Emma estava um pouco dispersa enquanto Brandon se perguntava se ela estava se encontrando com David enquanto continuava girando a caneta entre os dedos. Ele mirou o rosto angular dela e fez um gesto para que se sentasse na cadeira estofada. Começou a bater a ponta da caneta lentamente contra a mesa. Ele precisava se acalmar para evitar dizer coisas que a machucassem. — A senhora que saiu do seu escritório também faz parte desta empresa? — Emma quebrou o silêncio com sua pergunta. Com um aceno de cabeça, Brandon confirmou. — Ela é muito bonita — disse Emma de forma pouco convincente. Em determinado momento, Brandon se inclinou para a frente, apoiando os braços na mesa. — Lembra da pergunta que te fiz antes? — A voz do CEO estava áspera enquanto indagava. — Ainda quero saber onde você estava. — Nem ainda não casamos, e você insiste em me controlar? — Emma revirou os olhos. — Você disse que ia para a livraria. — A voz dele estava mais profunda ao retrucar. — Fui a uma consul
Provocar Emma era como soprar numa brasa viva para acender o fogo. Ela sempre foi briguenta, mas naquele dia, estava mais sensível do que ele esperava. — Licença, vou tirar as minhas coisas do escritório da livraria. — Espere! — Brandon se aproximou e sentiu o cheiro do xampu de pêssego de seus cabelos sedosos. — Não precisa fazer isso. — Mas você disse que vai me demitir! — Eu não disse isso não! — A expressão de Brandon suavizou. — Falei que estava pensando… — Vai me mandar embora ou não? Brandon deixou escapar um suspiro pesado ao lembrar do que sua sócia falou. Apesar de ser sua funcionária, Emma sempre foi sua melhor amiga e a única mulher que amava. — Eu ainda quero me casar com você. — Olhando nos olhos castanhos, ele confessou. — Só que preciso tomar uma decisão. Ele tocou em seu queixo pequeno, obrigando-a a erguer o rosto para encará-la. — Você tem que escolher entre casar comigo ou me demitir? — As sobrancelhas castanhas elevaram quando ela indagou. Emma possuía
— Isso é o que a senhora pensa, — Esfregando a testa com as pontas dos dedos, Emma declarou. — Se eu tivesse algum interesse no dinheiro do Brandon, eu teria aceitado casar com ele há cinco anos. — Emma ressaltou. — Você não é a mulher certa para o meu filho, — Celine disse com um olhar de desgosto. — Quero que você termine esse noivado e saia da casa do Brandon. — As palavras de Celine não eram apenas uma sugestão, mas uma ordem.— Por favor, fale baixo, senhora. — Olhando para a porta, Emma pediu.Tinha medo de que algum funcionário as escutasse. — Deixe meu filho em paz! — Celine exclamou, exaltada. Direcionando um olhar de desprezo, frisou: — O Brandon merece uma mulher mais sofisticada e educada, não uma funcionária de livraria com você. — Escarneceu. — Ah, vou aconselhar o meu filho a pedir o DNA, — fitou a barriga de Emma. — Quero que ele tenha certeza de que esse filho é dele.Segurando as lágrimas, Emma engoliu em seco quando a Sra. Zucconi saiu. Seu coração estava despedaç
Emma suspirou ao negar, balançando a cabeça de um lado para o outro. Os olhos perspicazes de Brandon notaram como ela girava o anel no dedo. Ele desviou o olhar, fixando-o na rua. Mentalmente, ele planejava verificar as câmeras de segurança da livraria após o jantar. A poucos metros do restaurante, ele continuou dirigindo o carro até a entrada do hotel. Brandon saiu do Audi com Emma e entregou as chaves ao manobrista. Ela agarrou o braço dele e caminhou até parar ao lado do CEO. — Por que viemos para o Four Seasons Hotel? — A voz suave de Emma perguntou. — Quero que você experimente a comida do chefe do Il Palagio, — ele disse animado. — O restaurante é famoso por sua culinária toscana contemporânea com um toque de criatividade. Quando chegaram, o recepcionista, vestindo um smoking preto, cumprimentou o casal. Ele os conduziu até a sala privada com uma mesa perto da janela com uma vista deslumbrante do jardim do hotel. Emma piscou algumas vezes quando viu a mesa cheia de flores
Emma pegou o copo e tomou um gole de água para aliviar a garganta seca. Quando o senhor Zucconi a olhou com expressão duvidosa. — Ele tentou ligar para o meu celular e eu não atendi —, disse antes de pegar seus talheres e começar a comer. — Daí, ele ligou para o telefone do escritório livraria. — Por que Matteo tem o telefone do escritório? — Sua voz soava mais possessiva.Após mastigar, ela engoliu a comida. Ela limpou a boca com o guardanapo antes de dar a ele uma resposta adequada. — O Matteo era o meu noivo e era o seu advogado! — Encarando-o, Emma respondeu. — Você está apaixonada pelo Matteo? — O rosto sombrio de Brandon franziu ainda mais. — Não sinto nada por aquele homem. — deu de ombros ao responder.Enciumado, ele custou a acreditar. Emma tinha o péssimo hábito de escolher homens infiéis que nem mesmo a valorizavam. Brandon se perguntava em seus pensamentos sobre como se livrar desse sentimento de incerteza. — Você dormiu com o Matteo antes do meu aniversário? — Ele a
Brandon assentiu com a cabeça, mas havia um leve indício de aflição em seu cenho franzido. — Quero me desculpar pelo meu comportamento no jantar — disse Isabella. — Acabei exagerando um pouco devido à bebida que ingeri. — Espero não ter que passar por isso novamente, — redarguiu Brandon de uma maneira um tanto brusca. — Entretanto, aceito suas desculpas. — É engraçado como o destino sempre nos coloca frente a frente novamente, não é? — A voz de Isabella vacilou. — Oh, sim, é muito engraçado — disse Brandon, parecendo um pouco desdenhoso. — O que faz aqui neste hotel? — A mandíbula dele tencionou. — Negócios. — Isabella suspirou, um sorriso triste brincando em seus lábios. — Tive uma importante reunião aqui na cidade, voltarei para Roma amanhã. Apesar das palavras educadas que trocaram, havia um sentimento de desconforto. Emma odiava a maneira como Isabella olhava para Brandon. — Tentei te ligar para te falar sobre o projeto beneficente, mas você parece muito ocupado e um t
— Estou esperando você relatar. — Os olhos dele se estreitaram quando a confrontou.— A sua mãe não aprova nosso casamento e você sabe disso. Ela fará de tudo para nos colocar um contra o outro.— Não acredito que você e a minha mãe discutiram sobre o nosso casamento na livraria. Aquela discussão se estenderia por horas a fio e Emma sentiu que não deveria desperdiçar o seu tempo.— Com licença, preciso descansar. — A voz de Emma desapareceu em um sussurro.Ela deu um passo para se afastar, mas quando virou, Brandon passou o braço por sua cintura, impedindo Emma de escapar. — O que você quer? — Ela perguntou friamente.Num súbito movimento, ele a girou para si. A palma áspera de Brandon acariciou o rosto dela ao ver os seus olhos lacrimejantes. — Quero que você fale a verdade para mim. Era como se ele pudesse ver sua dor. Talvez seu jeito carinhoso fosse um de seus artifícios para conquistá-la. Ela o empurrou para longe e deu um passo para trás. — Sua mãe quer que eu saia da su
— Estou, obrigada! — Afirmou sem ter coragem de olhar no rosto dele. — Vou para a cama — disse Emma ao se pôr de pé. Brandon olhou para as costas da mulher enquanto ela caminhava com a cabeça baixa. Ele voltou a atenção para o livro “Pense e Enriqueça”, de Napoleon Hill. Havia pegado o livro na antiga coleção de seu pai há alguns anos, mas estava lendo há dois dias. Brandon concentrou-se numa citação onde Hill fala sobre uma aliança amigável com uma ou mais pessoas que incentivava a seguir com seu plano e propósito. Após ler este trecho, ele fechou o livro e acariciou a mandíbula quadrada, pensando que não havia pessoa mais perfeita do que Emma. Ela era inteligente e tinha perfil de liderança. Emma sempre foi proativa em assumir o controle de sua vida e nunca deixou que outra pessoa tomasse decisões por ela. Mesmo que tivesse problemas, sempre seguia em frente com um plano e um objetivo em mente. Perdido em pensamentos, Brandon lembrou-se do dia em que ajudou Emma a se mudar para s