Capítulo 29O Coronel chamou todos para almoçarem, e eles se dirigiram para a sala de jantar. A mesa estava repleta de pratos deliciosos, fazendo Anna sentir mais fome do que antes, especialmente após o treino intenso.- Foi um ótimo treino, Anna - disse o Coronel, servindo-se de uma generosa porção de salada. - Você teve um excelente desempenho. Você treina muito?- Obrigada. Treinei muito quando era mais jovem. Com o tempo, fui apenas aperfeiçoando as técnicas - respondeu ela, sorrindo.Rodolfo, sentado ao lado de Anna, também sorriu para ela.- Você fez um excelente trabalho, Anna. Foi incrível ver a sua determinação. Mas, sinceramente, não esperava menos de você. Já percebi sua determinação desde o dia em que nos conhecemos.Enquanto comiam, conversavam sobre o treino, os desafios e as conquistas do dia. Anna sentia-se cada vez mais conectada a esse mundo e, como das outras vezes, não entendia bem o porquê. Em seu íntimo, sabia que deveria odiar todos e fazer de tudo para fugir. M
Capítulo 30Rodolfo reparou nos pés delicados de Anna em seu colo e nas curvas tentadoras de suas pernas. Cada detalhe o hipnotizava, tornando impossível voltar à leitura. Seu olhar percorreu lentamente, dos pés aos tornozelos e, então, pelos joelhos e as coxas torneadas até sua visão chegar na barra do vestido curto.Anna, percebendo a distração de Rodolfo, sorriu para si mesma. Havia algo irresistível na maneira como ele a olhava, como se cada parte dela fosse uma obra de arte a ser admirada.— Rodolfo — ela chamou suavemente, interrompendo seus pensamentos.Ele levantou os olhos piscando algumas vezes, um pouco envergonhado por ter sido pego de surpresa.— Desculpe, Anna. É difícil se concentrar no livro quando você está tão perto — admitiu ele, com um sorriso.Anna riu, seu riso suave, mas com um toque de malícia.— Não precisa se desculpar. Também estou um pouco distraída — disse ela, inclinando-se para beijar-lhe suavemente os lábios.O beijo foi curto, mas cheio de carinho e pr
Capítulo 31Anna estava no quarto, na sacada, usando um roupão macio depois do banho. Ela estava serena e observava as constelações, perdida em pensamentos sobre tudo o que havia acontecido nos últimos dias.De repente, ouviu uma batida suave na porta. Assustada, ela se virou para dentro do quarto.— Quem é? — perguntou, curiosa.— Sou eu, Rodolfo — ele respondeu.Anna sorriu, sentindo uma onda de calor percorrer seu corpo. — Pode entrar — disse ela, voltando sua atenção para as estrelas.Rodolfo abriu a porta lentamente e entrou no quarto. Ele a viu na sacada, com a luz das estrelas iluminando suavemente seu rosto. Aproximou-se dela, tentando não fazer muito barulho, e parou ao seu lado.— Estava apreciando a vista? — perguntou ele, olhando para o céu.— Sim — respondeu Anna, sem desviar os olhos das estrelas. — É tão tranquilo e bonito aqui. Gosto de vir para cá para pensar. Na cidade não vemos tantas estrelas.Rodolfo assentiu, compreendendo seus sentimentos por trás das palavras.
Capítulo 32Rodolfo a puxou para um beijo mais profundo, suas mãos acariciando suavemente suas costas. Anna se entregou completamente, esquecendo-se de todas as preocupações. Quando finalmente se separaram, ele a olhou nos olhos com um desejo inegável.— Vamos para o quarto — disse ele, a voz rouca de emoção e os olhos cheios de desejo.Anna assentiu, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Rodolfo a pegou no colo, carregando-a em direção ao quarto Ao entrarem, ele a colocou gentilmente no chão, seus olhos nunca deixando os dela. Anna sentiu uma onda de calor atravessar seu corpo. Rodolfo esticou o braço e virou a chave na porta com cuidado, para não terem nenhuma surpresa.Sem dizer uma palavra, ele a puxou para mais perto, seus lábios encontrando os dela novamente em um beijo cheio de paixão. As mãos dele deslizaram para as alças do vestido dela, descendo-as pelos ombros enquanto os beijos se tornavam mais intensos.Anna sentiu uma mistura de nervosismo e excitação, ele tem o dom
Capítulo 33O sol da manhã entrava pelas frestas das cortinas, iluminando suavemente o quarto. Rodolfo foi o primeiro a acordar, observando Anna dormir tranquilamente ao seu lado. Por um momento, ele sentiu paz, uma rara tranquilidade em meio ao caos que sempre foi sua vida por ser policial.Ele se levantou com cuidado para não acordá-la e foi até o banheiro. Olhou-se no espelho, refletindo sobre a noite passada. As preocupações ainda estavam lá, mas agora misturadas com a certeza de que faria qualquer coisa para protegê-la.Ao voltar para o quarto, viu Anna começando a se mexer na cama. Ela abriu os olhos devagar, ajustando-se à luz do dia. Quando o viu, sorriu suavemente.— Bom dia — disse ela, a voz ainda sonolenta.— Bom dia — respondeu ele, aproximando-se e sentando-se ao lado dela. — Como se sente?— Muito bem — respondeu ela, esticando os braços. — Melhor do que nos últimos dias, na verdade.— Que bom. Preciso te dizer algo — ele começou, a expressão séria voltando ao rosto.—
Capítulo 34Marcelo sentiu um leve aperto no peito e ficou visivelmente em desagrado, mas cedeu o lugar e se levantou.- Bom, vou deixá-los a sós. Preciso cuidar de algumas coisas - disse Marcelo, tentando disfarçar o desconforto.Marcelo acenou e se afastou, sentindo o peso da decepção em seus ombros. Enquanto caminhava, tentou afastar os pensamentos negativos e se focar em suas responsabilidades.Rodolfo se aproximou de Anna, observando-a com um olhar terno.- Espero não ter interrompido nada importante - disse ele, um sorriso brincando em seus lábios.Anna balançou a cabeça, ainda segurando a maçã que Pedro lhe dera.- Não, está tudo bem - respondeu ela, tentando tranquilizá-lo.Rodolfo assentiu, parecendo aliviado. Sentou-se ao lado de Anna, tomando a mão dela em um gesto de carinho. Levou seus dedos até os lábios e os beijou.- Parece tenso.- Estou bem, mas preocupado com o próximo passo. Seu pai desapareceu, e isso deixa muitas perguntas sem respostas. Precisamos garantir sua s
Capítulo 35Após o jantar todos se recolheram cedo para descansar, mas Anna não parava de pensar em Rodolfo. O jeito que ele a olhava durante os treinos, a desestabilizava. Precisava falar com ele, precisava ver aqueles olhos azuis mais uma vez antes de dormir.Tomando coragem, saiu do seu quarto silenciosamente e caminhou pelo corredor até o quarto dele. Parou em frente à porta por um momento, sentindo o nervosismo tomar conta. Respirou fundo e bateu suavemente.Rodolfo abriu a porta, surpreso, mas logo um sorriso surgiu em seu rosto.— Anna...? — disse surpreso, num tom baixo.— Posso entrar? — perguntou com a voz trêmula.Ele assentiu e abriu a porta para que ela entrasse. Anna olha para o peito musculoso e o contorno do membro dele na calça de moletom. Engole seco antes de entrar.O quarto estava iluminado apenas por uma lâmpada de cabeceira. Anna sentou-se na beira da cama, enquanto Rodolfo fechava a porta e se aproximava.— O que aconteceu? — perguntou ele, sentando-se ao lado d
Capítulo 36No dia seguinte, Anna, Rodolfo e o resto da equipe começaram a arrumar suas coisas para deixar o sítio.O Coronel deu ordens rápidas e precisas, coordenando a partida.— Vamos nos dividir em dois grupos. Um irá na frente para verificar a rota, o outro virá com os equipamentos e Anna. Rodolfo, você fica com Anna. Certifiquem-se de que ela esteja segura.Rodolfo assentiu, lançando um olhar tranquilizador para Anna.— Vai ficar tudo bem.Eles deixaram o sítio em silêncio. O caminho para a base militar foi longo.Após algumas horas de viagem, finalmente chegaram. Os portões se abriram lentamente, revelando a instalação segura que seria seu novo lar temporário. A base era movimentada, com soldados indo e vindo, todos focados em suas tarefas.O Coronel liderou o grupo até uma das casas destinadas aos oficiais de alto escalão.— Anna, você e Rodolfo vão ficar aqui. É uma das casas mais seguras da base, e vocês terão privacidade.Anna entrou na casa, olhando ao redor. Era simples,