Capítulo 27Rodolfo ficou calado ao ouvir que Anna queria falar sobre os carinhos ousados que compartilharam na noite passada. Tentou manter sua mente longe desse assunto, pois cada vez que lembrava, sentia uma ereção. Tentando se concentrar, respondeu gaguejando.— E-eu... bom, eu...Sentindo a necessidade de mudar de ambiente para discutir um assunto tão delicado, ele a convidou:— Vamos até o jardim? Podemos conversar melhor enquanto esperamos o desjejum.Anna concordou com um leve aceno, e juntos caminharam até o jardim.Enquanto andavam, Rodolfo pegou a mão de Anna. Ela sentiu seu corpo se aquecer e suas bochechas ficarem coradas. Nunca havia se apaixonado antes e não sabia bem o que pensar. Se fosse em outra época, teria dormido com Rodolfo e já estaria pensando no próximo. Mas ele a desestabilizava por completo, de uma maneira que ela não conseguia ignorar.Os dois chegaram ao jardim, e a brisa fresca e suave parecia acalmar um pouco a tensão referente ao assunto delicado. Rodo
Capítulo 28Após algumas voltas, eles chegam no lago. Pedro, o soldado, corria na frente de todos com um largo sorriso no rosto. Ele parecia determinado a mostrar seu entusiasmo e energia, desafiando os outros a acompanhá-lo. Anna e Rodolfo riam enquanto tentavam acompanhar o ritmo acelerado dele.— Ele está animado! — comentou Anna, ofegante, enquanto corria ao lado de Rodolfo.— Parece que sim! — respondeu Rodolfo, sorrindo. — Vamos ver se ele mantém esse ritmo.Pedro, ainda com um sorriso no rosto, não percebeu o galho de uma árvore que se estendia pelo caminho. Antes que pudesse reagir, tropeçou no galho e, perdeu o equilíbrio.— Ah!O tempo parecia desacelerar enquanto ele rolava desajeitadamente pelo chão.Anna e Rodolfo pararam, tentando suprimir o riso enquanto assistiam Pedro rolar pelo gramado até o lago. Com um grande "splash", ele caiu na água, desaparecendo sob a superfície por um momento antes de reaparecer, encharcado e atordoado.— Ah! Que fria! Vou congelar!O Coronel
Capítulo 29O Coronel chamou todos para almoçarem, e eles se dirigiram para a sala de jantar. A mesa estava repleta de pratos deliciosos, fazendo Anna sentir mais fome do que antes, especialmente após o treino intenso.- Foi um ótimo treino, Anna - disse o Coronel, servindo-se de uma generosa porção de salada. - Você teve um excelente desempenho. Você treina muito?- Obrigada. Treinei muito quando era mais jovem. Com o tempo, fui apenas aperfeiçoando as técnicas - respondeu ela, sorrindo.Rodolfo, sentado ao lado de Anna, também sorriu para ela.- Você fez um excelente trabalho, Anna. Foi incrível ver a sua determinação. Mas, sinceramente, não esperava menos de você. Já percebi sua determinação desde o dia em que nos conhecemos.Enquanto comiam, conversavam sobre o treino, os desafios e as conquistas do dia. Anna sentia-se cada vez mais conectada a esse mundo e, como das outras vezes, não entendia bem o porquê. Em seu íntimo, sabia que deveria odiar todos e fazer de tudo para fugir. M
Capítulo 30Rodolfo reparou nos pés delicados de Anna em seu colo e nas curvas tentadoras de suas pernas. Cada detalhe o hipnotizava, tornando impossível voltar à leitura. Seu olhar percorreu lentamente, dos pés aos tornozelos e, então, pelos joelhos e as coxas torneadas até sua visão chegar na barra do vestido curto.Anna, percebendo a distração de Rodolfo, sorriu para si mesma. Havia algo irresistível na maneira como ele a olhava, como se cada parte dela fosse uma obra de arte a ser admirada.— Rodolfo — ela chamou suavemente, interrompendo seus pensamentos.Ele levantou os olhos piscando algumas vezes, um pouco envergonhado por ter sido pego de surpresa.— Desculpe, Anna. É difícil se concentrar no livro quando você está tão perto — admitiu ele, com um sorriso.Anna riu, seu riso suave, mas com um toque de malícia.— Não precisa se desculpar. Também estou um pouco distraída — disse ela, inclinando-se para beijar-lhe suavemente os lábios.O beijo foi curto, mas cheio de carinho e pr
Capítulo 31Anna estava no quarto, na sacada, usando um roupão macio depois do banho. Ela estava serena e observava as constelações, perdida em pensamentos sobre tudo o que havia acontecido nos últimos dias.De repente, ouviu uma batida suave na porta. Assustada, ela se virou para dentro do quarto.— Quem é? — perguntou, curiosa.— Sou eu, Rodolfo — ele respondeu.Anna sorriu, sentindo uma onda de calor percorrer seu corpo. — Pode entrar — disse ela, voltando sua atenção para as estrelas.Rodolfo abriu a porta lentamente e entrou no quarto. Ele a viu na sacada, com a luz das estrelas iluminando suavemente seu rosto. Aproximou-se dela, tentando não fazer muito barulho, e parou ao seu lado.— Estava apreciando a vista? — perguntou ele, olhando para o céu.— Sim — respondeu Anna, sem desviar os olhos das estrelas. — É tão tranquilo e bonito aqui. Gosto de vir para cá para pensar. Na cidade não vemos tantas estrelas.Rodolfo assentiu, compreendendo seus sentimentos por trás das palavras.
Capítulo 32Rodolfo a puxou para um beijo mais profundo, suas mãos acariciando suavemente suas costas. Anna se entregou completamente, esquecendo-se de todas as preocupações. Quando finalmente se separaram, ele a olhou nos olhos com um desejo inegável.— Vamos para o quarto — disse ele, a voz rouca de emoção e os olhos cheios de desejo.Anna assentiu, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Rodolfo a pegou no colo, carregando-a em direção ao quarto Ao entrarem, ele a colocou gentilmente no chão, seus olhos nunca deixando os dela. Anna sentiu uma onda de calor atravessar seu corpo. Rodolfo esticou o braço e virou a chave na porta com cuidado, para não terem nenhuma surpresa.Sem dizer uma palavra, ele a puxou para mais perto, seus lábios encontrando os dela novamente em um beijo cheio de paixão. As mãos dele deslizaram para as alças do vestido dela, descendo-as pelos ombros enquanto os beijos se tornavam mais intensos.Anna sentiu uma mistura de nervosismo e excitação, ele tem o dom
Capítulo 33O sol da manhã entrava pelas frestas das cortinas, iluminando suavemente o quarto. Rodolfo foi o primeiro a acordar, observando Anna dormir tranquilamente ao seu lado. Por um momento, ele sentiu paz, uma rara tranquilidade em meio ao caos que sempre foi sua vida por ser policial.Ele se levantou com cuidado para não acordá-la e foi até o banheiro. Olhou-se no espelho, refletindo sobre a noite passada. As preocupações ainda estavam lá, mas agora misturadas com a certeza de que faria qualquer coisa para protegê-la.Ao voltar para o quarto, viu Anna começando a se mexer na cama. Ela abriu os olhos devagar, ajustando-se à luz do dia. Quando o viu, sorriu suavemente.— Bom dia — disse ela, a voz ainda sonolenta.— Bom dia — respondeu ele, aproximando-se e sentando-se ao lado dela. — Como se sente?— Muito bem — respondeu ela, esticando os braços. — Melhor do que nos últimos dias, na verdade.— Que bom. Preciso te dizer algo — ele começou, a expressão séria voltando ao rosto.—
Capítulo 34Marcelo sentiu um leve aperto no peito e ficou visivelmente em desagrado, mas cedeu o lugar e se levantou.- Bom, vou deixá-los a sós. Preciso cuidar de algumas coisas - disse Marcelo, tentando disfarçar o desconforto.Marcelo acenou e se afastou, sentindo o peso da decepção em seus ombros. Enquanto caminhava, tentou afastar os pensamentos negativos e se focar em suas responsabilidades.Rodolfo se aproximou de Anna, observando-a com um olhar terno.- Espero não ter interrompido nada importante - disse ele, um sorriso brincando em seus lábios.Anna balançou a cabeça, ainda segurando a maçã que Pedro lhe dera.- Não, está tudo bem - respondeu ela, tentando tranquilizá-lo.Rodolfo assentiu, parecendo aliviado. Sentou-se ao lado de Anna, tomando a mão dela em um gesto de carinho. Levou seus dedos até os lábios e os beijou.- Parece tenso.- Estou bem, mas preocupado com o próximo passo. Seu pai desapareceu, e isso deixa muitas perguntas sem respostas. Precisamos garantir sua s