― Senhor Thompson, isto é para você ― uma menina careca se aproximou de Erick, o pai de Evan, e o presenteou com um ursinho de pelúcia.Outro menino, usando uma cânula nasal, respirou fundo enquanto entregava uma única flor a Clara Thompson com gratidão no olhar:― Para você. ―― Esta é Lily. Ela tem leucemia e está esperando por um doador de medula óssea. ― Evan sussurrou para seus pais. ― E o menino é Bruno. Ele tem células pulmonares danificadas. Ele fica doente facilmente e é um visitante comum no hospital. ―Uma a uma, as crianças do Hospital Infantil de Lockwood agradeceram a Erick e Clara Thompson. A decisão de comprar o Parque Nacional de Lockwood também significava salvar o hospital, a última vista panorâmica da cidade, e possivelmente salvar suas vidas.Algumas crianças não conseguiam sair da cama e estavam ligadas às máquinas que os mantinham vivos. Erick e Clara só podiam observar as crianças deitadas em suas camas.Mas, quando chegaram a uma sala de lazer, viram cria
Evan, seus amigos e a família ficaram em Lockwood por dois dias, finalizando os documentos. Apenas no último dia que Evan pediu um favor a Keith. No saguão do hotel em que estavam hospedados, Evan convidou Keith para um café e, enquanto bebiam, ocupando uma mesa redonda, disse ao amigo:― Gostaria de me desculpar novamente sobre, você sabe, Nicole. ―Keith riu e respondeu:― Não precisa se desculpar. Está tudo bem. Além disso, também tenho motivos para me desculpar. ―― O quê? ― Evan perguntou, com uma careta, mas Keith apenas deu de ombros. Afinal, como poderia contar a Evan sobre Shantelle? Ele só podia manter a boca fechada.― Que eu sou o mais bonito do grupo? ― Keith brincou, e Evan conseguiu dar um sorriso fraco. ― Vai se ferrar, cara... ― comentou Keith. ― Você não consegue nem mais sorrir direito. ―Evan gemeu e respondeu:― Não tem sido fácil, mas estou tentando sobreviver. ― Então, olhou para Keith e disse: ― Preciso de um favor. ―― O que foi? Já não basta eu ter a
― Desculpe, Evan. O doutor Scott também não está em Hamlin ― Evan ouviu Keith dizer do outro lado da linha e, muito rapidamente, seu coração afundou.― E quanto ao investigador particular que você contratou? Isso não trouxe nenhum resultado? ― Keith perguntou. ― Qual é mesmo o nome dele? Ren Austen? E quanto a ele? ―― Estranhamente, não encontrou nada ― respondeu Evan.Evan achou que era incomum. Austen era a mesma pessoa que descobrira sobre Nicole. Apesar de sua experiência, não conseguiu encontrar o paradeiro do Scott. Ainda assim, ele confiava no investigador devido ao seu relacionamento anterior com ele.Além de contratar um detetive particular, Evan fez o que nunca havia tentado fazer antes: criou uma conta na mídia social. James, seu assistente, o acompanhou.Evan tentou espionar os amigos de Shantelle, criando um nome falso, mas eles não aceitavam aleatoriamente pessoas desconhecidas em sua lista de amigos. Ele se sentia como um adolescente tolo, mas o que mais ele poderi
Desde o dia do nascimento de Lucas, mais de sete anos se passaram.No Hospital de Warlington, sala de cirurgia 1, a mulher vestindo um scrubs azul, que usava uma lupa cirúrgica, enquanto seus olhos se estreitavam no peito do paciente estendeu a mão para o instrumentista, enquanto pedia:― Bisturi ―Ela cortou a pele sem hesitar.Todos assistiram e ajudaram a grande cirurgiã-chefe do Hospital de Warlington Hospital, retomando a incisão e cortando o osso do tórax.Naquele dia, a médica, que havia se tornado famosa, em apenas um ano, por seu índice de sucesso em cirurgias de tórax, fez duas operações consecutivas inesperadas. Duas horas atrás, ela removeu o tecido pulmonar danificado de um paciente. Agora, em seu segundo, realizava uma cirurgia de coração, em um paciente com um aneurisma aórtico rompido.Era uma situação de risco de vida e a cirurgiã-chefe não podia deixar a cirurgia para mais tarde.O paciente foi ligado a uma máquina, fazendo temporariamente o trabalho de seu cor
― Mamãe, com quem eu pareço? ― Lucas repetiu.― Com quem você se parece? Ué? Você é único! O menino mais bonito da Escola de Warlington, Lucas Scott! ― Foi Keith quem respondeu. ― Às vezes, você não tem um sósia porque é simplesmente único. Vamos lá, me diga. Quem é o menino mais gostoso do pedaço? ― acrescentou Keith.Lucas começou a rir freneticamente, enquanto falava:― Você é bobo, tio Keith. ―Keith continuou, elogiando Lucas e apontando suas qualidades únicas até que a pergunta inicial do menino fosse esquecida. Enquanto isso, do outro lado de Keith, Shantelle, murmurou:― Obrigada. ―Os Scott tiveram um jantar adorável com Keith e Eleanor se ofereceu para colocar Lucas para dormir, enquanto Shantelle conversava com Keith, sentados em um banco, no jardim da mansão.Ambos bebiam chá quando Keith percebeu o silêncio de Shantelle. Ela escutava tudo o que o homem dizia, mas mantinha o olhar distante.― Você está pensando em dizer a Lucas com quem ele se parece? ― Keith pergun
Evan partiu para a cidade de Hamlin, no dia seguinte à demissão da mulher que ousou quebrar a regra número 1. Seus negócios financeiros haviam se expandido por todo o país, abrindo filiais em várias cidades e aquele dia seria a cerimônia de inauguração de uma delas. Evan tinha que estar lá e fingir que cavava um pouco de terra.― Senhor... Você dormiu? ― James perguntou, observando-o de dentro do carro, enquanto se dirigiam para o local do evento. ― Você deveria ter tomado as pílulas para dormir. ―― Duas horas. Dormi duas horas. Tento não ser dependente da medicação ― disse Evan, enunciando cada palavra com tranquilidade. ― Você cuidou da demissão daquela mulher? ―― Sim, senhor. O Departamento de Recursos Humanos já havia dado o aviso de rescisão ― disse James.― Ela quebrou a regra número um, James. Não quero impedir que as mulheres trabalhem na minha empresa, mas você precisa garantir que todas entendam as consequências de quebrar minha regra número um ― apontou Evan.― Sim, s
― Feliz Aniversário, vovó e vovô! ― Lucas cumprimentou, carregando um bolo, ainda de manhã cedo, para a mesa do café. Logo atrás dele, estava sua mãe, Shantelle.― Feliz Aniversário, mamãe e papai! ― Shantelle cumprimentou.Shantelle e Lucas beijaram William e Eleanor na bochecha. Shantelle então deu um envelope ao pai, dizendo:― Como prometido, sua viagem de aniversário! ―― Aniversário, viagem? ― Os olhos de Eleanor se arregalaram de surpresa, quando se virou para William, perguntando: ― Você sabia alguma coisa sobre isso? Então é por isso que você tirou uma licença de duas semanas? ―― Três semanas ― corrigiu William. ― E sim! Achei que eu merecia um bom descanso. Faz tanto tempo! ―― Não sei se posso fazer isso... Quem vai cuidar do Lucas? ― Eleanor disse, com uma expressão preocupada no rosto.Shantelle se sentiu culpada. Era por causa de Lucas que seus pais nunca mais tinham podido viajar. Ela passou vários anos completamente dedicada e focada nos estudos e na residência,
Shantelle ainda se acostumava com sua nova rotina. Nos últimos três dias, seguia levando Lucas para a escola e tinha algumas horas para descansar, em casa, antes de acordar novamente para buscar o filho e então ir direto para o trabalho.O que temia, no entanto, era a aproximação do final de semana. Ela iria contar a Lucas sobre seu pai e não tinha certeza se estava pronta para aquilo.Shantelle tinha acabado de chegar ao hospital e andava rápido em direção ao seu consultório quando Eana, a assistente de seu pai, esbarrou nela.― Shanty, finalmente te achei ― chamou Eana.― Eana, pensei que você estava de férias. Por que você está aqui? ― Shantelle perguntou. Como seu pai estava sempre trabalhando nos últimos anos, Eana raramente fazia uma pausa, também. Assim, como William estava de férias, Eana também pedira licença.― Shanty, recebi uma ligação do Centro de Transplante e disseram que um paciente queria ser reavaliado. O paciente precisa muito de um transplante de coração. Deixe