CAPÍTULO 104 Vivian Taylor — Sou, eu! Doutora, Vivian Taylor! — Estendi a mão direita para o que perguntou, mas ele olhou para a minha mão e demorou um tempo para a apertar. — Ok, você serve! Podem levá-la para o avião! — O homem falou, e eu franzi o cenho. — Como assim! Eu não entendo, não vou para lugar nenhum! — Falei, mas dois grandalhões vieram para o meu lado, e percebi que estavam dispostos a me levar. — Chefe? — Um deles perguntou, e vi o tal chefe, confirmar com a cabeça que sim, e me desesperei. — Não posso ir para lugar nenhum, a não ser que levem o meu marido comigo, ele precisa de um hospital! Também tenho filho... — Já chega, moça! Aqui sou eu quem manda, e você vai com a gente! Cazzo! — Os homens vieram segurar os meus braços e senti muita dor, no esquerdo. — Aiii! ME SOLTA, SEU IDIOTA! NÃO TEM DIREITO DE ME LEVAR, EU TENHO FAMÍLIA! RENÊ! RENÊ ACORDA, PELO AMOR DE DEUS, RENÊ! — Eu fiz um escândalo, gritei aos quatro ventos que me so
CAPÍTULO 105 Vivian Taylor Foram muitas horas de voo, e eu estava com febre, os remédios que tomei provavelmente teriam passado o efeito, e eu não estava nada bem, com muita dor no braço, mal conseguia me sentar. — Tragam-na! — Ouvi o chefe falando, e fui puxada, ainda meio zonza, para fora do avião. Me colocaram num carro, e a minha vista estava meio ruim, deve ser fraqueza, não comi nada ainda. O carro ficou em movimento por um tempo, e fui levada para um tipo de condomínio fechado. As casas eram todas simples, e parecidas, e depois das pequenas ruas, tinha muros bem altos, com muitos seguranças armados, com umas armas gigantes, e assustadoras, então um portão foi aberto, e nós entramos. Eu estava num carro com os seguranças, e a senhora e o chefe, vinham em outro. Um segurou num braço, e quando veio o outro, eu falei: — Ei, tá quebrado, não encoste aí! — Ele olhou para o chefe, e ele fez que sim, mas apontou a arma para onde eu estava indo, e vi
CAPÍTULO 106Peater Lounchi Quando a minha madre postiça me contou da médica, fiquei muito satisfeito. Eu estava realmente precisando de alguém que cuidasse do povo, e dos feridos em confronto. Quando a vi, a achei bonita demais só para isso, e a quis para mim, mas também pensei que seria perfeita para casar com o meu filho Rick, então não tive dúvidas e a trouxe para casa. Deixei o ex marido lá para morrer, pois não tinha planos para ele. Ainda no percurso descobri que o coração mole da Beth, ainda conseguiu alguém para cuidar do tal marido, que eu duvido muito que sobreviva, mas não consigo dizer não a ela, a considero como uma mãe. Estávamos apenas de passagem na casa de um conhecido na Argentina, e não poderia perder a oportunidade de levar uma médica e ainda uma bela ragazza embora, mas os meus conhecidos não são envolvidos com a máfia, então contamos uma desculpa para levarmos a ragazza dali, pois foi mesmo uma sorte, o destino mandar ela até a gente. Ainda est
CAPÍTULO 107 Vivian Taylor (1 mês depois) Os meus dias tem sido torturosos... a dor que carrego está ficando impossível de aguentar, e tem vezes que acho que não vou resistir, e vou morrer de tristeza, e não duvido que seja realmente difícil. Como eu queria ver o meu Ricardo, o meu Renê... estou numa solidão sem fim, e isto está me matando aos poucos, é como se eu estivesse sendo envenenada, a cada dia uma nova gota! Tentei inúmeras fugas, a cada vez que me buscaram para atender os feridos, eu me arrisquei, mas não tive sucesso em nenhuma delas, e na última... levei uma surra da mulher que trabalha na guarda, por ordens do Don Peater, e fiquei sem comer por dois dias. Não me importei muito, pois a minha tristeza é tanta que nem tenho fome, e talvez a morte seja agora uma solução para mim! O meu braço já está sem faixa nenhuma, talvez nem tenha mesmo quebrado, para se recuperar assim tão rápido, então já estou melhor, fisicamente! ********** Eliz
CAPÍTULO 108 Vivian Taylor (ainda no quarto, algemada) — Tudo bem! Prometo que não vou olhar, hein? — Ele falou isso, e daí ficou olhando as algemas, e fazia umas caras e bocas, como se quisesse desvendar algum mistério, e de vez em quando ele olhava para o meu corpo disfarçadamente, e fingia não olhar. Consegui me acalmar um pouco a observar os modos do rapaz, ele viu que a chave não estava ali e começou a procurar pelas gavetas, eu não fazia a mínima ideia do que ele estava fazendo, mas dentro de mim, tinha a esperança viva de que ele me ajudaria, e não seria tão nojento quanto o pai dele é, ele apareceu com um grampo de cabelo e começou a tentar abrir algema por algema sempre dando uma espiadinha em mim. Dei graças a Deus quando consegui me liberar e puxei uma coberta para me cobrir, eu precisava esconder o meu corpo já estava morrendo de vergonha. — Você poderia pegar o meu vestido ali no chão? — Perguntei, envergonhada. — Posso! Mas não tire ele mais
CAPÍTULO 109 Vivian Taylor Os dias foram passando, e eu e o Rick nos tornamos amigos, e está sendo divertido, pois ele me trata bem, e me distraio, e quando o pai dele aparece aqui e me chama, ele não me deixa ir, e fala para o Don que eu sou dele, e acho que está dando certo, pois o Don respeita isso. Claro que esse “ela é minha”, ele se refere a amiga, e faz birra, mas tudo bem! O que importa é que me protege. Faz um mês que estamos dormindo juntos como casados, mas na cabeça dele somos amigos, mas eu e o Don sabemos que isso é uma mentira para o Rick, e para o povo da máfia, mas me mantive na minha, e fui apenas duas vezes para o local dos feridos, salvar um pouco dos homens baleados em confronto, eles tem me mantido trancada junto com o Rick, pois querem a todo custo um herdeiro. Sou uma médica formada, e especializada, e descobri que posso estar grávida. Eu nem sei como isso seria possível, a tantos anos tentando ficar grávida, e agora simplesmente posso estar, e n
CAPÍTULO 110 Renê Taylor (Um ano depois do acidente) — Quero ver, Ricardo! Tem certeza que acerta o próximo alvo? — Sabrina perguntou ao me ver acertando o primeiro. — Claro que acerto! Eu acho que nasci sabendo fazer isso! — Falei ao mirar, e acertar todos os tiros no mesmo lugar. — Ual! Você está cada vez melhor! — Ela falou me abraçando. — Não exagera, Sabrina! Eu e você não passamos de amigos, e você sabe! — Falei ao notar, que ela se esfregava demais em mim. — Eu sei, Ricardo, apenas amigos! — Ela repetiu, e eu sorri me afastando. Estou trabalhando bastante e em várias boates Lounchi, já consegui o dinheiro para pagar a passagem, e os gastos que os meus agora, “amigos” tiveram comigo. Estou gastando com psicólogo, psiquiatra, contratei um detetive para me ajudar a descobrir sobre mim, mas está difícil, estou trabalhando muito para conseguir dinheiro, e ir para os países que eu desconfio pertencer, e o primeiro será a Argenina, assim que eu conseg
CAPÍTULO 111 Renê Taylor (Sete anos depois do acidente) Tenho trabalhado cada vez mais. Sinto que estou mais frio que de costume, talvez seja por não permitir com que ninguém se aproxime de mim sentimentalmente; ter afastado todas as mulheres que tentaram se aproximar que não passaram de beijos curtos, e eu as dispensava estranhamente sentindo peso na consciência por isso, e até a Sabrina perdeu a paciência e seguiu o seu rumo. A minha vida está sendo frustrante! Tenho raiva de mim por não me lembrar de nada mesmo depois de tantos anos, é ridículo eu tentar tanto e nunca conseguir, mas agora juntei um dinheiro e estou indo para a Argentina, pois já vi que psicólogo nenhum vai resolver nada para mim. Tenho trabalhado demais por todos esses anos, perdi gorduras, mas com a quantidade de exercícios que estou fazendo, percebi que ganhei massa muscular; malhar se tornou uma tarefa primordial, com isso consigo eliminar um pouco do meu ‘stress’. — Cara! Enfim va