No momento em que o carro estacionou na entrada da alcateia, peguei Tamara em meus braços e corri com ela para nosso quarto. Sei que o correto era levá-la até o hospital e que lá teriam os melhores cuidados; no entanto, não conseguia imaginar minha Tamara longe de mim outra vez, e o único lugar em que eu tinha certeza de que ela estaria totalmente segura seria em nosso quarto. Meus pais e meu sogro me acompanharam até o quarto. Minha mãe, coitada, chorava muito e dizia que não entendia por que minha companheira tinha que passar por tudo aquilo, quando ela era uma moça tão boa.

— Calma, querida, o importante é que nossa nora está em casa agora. — Meu pai tentava consolar minha mãe, mas não parecia o bastante, pois o choro dela apenas aumentava.

— Oh! Minha Deusa, proteja a vida da minha menina; ela já sofreu tanto. — Ela chorava muito.

O tempo de convívio entre Tamara e minha mãe foi de poucos dias; entretanto, a amizade que elas construíram era muito linda, e a cada dia que passava pa