Já era quase (21:00) tomei meu banho, vesti meu pijama e me joguei naquela cama maravilhosa, coloquei meu celular para carregar, fui dormir.
Meu celular despertou as 7:00 da manhã Sofia chegaria as 10:00, então já me preparei para esperá-la.
Deci para tomar cafe quando escutei alguns passos e um barulho de criança cantarolando.
-Sofia venha conhecer a sua baba. (ela falou em um tom como se estivesse falando com um adulto)
Quando ela me viu deu um sorriso, parecia que tinha ficado muito feliz em me ver.-Branca de neve, você esta aqui. (ela gritou me abracando) A Sra. Silvia só observou.
- Princesa. (respondi retribuindo o abraço) Sou apaixonada no cabelo de Sofia, é lindo!
- Sofia vá guardar os brinquedos que você ganhou da vovó, enquanto eu converso com sua baba. (Sofia se virou e saiu correndo pegar seus brinquedos)
- Senhorita Laura vou te lembrar algumas coisas sobre a Sofia que ainda não te contei. A mãe dela morreu quando ela nasceu, o Sr. Guimarães não gosta que fale dela, então Sofia não sabe muito sobre a mãe, por favor não toque nesse assunto.
- O Sr. Guimarães trabalha muito, raramente você o verá aqui, ele ficou todo esse tempo isolado e está voltando aos poucos com seus compromissos, pois a Sra. Guimarães decidiu se aposentar e tirar um tempo para a família.
- E por isso que ele pediu que a senhorita viesse cuidar de Sofia. Você não poderá sair ao menos que seja muito importante e por favor me avise antes de tomar qualquer decisão. - Não irei ficar aqui, então qualquer coisa me ligue. Temos funcionários em todo o castelo que poderão te ajudar. Até logo! (avisou a Sra Silvia)
- Até logo!
Sra. Silvia foi embora me deixando sozinha naquele castelo enorme, me senti sozinha e solitária. Fui procurar Sofia que estava no seu quarto brincando com suas bonecas, o quarto dela era muito adulto, não tinha nenhuma decoração e nenhum brinquedo, tudo muito lindo, mas para uma criança era muito simples. Mas ao longo do tempo vou tentar mudar aos poucos.Sentei ao lado de Sofia e comecei a brincar com ela. Ela levantou e foi ao banheiro.
Fiquei esperando quando ela veio e ficou me encarando com aqueles olhos azuis enormes e lindos.- Venha aqui branca de neve. (ela puxou os meus braços) estava parecendo uma boneca com seu pijama rosa lindo. O cabelo dela era enorme para uma criança de 6 anos.
Dei um abraço nela e a sentei na cama ao meu lado e continuamos a nossa brincadeira.
- Gostaria de conversar um pouco comigo? Eu me chamo Laura.
- Eu já conheço você, você é bonita e seu nome também é bonito, mais eu prefiro branca de neve, eu posso te chamar assim?
- Claro que pode princesa, você também é linda, e sabe qual o personagem você se parece?
- Qual? (ela respondeu toda empolgada)
- Você parece muito com a Rapunzel, ela é a minha princesa favorita.
- Porque seu cabelo é preto e o meu amarelo?
- As pessoas tem cabelos de cores, formatos e tamanhos e tamanhos diferentes. O seu é amarelo e muito grande, enquanto o meu é preto e curto. (passamos a tarde conversando e se conhecendo melhor, respondi todas as perguntas e dúvidas dela)
-Você é boa comigo por quê? Não é como as outras moças que cuidavam de mim.
-Como assim princesa? Elas tratavam você mal?
-O que elas fizeram com você?
-Elas não me davam atenção e nem conversava comigo e ficava reclamando com a Sra. Sil e ela contava tudo para o papai, quando ele chegava brigava comigo. (ela disse em um tom de tristeza)
-Ai princesa venha aqui. (Dei um abraço apertado nela)
-O que você acha de descermos e assistir um filme? Esta com fome?
(ela acenou com a cabeça dizendo que sim) - O que você quer comer?
-Panquecas ( ela deu um grito quando disse)
-Posso sim! (Peguei nas suas mãos pequenas e descemos para a cozinha)
Sempre amei crianças, por isso comecei a fazer o curso de pedagogia, mas como não consegui terminar não tive contatos com nenhuma criança e não conhecia ninguém que tivesse filhos.
-Branca de neve você gosta de flor?
-Gosto, sim, princesa por quê?
-Temos um jardim lendo aqui mais meu pai e a Sil nunca me deixaram ir ver, você poderia me levar?
-Claro que posso princesa! (respondi dando um sorriso de leve para ela)
Conversamos bastante do que mais gostávamos. E ela questionou todos os meus gostos, foi engraçado e interessante ao mesmo tempo. Isso me deixou mais próxima dela. Terminei de fazer as panquecas enquanto ela desenhava em cima do balcão.-Aqui esta princesa suas panquecas.-Obrigada! (ela disse levando o primeiro pedaço na boca)Enquanto Sofia comia suas panquecas, eu a observava e fiquei pensando em tudo que a Silvia havia dito. Do nada veio a lembrança do pai de Sofia, tinha me esquecido que era maravilho ops um deus grego, na verdade. (dei um sorriso enquanto pensava no pai da Sofia). Como era a mãe de Sofia? Ela deveria ser maravilhosa, na casa não tem nenhuma foto dela. (pensei em alto)Olhando ao redor do castelo e o tanto de empregados que havia nele, conclui que o pai de Sofia era muito rico, porque nunca conheci alguém que pagasse dois milhões de dólares para cuidar de uma criança?! O castelo é muito misterioso, sinto que tem muitos segredos escondidos nele, vou ter tempo o
Dessemos para a cozinha, enquanto preparava o cafe fiz algumas perguntas para a Sofia sobre o pai dela.- Princesa porque você não quis entrar para complementar seu pai? Já faz muito tempo que você não o ver.- Eu não posso entrar no escritório dele sem permissão. (disse ela séria)- Poque você não pode, ele e seu pai? - Papai fica muito bravo quando vou ao quarto dele sem permissão.(afirmou Sofia triste)- Que pena, princesa, você gostaria de ver seu pai? (perguntei)- Sim! (ela disse abaixando o olhar para o balcão da cozinha)- Tudo bem, não fique triste, quando terminarmos o cafe vamos para o jardim, o que acha?- Não podemos sair enquanto os homens do papai estiverem aqui, papai pode me chamar e se não estiver aqui ele ficara bravo com você. (ela disse ainda triste)Dei um copo de leite com algumas torradas para Sofia e continuei conversando com ela, apesar de não ver o pai com frequência ela era uma garotinha feliz.- Vamos fugir sem contar para ninguém, o papai não vai ficar s
Me virei e sai sem dizer nada, já estava quase saindo. (quando escutei)- Senhorita Laura use roupas adequadas, não quero que meus seguranças fiquem olhando para você e se esqueça do trabalho.Mordi meus lábios e sai do escritório, sem me virar. Silvia ainda estava do lado de fora esperando. Ia perguntar sobre o Sr. Guimarães, mais ela se virou e saiu antes mesmo de eu falar alguma coisa.Quando cheguei no meu quarto a Sofia estava sentada na minha cama, ela parecia triste.- Desculpa branca o papai brigou com você né? (olhei para Sofia que estava chorando)- Tudo bem, minha princesa não precisa pedir desculpas, o papai não brigou comigo, apenas conversamos. (falei enxugando suas lagrimas)- Vou vestir uma roupa e descemos para fazer nosso almoço, gostaria de me ajudar?(vesti uma caça de moletom e coloquei um sutiã)- Oba quero sim! (ela disse toda animada)Preparei um molho delicioso com carne moída, enquanto eu colocava o macarrão e o molho branco a Sofia estava ansiosa e feliz col
- Você é diferente Senhorita Laura. (a voz do pai de Sofia começou a surgir na minha mente)Estava segurando a tesoura para cortar mais um pouco minha franja, lembrei de como o Sr. Guimarães ficou me olhando e como ele não tirava os olhos do meu cabelo.Oque chamou a atenção dele? Ele gostou do meu cabelo curto ou achou estranho? Talvez ele tenha me achado interessante. (pensei em alto)- Princesa o que você acha do meu cabelo? (perguntei a ela)- Eu amo seu cabelo, você parece minha personagem favorita. Todas as minhas babas tinham cabelos longos e pretos, eu não conheço nenhuma personagem de desenho com cabelo grande e preto. (ela respondeu)Todas as funcionarias tem o cabelo preto e logo? Será um clichê do Sr. Guimarães? Tem a ver com sua falecida esposa? Porque ele me contratou, se eu não faço parte desse padrão? (comecei a questionar sobre esse padrão) Assim que eu estiver sozinha irei procurar algo sobre a mãe de Sofia aqui no castelo, deve ter alguma foto dela. (pensei)Puxei S
Ele havia dito que tem vários compromissos e que impediria que ele levasse a Sofia.Por que ele veio para o castelo de repente? Será que estava com saudades de Sofia? Se ele estava com saudades dela, por que permitiu que saíssemos e não quis passar um tempo com ela? Será que ele vai ficar no castelo?- Ai meu Deus que isso não aconteça, por favor…Já estávamos indo embora quando recebi uma mensagem de Silvia nos lembrando que já era hora de voltamos. Não respondi, pois o celular que eles me deram era apenas para receber ligações e mensagens, nem pegava internet e isso me chateava muito, o que eles acham que iria fazer com o acesso à internet? O que eles fizeram com meu celular antigo? (pensar nisso me deixou com raiva)- Sofia princesa, o que acha de voltarmos outro dia para compramos umas coisas para o seu quarto? (meu principal objetivo e deixar Sofia feliz e ela tendo um quarto fofo deixaria ela feliz e talvez ela conseguisse dormir tranquila)- Sim!Sim! Branca, obrigada! (ela diss
-Branca, o papai foi embora? (ela perguntou) Ele entrou na sala de jantar tirando seu palito e ficando apenas com a camisa branca, arregaçou as mangas da camisa. Tinha alguns botões abertos, dei uma olhada e abaixei a cabeça, ele estava tao gostoso naquela roupa. -Não, filha, o papai está em casa!(ele respondeu, enquanto não tirava os olhos de mim) -Porque não esta comento com a Sofia? (ele perguntou enquanto eu colocava a lasanha em seu prato) -Não estou com fome! -Pegue um prato para você e sente-se. Apenas fiquei olhando para ele sem me mover. Peguei um prato para mim acompanhá-lo no jantar como solicitou. - Sirva-se senhorita. (fiquei olhando para ele enquanto ele falava. Quem ele acha que é para mandar em mim?) Ele pegou o prato das minhas mãos e começou a me servir. Ele empurrou gentilmente o prato em minha direção. - Coma Senhorita? (Sofia ficou em silêncio apenas nos observando) - Sr agora não estou com fome.(disse encarando-o) Tentei ficar calma e não
- Aqui princesa. Eu sorri quando ela se virou procurando a minha voz. Estávamos brincando de cobra cega, eu brincava muito quando era pequena. (Peguei um lenço e amarrei nos olhos de Sofia, ela tinha que nos encontrar ao som das nossas palmas) -Bata palmas (ela disse enquanto estávamos quietos). Carlos bateu palmas de onde estava, e deu um passo em direção a ele. Luiz também estava participando da brincadeira, bateu palmas em seguida e ela mudou a direção de seus passos. - Senhorita Laura. (Congelei quando escutei a Sra. Silvia me chamar) Revirei meus olhos antes de me virar e caminhar em direção a ela. - Boa tarde, Sra. Silvia! (respondi) - O que você acha que está fazendo? (ela disse com uma voz firme, mostrando que não estava gostando da nossa brincadeira) - Estamos brincando um pouco, já terminamos a lição de casa. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Sofia deu um grito. - Te peguei. (ela me abraçou) A Sra. Silvia se retirou sem falar nada. Então continuamos a
Não sabia para onde o Sr. Guimarães estava nos levando. Sofia estava amando ver a cidade pela janela do carro, meu coração ficou quentinho ao ver a felicidade nos olhos dela. O Sr. Guimarães estava mexendo no celular e eu fiquei apenas mexendo nos meus dedos, pois ainda não tinha um celular que funcionasse. A viagem estava um tédio exceto pela Sofia que estava se divertindo. Acabei encostando a mão na perna do Sr. Guimarães. Quando o carro parou, olhei para fora para ver onde estávamos. Parecia uma escola, é enorme. O que viemos fazer aqui? Sofia finalmente vai estudar em uma escola de verdade? (pensei) - Vem princesa. ( chamei Sofia e peguei em sua mão) Até agora ninguém nos explicou o que estávamos fazendo aqui. O Sr. Guimarães estava conversando com a Sra. Silvia, e ela estava anotando algo em seu tablet. Na frente da escola tinha uma estátua de um garotinho e nela havia vários nomes, acho que era nomes dos alunos ou fundadores da escola, que parecia bem antiga.