_Jack_
Estava sendo um dia agradável, havia saído com Alecxa e conversamos sobre nosso passado e eu ate me abri contando sobre estar ficando com Charles desde o baile, o que pra minha surpresa deixou ela bem feliz. Serio, eu achei que ela daria saltinhos na cadeira com a noticia.
Eu nunca fui um fâ de coisas doces mas acabei resolvendo me dar essa chance, Não é como se isso fosse me matar ou algo assim afinal.
a lanchonete era um lugar confortável e apesar de movimentado tinha sua parcela de privacidade. Acabei gostando daqui.
Bom, pelo menos ate ele aparecer. Estava bom demais pra ser verdade, Nunca pensei que veria ele de novo desde aquela vez na cidade a alguns dias atrás. O cretino teve a audácia de me parar e questionar sobre um monte de coisa, Não foi uma surpresa quando Alecxa disse que ele desconfiava dela provavelmente de todos nós também.
Esse cara, ele é o filho do prefeito da cidade, um homem que descobrimos liderar uma espécie de organização de caçadores, Esse tipo de gente existe em todo lugar e temos sempre que acabar lidando com eles no fim mas isso não muda o fato de que são um saco.
Eu os odeio, porque eu os odeio? É bem simples, Caçadores tiraram minha família de mim a muito tempo.
Eu não nasci na Transilvânia eu nasci no ano de 1414 d.c em uma cidade chamada Constança pertencente ao império alemão, Pertencia a uma família pacata de interior, dávamos nosso melhor para sobreviver e não chamar atenção para nós.
Meus pais era vampiros fortes, Parece estranho mas é bem normal vampiros nascidos ao invés de transformados, Nos nascemos com aparecia humana e um dos grandes mistérios da nossa raça é o fato de que no nosso segundo dia de vida nosso coração voltar a bater do nada, Claro, não é algo eterno não seremos humanos pra sempre, Envelhecemos ate uma certa idade antes do coração parar novamente, Como eu disse antes, um mistério.
Acho que eu tinha 12 anos quando viramos alvos dos caçadores e da igreja Não fomos acusados de sermos vampiros mas sim de bruxaria, os caçadores não queriam fazer alarde naquela época então fora assim que ficou, para eles meus pais eram os seres sugadores de sangue que sempre caçam e matam mas para o povo daquele lugar eles eram seguidores de Satã. Minha mãe e meu pai foram queimados na fogueira a mando da igreja mas eu fui salvo graças a eles terem me escondido a tempo e ao rei Dragomir me achar não muito depois.
Meus pais e o rei eram amigos de longa data, O rei é um dos nossos vampiros mais antigos e poderosos existentes e fui extremamente grato a ele por me levar e cuidar de mim ate que eu pudesse me virar por mim mesmo.
Depois que me tornei um adulto me tornei membro da guarda do rei, apesar da guarda no geral ser formada por híbridos eu ainda sim consegui firmar meu lugar e anos depois o rei conheceu a rainha dos lobisomens por quem se apaixonou.
O rei acabara anos depois por virar pai de gêmeos, A princesa e o príncipe cresceram juntos e fortes por muito tempo Porem um dia uma tragédia aconteceu e o príncipe acabou perdendo a vida. A princesa fora a única que restara, A única filha viva do rei Dragomir, Ainda naquele tempo eu jurei que protegeria ela de qualquer um que aparecesse.
XXX
- Oi – disse Luan parando bem na frente da nossa mesa.
- Oi – Alecxa respondeu entre um gole e outro da sua bebida. – Posso ajudar?
- Cara como ta tarde – disse chamando a atenção dos dois pra mim. – eu já acabei, você já acabou Ale?
- Já? – falou meio na duvida com o celho franzido.
- Melhor irmos logo esqueci que tinha algo pra fazer ainda – disse pegando o dinheiro pra pagar pelo que pedimos e deixando na mesa junto com o recibo. – vamos?
- Okay – falou meio desconfiada.
- Certo, A gente se vê por ai – disse Luan dando um passo a trás, Assim que Alecxa se levantou peguei a mão dela e sai da lanchonete.
_Jack off_
- O que foi aquilo? – perguntei a ele tentando conter o riso, Foi bem confuso e engraçado de se ver.
- Nada – disse bufando – Aquele cara acha que é quem pra aparecer nessa cara de pau?
- Sei Jack – disse com um sorriso de lado – Conhecendo você parecia que iria pular no pescoço dele a qualquer momento.
- E se fosse? – falou e eu balancei a cabeça negativamente.
- Que seja, aonde vamos agora? – perguntei calma.
- Como assim? – perguntou
- Não foi você que disse “tenho um lugar pra ir ainda” – disse usando as palavras dele contra ele, Jack fez uma careta pra mim e eu sorri vitoriosa pra ele.
- Deixa eu ver, Parece que Anabelly esta na cidade por que não vamos lá? – disse mas calmo.
- Serio? Achei que ela não iria mais voltar, fazem o que, seis anos desde a ultima vez que vimos ela?
- Cento e cinquenta anos atrás eu disse a mesma coisa lembra – sorri – Ca estamos minha cara princesa
- Verdade, você voltou depois de colocar metade de Londres de cabeça pra baixo – disse com deboche – e eu não sou sua princesa – volto a ficar seria – Então, vamos?
- Pensei que nunca iria falar – da um pequeno esbarrão em mim antes de seguir para onde deixamos a moto, Subimos e Jack nos levou ate onde nossa amiga estava.
O lugar ficava um pouco mais afastado das áreas habitadas da cidade, numa reserva em uma estrada toda cercada por floresta, Não ficava muito longe da saída da cidade e levamos cerca de quinze minutos para chegar ate lá.
A entrada da reserva estava quase oculta pela mata por ser um lugar onde não ia quase ninguém, e a estrada de terra que da acesso ao local estava quase toda tomada pela vegetação o que nos fez ter que deixar a moto perto da estrada escondida pela vegetação antes de seguir em frente.
Caminhamos por mas algum tempo ate ter certeza de que usar nossas velocidades não traria atenção para nos, Sorri pra Jack antes de desaparecer do seu lado e em seguida sua forma apareceu do meu lado acompanhando minha velocidade, Competimos por todo o caminho, seja desviando das arvores ou pulando os buracos, O lugar onde íamos não era longe, uns quinze minutos andando normalmente, levou quase 3 minutos na nossa velocidade para chegarmos lá.
Era um tipo de mansão abandonada e coberta de era, bem antiga. Muitas das paredes estavam caídas e chamuscadas Sinal de que no passado ouve um confronto nesse lugar de algum tipo, Havia um porão nas ruínas, A anos os lobos o fizeram de forma que não fosse notado, um lugar onde a alcatéia local mantinha os mestiços presos nas noites de lua cheia para controlar seus jeitos ariscos, O lugar as vezes também era usado pelos transformados que conheciam sua existência para se manterem longe de encrenca. É possível que o uivo que ouvimos naquela noite na floresta tenha cido de um que não tenha conseguido chegar a tempo nesse lugar ou algum outro humano que teve o azar de ser mordido e não sabia o que fazer.
Assim que eu e Jack chegamos as grades que separavam a gente da entrada subterrânea pude sentir o cheiro de lobo da Anabelly, sorri ao pensar em ver minha amiga de novo mas logo um segundo cheiro chegou a mim, ela não estava sozinha.
Fiz sinal para que Jack se mantivesse mas silencioso possível e abri a grade fazendo o possível para que ela não rangesse.
Entramos devagar e atentos aos movimentos no interior Jack vinha bem atrás de mim pronto para pular no primeiro que aparecesse.
O porão consistia em um corredor estreito e inclinado que levava cada vez mas para o subterrâneo, Ao chegar no fundo mas um longo corredor se estendia a nossa frente, esse com celas nos dois lados, Cada lado tinha cerca de cinco celas com grades robustas e reforçadas. Caminhamos guiados pelo cheiro ate a última cela do lado direito e ficamos parados ao lado da parede ouvindo.
Fiz sinal para Jack esperar atrás de mim o que ele me respondeu com uma grande careta e recebeu como resposta minha um erguer de sobrancelha, Quando vi sua expressão suavizar deixei a minha fazer o mesmo e voltei minha atenção para a sala a minha frente, A grade estava aberta o que facilitaria bastante para mim, Procurei um feitiço simples na mente antes de respirar fundo e parar em frente a porta com as mãos erguidas e raios roxos faiscando das mesmas.
Por um momento os que estavam dentro me olharam com choque, surpresa e medo mas assim que notaram que era eu eles sorriram para mim, Eu também tive uma reação parecida o que fez Jack correr e parar na minha frente em posição de ataque mas Ele também relaxou ao ver quem estava na sala.
A pessoa que estava com Anabelly, nossa amiga de longa data era Andre seu irmão mais velho e meu parceiro de encrencas de quando era pequena, Foi um alivio imediato saber que era ele ali. Dei um pequeno tapinha no ombro de Jack e caminhei para dentro da sala, Anabelly veio correndo ate mim ao ver minha aproximação e se jogou nos meus braços em um abraço apertado e cheio de saudade.
- Ane, que saudade – disse em meio ao abraço.
- Você não faz idéia – disse me soltando com um sorriso leve no rosto.
- Ale – ouvi uma voz masculina jovial dizer de trás de Ane e logo estava sendo abraçada por Andre. – Minha parceira de encrencas – disse sorrindo.
- Andre seu grande desgraçado – disse Jack vindo a passos duros ate ele depois de ter dado um abraço na Ane, Andre riu dele e quando estavam frente a frente deram um grande e apertado abraço, Os dois são só farpas mas se adoram como irmãos.
- Senti sua falta parasita – disse Andre dando tapas nas costas de Jack
- O que faz aqui Andre? Não imaginei que viria também – disse feliz por ver meus dois amigos de longa data aqui.
Anabelly e Andre não são irmãos de sangue apesar de serem bem parecidos, Andre é um hibrido e Anabelly uma lobisomem Eles andam juntos desde que Ane era uma adolescente encrenqueira, Os dois se dão muito bem e sempre cuidam um do outro.
Anabelly possui a característica marcante de todo lobisomem, uma pele bronzeada e corpo marcante que deixa bem evidente sua forca física, Ela é loira e possui lindos olhos cor de mel.
Já Andre apesar de ser moreno é um tanto mais pálido e possui olhos roxos, Uma mistura dos olhos vermelhos de vampiro da sua mãe e dos olhos azuis céu de seu pai.
- Viemos por você oras – disse vindo para meu lado e se apoiando em meus ombros
- Por mim? Mas... – eu ia continuar mais me lembrei do possível motivo deles estarem aqui, Havia uma lua importante se aproximando Daqui a duas semanas, uma lua de sangue. Seria também uma lua cheia e minha primeira transformação em lobisomem. – Certo, Não vou mentir que to super nervosa – disse sorrindo forcado para os dois.
- É difícil – disse Andre do meu lado – Doloroso, parece que seus ossos estão se partindo e se juntando de novo, é como se...
- Andre! – Ane exclamou olhando feito pra ele. – Assim você vai traumatizar ela!
- Foi mal – disse forçando um sorriso.
- Não liga pra esse idiota – disse ela e vi Jack dar um tapa na nuca dele do nosso lado.
Acabamos nos sentando em um canto daquela sala unida e ficamos conversando sobre o que eles tinham feito durante o tempo que passaram longe quando ouvimos um barulho de galho quebrando a cima de nos, Jack e Andre foram os primeiros a ficarem em alerta se pondo de pé rapidamente.
- Tem alguém nas ruínas? – perguntou Ane estranhando. – Nunca vem ninguém aqui.
- Melhor checarmos – disse Andre e eu e Ane assentimos se levantando, Tiramos a terra das nossas roupas e nos preparamos para sair dali.
_Luan_ Depois que a Alecxa saio da lanchonete com aquele amigo dela eu acabei observando eles irem e conversarem um pouco do lado de fora, também vi quando subiram em uma moto e saíram, Tomado pela curiosidade acabei subindo na minha própria moto e segui os dois de longe. Durante todo o trajeto mantive uma distancia segura entre nos para que eles não me notassem, o mas estranho é que achei a moto deles na entrada da reserva na estrada que leva para fora da cidade, Eles haviam coberto a moto com folhas a mantendo em um local não muito exposto.Estacionei um pouco longe de onde a deles estava e depois de me certificar de tira-la da pista procurei em volta em busca deles ou de algo que pudessem ter deixado para indicar a direção que foram. Não é certo eu sei mas algo me diz que preciso descobrir o que esta acontecendo nessa cidade, N&
_Porão da casa do prefeito, reunião dos caçadores_ O porão da mansão Móra é um lugar grande com paredes de pedra e uma grande mesa cercada de cadeiras, Também há muitos sofás espalhados pelo lugar e nas paredes caixas de vidro eram exibidas com os mais variados tipos de armas, sejam arcos, facas ou ate mesmo armas de fogo, Havia também varias prateleiras no canto onde podia se ver um grande estoque de ervas e material para criar seus meios de intervenção e captura de seres sobrenaturais. No lugar iluminado por luzes florescentes estavam um grupo pequeno de sete pessoas, Cada qual com sua forma de agir e personalidades diferentes. No centro da mesa na cadeira maior que provavelmente era destinada ao chefe estava o prefeito Móra, o líder do grupo de caçadores e
Híbridos sempre foram mais fortes, Essa é uma verdade inegável que levara os caçadores a terem mais baixas do que o previsto naquela noite. Provido de seus sentidos licantropos e sua velocidade e forca vapirica Andre avançou sobre seu inimigo em uma velocidade quase impossível de ser vista. Os primeiros a serem atacados foram os caçadores mais afastados munidos de bestas, ele saltou sobre os homens usando sua forma lupina para morder-lhes o pescoço e estraçalhar-los o Maximo que conseguia e Depois partiu para os que estavam com armas de fogo.Andre correra em direção ao seu alvo enquanto desviava do Maximo de projeteis que conseguia, ele saltava e recuava, seus reflexos bem ordenados com seus sentidos permitindo a ele alcança-los e ataca-los mesmo estando em disvantagem.Os caçadores tentaram para-lo usando tudo que tinha
- Espera! – Gritei estivando o braço mas tudo que tinha a minha frente era o vidro do carro e Uma rua escura e sem movimento por onde seguíamos.- Ei cara, tudo bem ai? – perguntou olhando para mim e para a estrada.- Tudo, tudo sim. – disse ainda meio ofegante. – Não foi nada. – falei tentando focalizar tudo ao meu redor. – Quanto tempo ate o posto? Você também precisa descansar.- Não muito é logo depois daqui. – disse sorrindo.- Amanha eu dirijo – disse e Jiro soltou uma risada nasal.- Tudo bem, mas tenta não matar a gente ta legal. – disse fazendo graça, Bufei e dei língua para ele. &n
Desde que as coisas começaram a desandar nessa nova cidade Jack e eu não havíamos saído com muita freqüência de casa a pedido do meu pai, por outro lado ele estava sempre fora e as vezes demorava mais de um dia para retornar. Era manha e estávamos todos reunidos em volta da mesa na cozinha, uma visão rara ultimamente mas entendíamos os motivos de estar tudo dessa forma, Enquanto comíamos meu pai nos contava sobre como as coisas estavam nos outros lugares e o que estava fazendo fora durante tanto tempo.Os caçadores podiam ate ter nos deixado de lado por enquanto mas ao que meu pai dissera eles estavam caçando em outros lugares e cada vez mais caçadores estavam aparecendo, Também descobrimos que haviam cada vez menos famílias de vampiros nesse lugar. O prefeito achara uma forma de se livrar deles sem que percebessem a tempo os eng
_Lian_ Mas uma vez havia ficado mas tempo do que o esperado na biblioteca pesquisando para meus livros, Já eram onze horas e as ruas estavam escuras e frias quando deixei o abrigo quentinho da biblioteca publicada da cidade.Fora uma sorte e tanto para mim que esse lugar existisse pois como escritor estou sempre a procura da próxima idéia que possa impulsionar minha estória.Enquanto caminhava pelas ruas da cidade puxei meu casaco mas para cima cobrindo boa parte do meu rosto e pus minhas mãos nos bolsos para mante-los aquecidos, O centro da cidade aqui ainda estava funcionando e vez ou outra alguma pessoa ou grupo animado passava por mim imersos em conversas e risos ou apresados para chegar em algum lugar, eu havia acabado de virar em uma rua mas calma e estava descendo rumo a rua comercial onde estava morando quando alguém esbarrou em meu ombro.- Ei!
_Alecxa_ Dor, essa foi a primeira coisa que senti quando meu corpo despertou em meio aquela escuridão, Um aroma leve de flor impregnava todo o ambiente fracamente mas aliviava boa parte da dor do meu corpo.Devagar comecei a me mexer e pude sentir que estava deitada em um lugar macio, Aos poucos minha visão fora se acostumando com o ambiente e pude ver algumas coisas ao meu redor. Eu estava em um quarto pequeno com vários moveis e um espelho cheio de adornos decorando o lugar, As paredes pareciam ser de um verde floral que deixava a atmosfera com um ar antigo e eu respirei fundo sentindo meu corpo estralar e uma dor fina se alastrar pelo mesmo a partir do meu abdômen, Um grito contido e lamurioso deixou meus lábios enquanto meu corpo se curvava com a persistência da dor.Ouvi passos apresados vindo em direção ao quarto e por um momento parece
Estava na cozinha junto com Gen quando ouvimos a campainha tocar, Jiro gritara do corredor que atenderia e eu e Gen nos olhamos em acordo mutuo antes de deixamos a cozinha indo atrás de Jiro.Por ainda não poder andar muito rápido Gen me deixou apoiar em seu ombro enquanto me guiava devagar pela casa ate o corredor Algumas horas se passaram desde que acordei e essa bomba de que tenho um guardião fora jogada em cima de mim, não que seja ruim, É legal, mas também assustador, significa que tem coisa grande a caminho e isso tem haver comigo. Eu e Gen conversamos bastante depois que sai daquele quarto e fiquei fazendo companhia a ele na cozinha, Ele é um cara legal e não se recusou a falar sobre si, sempre respondendo a tudo que eu perguntava com um sorriso. Descobri que ele veio de Los Angelis ate aqui apenas para seguir seu destino como guardião e encontrar sua “missã