Leandro Morreti ( Mor)
Eu odiava vê-la chorar. Era como se estivesse apunhalando meu coração com uma adaga cega.
— O que foi? — segurei seu rosto entre minhas mãos e reprimi a vontade que me consumia dia após dia.
— Nada — tentou se afastar, mas não deixei. Não podia deixar que ela escondesse de mim seus monstros, por que eu queria conhecer todos eles e caçá-los até que parassem de perturba-la.
— Eu sei que tem alguma coisa, piccolina. — ela me encarou com cuidado.
— Amanha é aniversário do meu pai e eu nunca estive longe dele nessa época. — a abracei novamente e a levei para um lugar mais reservado.
Não é por que Drake estava apagado que eu daria chance de alguém desconfiar de algo que nem existia. Fechei as portas do escritório e a observei ir d
DrakeBetina estava me irritando com sua insistencia em ser diferente, eu não estava mais suportando sua presença e preferia não encará-la para não ter que dizer que aquilo não estava mais dando certo.Ela tinha aberto mão de muitas coisas para estar ali, porém não conseguia mais achar o que eu senti por ela quando nos conhecemos e isso era frustrante, pois eu tinha certeza de que era ela.— Quer tomar alguma coisa?— Perguntei a Mau.— Qualquer coisa serve— ele continuou sentado vendo o circo pergar fogo em minha sala. Era engraçado como ele se mantinha neutro com relação ao meu relacionamento, eu podia ver que Mor já era o oposto, só não dizia.— Sei que não é meu conselheiro, mas o que acha que eu devo fazer?— Com relação a que?— Entregu
Lady BVi Mor entrar pelo camarote e sorri. Um sorriso de verdade, eu acho. O alcool já tomava conta do meu corpo naquela hora.— Por que deixaram que ela bebesse tanto assim?— ele retirou o copo da minha mão e continuou encarando as lâminas.— Não podemos mandar no que ela faz, ou o Capo deixa que você faça isso— Antonella sempre era a mais bocuda das duas.— Deveriam ter me ligado.— Você já sabia onde eu estava— cantarolei tentando pegar meu copo de volta, porém ele o erguei e tentei me pendurar em seu braço.— Me devolve, Mor, isso é meu— ele tentou me afastar e quando percebeu que eu não iria desistir, trouxe o copo aos lábios e sorveu todo o líquido.— Chega!— ele falou mortal e cruzei os braços.— Eu posso buscar out
DrakeAcordei no dia seguinte e olhei para o outro lado da cama. Betina não estava lá.Eram raras as vezes que ela acordava primeiro, porém hoje a cama não estava quente, indicando que ela saiu a muito tempo.Tentei me sentar na cama e tudo rodou, a ressaca desta vez estava pior que os outros dias, eu tinha passado dos limites.Me troquei rápido e fui até o banheiro para fazer minhas necessidades. Algo dentro de mim dizia que eu precisava achar Betina, que alguma coisa muito errada estava acontecendo.Desci as escadas minutos depois e o silêncio reinava na casa toda, me desloquei até a cozinha um de seus locais preferidos e só encontrei Lady Fontana.— Bom dia— ela só me olhou por cima do ombro e me cumprimentou indiferente, o que era uma novidade.—Por acaso viu a Betina em algum lugar?—questionei e ela soltou o que estava faz
Leandro Moretti ( Mor)Andei de um lado a outro até Betina aparecer naquele fim de tarde. Minha vontade era de voltar até a casa do Drake e arrebentar a cara dele. Não conseguia entender como ele estava sendo tão cego a ponto de fazer com que a mulher, que ele dizia ser a pessoa da sua vida, se sentir um lixo com tanta facilidade.— Lady B— falei assim que abri a porta para ela sair. As lâminas me olharam tentando identificar de que lado eu estava daquele jogo.— Mor, me diga que posso ir pegar minhas coisas sem ser incomodada.— virei a cabeça de lado para observá-la.— Ele não saiu de casa por nenhum minuto, senhora— ela abaixou os olhos— Acredito que terá que lutar essa guerra.— Pelo menos ele está sobreo?— concordei me arrependendo em seguid
DrakeSubi as escadas e fui até o quarto de hospedes onde Betina estava e bati na porta.— Entra— ela falou e a encontre sentada na beirada da cama com o celular na mão.A nossa conversa não tinha sido nada fácil, suas acusações me mostraram o quanto eu tinha sido desrespeitoso com ela na noite anterior e que eu realmente merecia sua indiferença. Pontuei o que não estava gostando em suas atitudes e ela o que não estava gostando na minha. Tudo saiu do controle.Ela queria mais de mim e eu mais dela, mas nós dois estavamos no limite.— Estou saindo, Barone invadiu uma das favelas. O Dom quase foi preso pela Interpol e precisamos resolver isso o quanto antes. Quando eu voltar vamos conversar novamente— me aproximei dela com cuidado. Por mais que eu não soubesse o que estava sentindo, era dificil ver que ela estava triste—
Leandro Moretti (Mor)— Por que não me contou? — Mau estava ao meu lado no carro.— Ela me pediu para não contar — suspirei lembrando daquele maldito dia.— É por isso que você tem tanto cuidado com ela, se sente responsável pelo que aconteceu — dei de ombros, não adiantaria nada falar que era mais do isso. — Mor, nós somos sua família, nos lutamos com você e estamos aqui para você. Pode me contar tudo.— Tudo? — dei risada — Como eu iria te falar que a namorada do chefe quase foi estuprada, que eu dei um tiro na cabeça do infeliz e depois me encontrei com Barone para ameaça-lo.— Falando, da mesma forma que está dizendo agora.—Não é fácil. Não foi fácil ver o que aquele animal estava fazendo com ela. Você não ouviu seu choro desesperad
Lady BEstava tremendo quando Mor abriu a porta e quase o abracei. Ali era o meu porto seguro, a pessoa que sempre me sustentou quando eu parecia não conseguir sentir mais nada.Seu rosto me mostrava toda a devastação que eu já imaginava que seria, Drake tinha descoberto o meu segredo.— Mor eu...—Vem aqui, Betina— a voz de Drake invadiu todo o ambiente. Mor abaixou os olhos e me deu espaço para passar, saindo sem trocar nenhuma palavra comigo.Olhei para a porta fechada e fiquei com ainda mais medo, ele nunca tinha feito algo assim.—Por que não me contou?— Seja específico— falei ainda olhando para a porta.— Que foi sequestrada e que se Mor não tivesse chegado a tempo...—Não tinha por que reviver aquele momento, não ia ser alterado.—ouvi sua cadeira arrastar e ele
DrakeDepois de toda aquela conversa sem sentido, Mau entrou em minha sala e ficou me observando beber toda a garrafa de Whisky.— Deveria conversar com ela e com Mor, com calma— ouvi ele falar e dei risada.— Sabe o que eu acho— minha voz não parecia minha.— Acho que aconteceu alguma coisa sim, entre eles.— Mor nunca te trairia dessa forma.— Mas ele a ama, posso ver em seus olhos. Você viu como ele a defendeu quando Barone falou sobre ela.— Isso me leva a levantar uma questão, por que não a defendeu?— Mau era muito sentato, o mais de nós três.— Eu não sabia de nada daquilo, como a defenderia?— Deveria acreditar nela em primeiro lugar. Você me disse que a amava e agora esta fazendo corpo mole com relação a isso.— Eu acho que ela também o ama&