Os gestos daquelas pessoas eram falsos. Não havia nenhuma sinceridade ali, apenas o interesse que muitos possuíam em Gabrielle Saturno.
Logo, Mitsuo se uniu ao um outro grupo de convidados, deixando sua lutadora e Hiroshi a sós.
Hiroshi analisava a garota de cima a baixo, se dirigindo a palavra a ela logo em seguida :
- Nunca pensou em seguir outra carreira?
- Por muito tempo lutar tem sido a minha vida, então não.
- Estou precisando de um segurança particular para trabalhar para mim e meu filho. E você atende todos os requisitos que necessito.
- Isso é uma proposta de emprego?
O dia se levantou calmo, com uma leve brisa que dançava dentre as folhas das árvores do monastério. Tudo era estranhamente calmo naquele lugar. Pelo menos, no lado de fora.Dias haviam se passado desdo confronto entre Rhea e Ravana, Raj em seu períspirito estava preocupada mas transmitindo que Rhea talvez estivesse em um limbo dentro de si, aprisionada por algo trazido das lâminas da espada do Demônio.- O que faremos? Ela não acorda tem dias! - Perguntou Bear, olhando para Jéhtro.O mesmo que olhou para trás e sentiu o espírito de Raj presente dentro da sala, ambos diante do corpo imóvel e pálido de Rhea D'onson.Já do outro lado, sentada, quase de bruços em cima do corpo da viajante, Morelli apoiava o queixo no ombro de sua amada, clamando por ela insistentemente. Por dentro pedia para que Rhea retornasse, pois a mesma estava em um tipo de coma:- Ser&
- Tem várias outras coisas que não fiz certo, também. Então você tem até uma certa razão sobre isso. - Gabrielle mantinha os olhos ao chão, agora. Não conseguia encarar Mikaela nos olhos, nem se tentasse.- Do que está falando, Gabrielle? - O coração de Mika pulsava acelerado.- Eu preciso te contar uma coisa... Mas quero ressaltar que eu estava bêbada no dia.- Você transou com a Tomoyo, não foi? - Mikaela já estava em pedaços esperando pela respostas. Quebrando a regra sobre jamais perguntar algo que não quisesse saber a resposta.- Não foi uma transa mas... Nós nos beijamos.- Você é a última pessoa do mundo que eu pensei que me trairia, Gabrielle. - Os olhos de Mika já estavam marejados de tanta tristeza e em um impulso descontrolado, deu um tapa no rosto da lutadora e depois seguiu
Mika olhava sem entender do que aquela conversa se tratava entre Gabrielle e a outra pessoa no celular. Mas a lutadora assim que desligou, já tratou de deixa-la a par de tudo:- Era a minha melhor amiga, Marcela, eu mandei um dinheiro pra minha avó e ela foi entregar pra mim.- Dinheiro?- É, eu não te contei que Mitsuo me gratificou - Conta Gabrielle, sem graça.- Eu já sabia, ele mesmo me pediu a opinião sobre isso.- Ah é?- Sim. Você merece, mesmo que o interesse dele seja mais em benefício próprio do que qualquer outra coisa. - disse Mika, se sentando n
Olhos negros brilhantes, grandes e expressivos, sorriso pequeno e alinhado, cabelos pretos azulados invadiram a mente de Gabrielle. Tudo em que conseguia pensar era na imagem de Mika. Era a única coisa boa que se passava em sua cabeça.Se não tivesse aceito o patrocínio de Mitsuo, talvez nunca mais a veria depois daquela fatídica noite: Nunca - Essa palavra lhe perfurou o coração de súbito, só de imaginar que nunca mais desfrutaria da companhia da adorável e atraente Mikaela Sato. Não. Estaria no alojamento da federação nesse momento, se dedicando extremamente aos treinos, com o intuito de apenas vencer a competição, e preencheria seu íntimo com mais vazio.Carregaria a frustração de mais um romance que ficaria s
Do shopping, eles partem para o estúdio.Os profissionais já estão apostos, esperando pela dupla. Três jornalistas da revista, estão no meio deles. Olham com cara de que: "Não estamos por suas contas." Lee finge não perceber e procura um lugar para sentar, onde poderia observar tudo bem de perto.Primeiro, Gabrielle é preparada para a sessão de fotos. Fazem um penteado típico de lutadoras nela, e dá algumas roupas de ginástica, além do uniforme de Muay Thai, e luvas.Ela fica completamente travada no início.Os fotógrafos pedem para que relaxe e aja normalmente.Saturno bem que tenta, mas as primeiras cinquenta fotos saem péssimas.
Dois uísques sem gelo. - Gabrielle lançou um olhar apelativo para Issa. Não imaginava que ele investisse algo tão forte, e quente. Aproveitou para olhar para a moça que saiu à passos concentrados para o bar que ficava logo atrás de onde estavam. - O que foi? Nunca viu uma mulher bonita? - questionou com ar sarcástico. - Não é isso.... Ela não é japonesa, é? - Não. Tem cara de indiana. Mas, o que isto importa? - Que lugar é esse, Issa? Tráfico humano, é sério? Issa abriu um leve sorriso maltrapilho : - De mulheres pra ser mais exato. Se alguém quiser uma noite com uma delas, abrindo os bolsos terá... - Isto é asqueroso! - Gabrielle esbravejou. - As pessoas acham o que procuram.... Se elas estão aqui, é porque seguiram o caminho, o fato; é que nem todo atalho é seguro. - Piscou irônico. Gabrielle girou os olhos indignada. Óbvio que aquelas moças foram arrancadas de seus países de origem, il
Quanto vale a sua vida Saturno? - Impôs a reflexão.Gabrielle se calou por intensos segundos, até que se decidiu: - Talvez, mais que isso...- Pois então... A minha nem bilhões paga. - Fuzil ou a jovem. - Ainda é pouco. - Concluiu, se ajeitando no assento com orgulho de si mesmo.- Tem razão. Em que se baseia essa união?- Creio que isso vai além de uma simples união, ou compromisso. Estamos falando de interesses mútuos. Ou seja, pra mim não passa de um negócio lucrativo. Como disse; todos saem ganhando de acordo com a meta de cada um.Gabrielle ficou em silêncio. Voltou a aten&ccedi
Entrou no motel, fingiu ler uma revista na recepção e assim que o atendente se distraiu com um cliente correu para o quarto andar sem que ninguém notasse a sua presença.Chegou no quarto 406. Hesitou na porta. Bateria ou entraria de supetão? Que se dane! Forçou a maçaneta e entrou. Não tinha tempo para gestos de gentileza. Por sorte estava destrancada.A mulher e os filhos se assustaram com a presença desconhecida ali, arrombando seu dormitório.A matriarca abraçou os filhos para guarda-los em seus braços.- Quem é você?- Fiquem calmos! Não vou machuca-los. Vim ajudar. - Justifico