu bebia um gim com tônica, sentindo uma onda começando a tomar conta de mim.Joyce e Roselin estavam na pista de dança, rebolando e girando no ritmo, mas eu estava pronta para uma pausa.Meus sapatos estavam me matando, e eu precisava de uma pausa daqueles corpos suados ao meu redor.— Volto já. — Gritei para Joyce, mas ela estava muito envolvida no momento para perceber. Fui em direção ao fundo do clube, onde ficavam os banheiros.Eu estava esperando numa fila, mas quando virei a esquina, notei um g
POV INGRIDAcordei com uma leve dor de cabeça da noite anterior. Contei ao Joyce e a Roselin sobre o homem “mistérioso” e, claro, elas queriam que eu o encontrasse e saltasse sobre seu corpo.Não tenho tempo para homens. Sim, ele é sexy, tem um corpo incrível e eu sei que ele tem um pau grande.Meus pensamentos foram cortados pelo toque do meu telefone.— O que foi? — pergunto atendendo o telefone.— Você esqueceu? — Pergunta Jinny minha assistente.— Esqueci o quê? — pergunto confusa.— Reunião com os investidores às 9 horas. — ela diz chocada.Merda, são 8h30 e eu estou deitada na cama com uma ressaca do caralho.Toda noite Jinny me envia minha agenda para o dia seguinte, mas ontem à noite eu nem olhei.— Merda. Enrolhe eles. Estou a caminho. — Respondo desligando o telefone imediatamente.Meu escritório não precisa da minha presença todos os dias. Graças a Deus contratei funcionários confiáveis e responsáveis, mas hoje tenho que estar lá.Saí correndo da cama e cambaleei em direção