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Capítulo 3- Em busca da companheira

Pov Tyson

Ela era a mulher mais linda que meus olhos avistaram, nem mesmo na alcateia Lycans era possível ver uma fêmea tão formosa. O cheiro do pomar de morangos frescos, me lembravam a alguém. Aquele cheiro continua impregnado em minha pele. O meu corpo vibrou ao recordar o atrito de nossa união, fundida ao calor dos corpos suados. Suas unhas arranhando descontroladas procurando seu pouso, deixaram marcas vermelhas em mim. Oh, pequena mulher. Onde você está?

Naquele momento, eu me esqueci de Aurora, minha companheira falecida. Era impossível pensar em algo enquanto aquela jovem sugava os meus lábios, com ardor, como se eu fosse a última gota de água ao deserto. Mesmo naquele local impróprio e sujo, eu a tomei em meus braços e a fiz minha. Eu soube no mesmo momento que eu era o seu primeiro homem, e com isso eu tive a certeza que ela era a minha companheira.

— Como assim não a encontraram? Aos dentes rangendo, perguntei ao meu beta William que permaneceu de cabeça baixa. — São lobos inúteis. Não sei como ainda os mantenho vivo.

— Me perdoe alfa. Nós fizemos o possível, mas parece que essa menina possui um tipo de magia que impede a localização de seu paradeiro. 

— Não coloquem desculpas na incompetência de vocês.

— Desculpe pelo que irei dizer, mas se não a localizarmos, teremos a certeza que ela está munida de magia, e isso significa que ela é uma bruxa. E o senhor sabe que um alfa não deve se envolver com bruxas.

Em um piscar de olhos, o seu corpo se funde a parede branca, que aos poucos ganhou a tonalidade vermelha, conforme a ferida de sua cabeça foi aberta. Sem muito esforço, pressionei o pescoço do pobre beta, que olhava espantado. 

— O que você disse? As veias do meu antebraço saltaram. Algo que me incomoda é quando questionam a minhas escolhas, em consequência também a minha autoridade. Eu inclinei a cabeça e afrouxei minimamente o enlaço para ouvir sua resposta. — Por favor, repita o que disse lobo.

— Nada senhor... Em um esforço absurdo, ele respondeu.

Eu puxei sua cabeça e empurrei novamente contra a parede. 

— Nada? Tem certeza? Desesperado, ele negou. — Foi o que pensei. Nunca mais desafie as minhas escolhas como líder. Eu sou Tyson Black, alfa da alcateia Lycans. Eu decido o que é melhor para a minha vida e os meus lobos. E se alguém se opor a minha autoridade será morto como um inseto sem valor. Você compreendeu?

Os meus dedos estavam fundidos em sua pele. Eu sentia os ossos de sua glote, que aos poucos estava sendo fechada. Aos olhos comprimidos, ele concordou e eu o deixei livre. Soltando um suspiro cansado, segurei o meu copo de Whisky e andei até a janela para olhar a vegetação.

— Eu quero que vocês a encontrem, e quando a encontrarem, a tragam para mim.

— E se ela exigir saber o nome do mandante do sequestro?

Eu sorri.

— Diga que foi Tyson. Alfa da alcateia Lycans.

//

Alguns dias se passaram e nenhuma pista foi descoberta. Estou farto de estar rodeados de incompetentes. Quero minha companheira ao meu lado, procriando e cuidando da alcateia, como todas as outras fazem, além de me dar prazer, é claro.

— Meu filho. Necessitava falar com você. Ergui uma sobrancelha quando minha mãe entrou ao ambiente. Ela sabe que não gosto de ser interrompido desse jeito. — Eu encontrei a sua companheira ideal.

— De novo com essa história? Eu disse para a senhora que eu não queria outra companheira. Aurora morreu, e a próxima será somente para cumprir meus desejos carnais.

Ela revirou os olhos.

— Me poupe desses detalhes. Não há como fugir. Eu já conversei com os pais da prometida, selei um compromisso e também tomei a liberdade de avisar aos conselheiros. Eles acharam uma ótima ideia que você se case com Leona, da alcateia Celestial.

— O quê? Como você se atreveu a passar por cima da minha autoridade, interferindo em minha vida? Ela andou um passo para trás, assustada com minha voz autoritária. — Para a merda esse casamento! Não selei compromisso algum, então não tenho obrigação de aceitar.

— Olha como fala. Não gosto que use a sua autoridade de alfa comigo. Eu continuo sendo a sua mãe.

Quando iria respondê-la no meu modo grosseiro e hostil, os conselheiros apareceram ao ambiente. A grande maioria eram anciões de estatura baixa, nada assustadores. Eles inclinaram a cabeça, e eu permiti que avançassem.

— O que vocês querem?

— Nós sabemos do seu casamento com Leona, e ficamos muito satisfeitos. Ela é filha do alfa George, um grande guerreiro, vitorioso em todas as batalhas. Acreditamos que esse acordo nos trará vantagens como equipamento e lobos altamente treinados.

— Eu não irei me casar com Leona. Nós temos guerreiros o suficiente, não precisamos de mais. Além disso, eu tenho a minha companheira.

— Quem? Olhei em volta, e todos estavam curiosos para saber o nome da jovem que se entregou em meus braços. — Nós a conhecemos?

—Não. Mas logo ela virá e assumirá o seu posto como luna da alcateia. 

— Isso é ótimo. Você pode ter a sua companheira como um local para descartar o seu prazer, mas a Luna da alcateia, será Leona. Eu sei que fará a escolha certa para o seu bando.

Eles saíram me deixando irritado. Acima de qualquer fascínio, estará a minha alcateia. Me casarei com a mulher que eles querem. Ela será uma ótima peça para minha expansão de território, fazendo com que eu reúna lobos o suficiente para derrotar a Lua Negra. 

Mesmo com minha luna ao meu lado, eu terei a minha escolhida. Irei procurar aquela mulher misteriosa em todos os cantos, até a encontrar, e a levarei para morar comigo. Ela terá seu quarto ao lado do meu, e estará sempre pronta para satisfazer os meus prazeres.

Quando a noite chegou, juntei meu melhores lobos, afim de emitir um comunicado importante. Transformados eles ficaram em minha frente. Com os focinhos direcionados ao chão, eles ouviam atentos a minha fala.

— A busca será incansável até encontrarmos a loba misteriosa. Não é para machucá-la. Se alguém fazer isso, eu irei torturá-lo até que me pessa piedade. Assim que a encontrarmos, a traremos diretamente para a alcateia. Entendido?

— Se ela não quiser vir, meu senhor? Meu beta perguntou.

— A resposta é simples. Se ela não quiser colaborar, vamos sequestrá-la.

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