Conversamos bastante do que mais gostávamos. E ela questionou todos os meus gostos, foi engraçado e interessante ao mesmo tempo. Isso me deixou mais próxima dela. Terminei de fazer as panquecas enquanto ela desenhava em cima do balcão.
-Aqui esta princesa suas panquecas.
-Obrigada! (ela disse levando o primeiro pedaço na boca)
Enquanto Sofia comia suas panquecas, eu a observava e fiquei pensando em tudo que a Silvia havia dito. Do nada veio a lembrança do pai de Sofia, tinha me esquecido que era maravilho ops um deus grego, na verdade. (dei um sorriso enquanto pensava no pai da Sofia).
Como era a mãe de Sofia? Ela deveria ser maravilhosa, na casa não tem nenhuma foto dela. (pensei em alto)
Olhando ao redor do castelo e o tanto de empregados que havia nele, conclui que o pai de Sofia era muito rico, porque nunca conheci alguém que pagasse dois milhões de dólares para cuidar de uma criança?!
O castelo é muito misterioso, sinto que tem muitos segredos escondidos nele, vou ter tempo o suficiente para esporá-lo e descobrir tudo ou não me chamo Laura Torres. (dei uma risada ao me escutar dizer isso)
Cada canto do castelo tinha um segurança e o castelo era todo monitorado por câmeras. Estou curiosa para conhecer o Sr. Guimarães. Por que um pai deixaria sua filha sozinha em casa com uma estranha como eu? Porque tem tantos seguranças no castelo, o que será que a família Guimarães trabalha? Apenas com restaurantes e imobiliárias?
Ou será apenas negócios de fachada? Porque ele é tao misterioso e não quis me receber, ele sabia que iria cuidar de sua filha.
Mordi os lábios enquanto imaginava o pai de Sofia. No restaurante não pude observar muito ele, mais o muito que vi ele era maravilhoso.
-Branca você não vai comer? (Sofia me perguntou, interropendo meus pensamentos obscuros)
-Não estou com fome princesa.
-Tudo bem!
Assistimos a um filme na sala de tv. Sofia acabou dormindo em meu colo. Subi e deixei ela no quarto dela e fui para o meu.
Já era quase (2:00) da manhã quando escutei minha porta abrindo, quando olhei era Sofia.
-O que você esta fazendo aqui princesa?
-Eu não estou conseguindo dormir no meu quarto Branca eu posso dormir aqui com você?
-Claro que sim, meu amor, deita aqui do meu lado.(ela deitou em cima do meu peito e passou seu pequeno braço na minha cintura. Acariciei seus cabelos até ela cair no sono).
Já se passaram um mês desde que cheguei ao castelo. Sofia era uma menina muito doce e comportada, nunca deu trabalho, nos tornamos melhores amigas.
Durante esse mês Sofia tinha muitos pesadelos e quase sempre dormia comigo. Não é um problema para mim, pois a cama é enorme e a Sofia me faz companhia, já que quase não posso mexer no celular, a Sra. Silvia pegou meu celular e me entregou um que não dava para fazer ligação, apenas receber chamadas.
A Sra. Silvia sempre vinha ver como estávamos e se precisávamos de alguma coisa, mas nunca chegou a passar a noite com a gente.
Que tipo de pai passa um mês sem visitar a filha? Desde quando cheguei que o pai de Sofia não vem ao castelo. Sofia diz que seu pai é muito sério e que nunca ta em casa e quando estar raramente atenção para ela.
Porque o Sr. Guimarães nunca vinha ver a Sofia? Será que ele a culpava pela morte da esposa? Mas Sofia não tem culpa poxa.Acordei 7:00 da manhã, pois Sofia estava com fome, na noite anterior comemos algumas fruta.
Saindo do meu quarto ouvi um barulho no escritório do Sr. Guimarães e resolvi espiar, a porta não estava trancada, o que foi fácil. Nunca tinha visto tantos homens de terno reunidos em um só lugar, tinha aproximadamente uns 10.Levei um susto quando senti umas mãos pequenas nas minhas costas, quando me virei era Sofia.
- O que você esta fazendo Branca? Esse é o escritório do meu pai, não podemos entrar.
- Princesa você sabe quem são eles?
-Eles são os seguranças do meu papai. (Afirmou Sofia. Fiquei nervosa, fomos direto para a cozinha)
- Então quer dizer que seu pai voltou?
-Ele ainda não me chamou, então acho que ele não esta aqui. ( ela disse com um semblante triste)
Dessemos para a cozinha, enquanto preparava o cafe fiz algumas perguntas para a Sofia sobre o pai dela.- Princesa porque você não quis entrar para complementar seu pai? Já faz muito tempo que você não o ver.- Eu não posso entrar no escritório dele sem permissão. (disse ela séria)- Poque você não pode, ele e seu pai? - Papai fica muito bravo quando vou ao quarto dele sem permissão.(afirmou Sofia triste)- Que pena, princesa, você gostaria de ver seu pai? (perguntei)- Sim! (ela disse abaixando o olhar para o balcão da cozinha)- Tudo bem, não fique triste, quando terminarmos o cafe vamos para o jardim, o que acha?- Não podemos sair enquanto os homens do papai estiverem aqui, papai pode me chamar e se não estiver aqui ele ficara bravo com você. (ela disse ainda triste)Dei um copo de leite com algumas torradas para Sofia e continuei conversando com ela, apesar de não ver o pai com frequência ela era uma garotinha feliz.- Vamos fugir sem contar para ninguém, o papai não vai ficar s
Me virei e sai sem dizer nada, já estava quase saindo. (quando escutei)- Senhorita Laura use roupas adequadas, não quero que meus seguranças fiquem olhando para você e se esqueça do trabalho.Mordi meus lábios e sai do escritório, sem me virar. Silvia ainda estava do lado de fora esperando. Ia perguntar sobre o Sr. Guimarães, mais ela se virou e saiu antes mesmo de eu falar alguma coisa.Quando cheguei no meu quarto a Sofia estava sentada na minha cama, ela parecia triste.- Desculpa branca o papai brigou com você né? (olhei para Sofia que estava chorando)- Tudo bem, minha princesa não precisa pedir desculpas, o papai não brigou comigo, apenas conversamos. (falei enxugando suas lagrimas)- Vou vestir uma roupa e descemos para fazer nosso almoço, gostaria de me ajudar?(vesti uma caça de moletom e coloquei um sutiã)- Oba quero sim! (ela disse toda animada)Preparei um molho delicioso com carne moída, enquanto eu colocava o macarrão e o molho branco a Sofia estava ansiosa e feliz col
- Você é diferente Senhorita Laura. (a voz do pai de Sofia começou a surgir na minha mente)Estava segurando a tesoura para cortar mais um pouco minha franja, lembrei de como o Sr. Guimarães ficou me olhando e como ele não tirava os olhos do meu cabelo.Oque chamou a atenção dele? Ele gostou do meu cabelo curto ou achou estranho? Talvez ele tenha me achado interessante. (pensei em alto)- Princesa o que você acha do meu cabelo? (perguntei a ela)- Eu amo seu cabelo, você parece minha personagem favorita. Todas as minhas babas tinham cabelos longos e pretos, eu não conheço nenhuma personagem de desenho com cabelo grande e preto. (ela respondeu)Todas as funcionarias tem o cabelo preto e logo? Será um clichê do Sr. Guimarães? Tem a ver com sua falecida esposa? Porque ele me contratou, se eu não faço parte desse padrão? (comecei a questionar sobre esse padrão) Assim que eu estiver sozinha irei procurar algo sobre a mãe de Sofia aqui no castelo, deve ter alguma foto dela. (pensei)Puxei S
Ele havia dito que tem vários compromissos e que impediria que ele levasse a Sofia.Por que ele veio para o castelo de repente? Será que estava com saudades de Sofia? Se ele estava com saudades dela, por que permitiu que saíssemos e não quis passar um tempo com ela? Será que ele vai ficar no castelo?- Ai meu Deus que isso não aconteça, por favor…Já estávamos indo embora quando recebi uma mensagem de Silvia nos lembrando que já era hora de voltamos. Não respondi, pois o celular que eles me deram era apenas para receber ligações e mensagens, nem pegava internet e isso me chateava muito, o que eles acham que iria fazer com o acesso à internet? O que eles fizeram com meu celular antigo? (pensar nisso me deixou com raiva)- Sofia princesa, o que acha de voltarmos outro dia para compramos umas coisas para o seu quarto? (meu principal objetivo e deixar Sofia feliz e ela tendo um quarto fofo deixaria ela feliz e talvez ela conseguisse dormir tranquila)- Sim!Sim! Branca, obrigada! (ela diss
-Branca, o papai foi embora? (ela perguntou) Ele entrou na sala de jantar tirando seu palito e ficando apenas com a camisa branca, arregaçou as mangas da camisa. Tinha alguns botões abertos, dei uma olhada e abaixei a cabeça, ele estava tao gostoso naquela roupa. -Não, filha, o papai está em casa!(ele respondeu, enquanto não tirava os olhos de mim) -Porque não esta comento com a Sofia? (ele perguntou enquanto eu colocava a lasanha em seu prato) -Não estou com fome! -Pegue um prato para você e sente-se. Apenas fiquei olhando para ele sem me mover. Peguei um prato para mim acompanhá-lo no jantar como solicitou. - Sirva-se senhorita. (fiquei olhando para ele enquanto ele falava. Quem ele acha que é para mandar em mim?) Ele pegou o prato das minhas mãos e começou a me servir. Ele empurrou gentilmente o prato em minha direção. - Coma Senhorita? (Sofia ficou em silêncio apenas nos observando) - Sr agora não estou com fome.(disse encarando-o) Tentei ficar calma e não
- Aqui princesa. Eu sorri quando ela se virou procurando a minha voz. Estávamos brincando de cobra cega, eu brincava muito quando era pequena. (Peguei um lenço e amarrei nos olhos de Sofia, ela tinha que nos encontrar ao som das nossas palmas) -Bata palmas (ela disse enquanto estávamos quietos). Carlos bateu palmas de onde estava, e deu um passo em direção a ele. Luiz também estava participando da brincadeira, bateu palmas em seguida e ela mudou a direção de seus passos. - Senhorita Laura. (Congelei quando escutei a Sra. Silvia me chamar) Revirei meus olhos antes de me virar e caminhar em direção a ela. - Boa tarde, Sra. Silvia! (respondi) - O que você acha que está fazendo? (ela disse com uma voz firme, mostrando que não estava gostando da nossa brincadeira) - Estamos brincando um pouco, já terminamos a lição de casa. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Sofia deu um grito. - Te peguei. (ela me abraçou) A Sra. Silvia se retirou sem falar nada. Então continuamos a
Não sabia para onde o Sr. Guimarães estava nos levando. Sofia estava amando ver a cidade pela janela do carro, meu coração ficou quentinho ao ver a felicidade nos olhos dela. O Sr. Guimarães estava mexendo no celular e eu fiquei apenas mexendo nos meus dedos, pois ainda não tinha um celular que funcionasse. A viagem estava um tédio exceto pela Sofia que estava se divertindo. Acabei encostando a mão na perna do Sr. Guimarães. Quando o carro parou, olhei para fora para ver onde estávamos. Parecia uma escola, é enorme. O que viemos fazer aqui? Sofia finalmente vai estudar em uma escola de verdade? (pensei) - Vem princesa. ( chamei Sofia e peguei em sua mão) Até agora ninguém nos explicou o que estávamos fazendo aqui. O Sr. Guimarães estava conversando com a Sra. Silvia, e ela estava anotando algo em seu tablet. Na frente da escola tinha uma estátua de um garotinho e nela havia vários nomes, acho que era nomes dos alunos ou fundadores da escola, que parecia bem antiga.
- Precisamos pregar algumas coisas, Sr. Guimarães. ( eu disse para ele que ficou me encarando) - Não tenho todo tempo do mundo, faça rápido. Peguei uma lancheira para Sofia e uma para mim, fui colocando tudo em uma cesta, depois que terminamos fomos para o caixa o Sr. Guimarães pegou a cesta das minhas mãos e seguiu para o caixa. - Benjamin, ele disse me olhando. ( fiquei em choque ao ouvir ele dizer seu nome) - Não entendi Sr. ( respondi sem entender o que ele queria que eu fizesse. Ele queria que eu o chamasse pelo nome? - Me chame de Benjamin. ( eu apenas engoli em seco e saímos da loja, procuramos uma loja de sapatos para pegar alguns para Sofia) Compramos tudo que Sofia estava precisando. - Branca de Neve eu estou com fome. ( disse Sofia fazendo uma careta) - Sr Guimarães, podemos comer alguma coisa? - Sim, vamos procurar um restaurante. ( ele disse) - Mas nós queremos comer hambúrguer ( eu disse enquanto fazíamos um bico para ele, que concordou) - Branc