Já passam 5 meses desde a tortura que Aleksei me fez passar. Foi naquela noite em que chorei as minhas últimas lágrimas, a última em que me permiti ser frágil e a última tentativa de conquistar o impossível. Eu não faço mais nada para melhorar o nosso relacionamento e, sinceramente, isso mantém a minha saúde psicológica estável. Alguns dizem que me tornei mais fria, mas, para a minha melhor amiga, tornei-me uma pessoa mais responsável. Estou sentada à mesa com o meu marido. O silêncio era tenso, mas não durou muito. — Sempre tão quieta... — disse Aleksei, sua voz carregada de sarcasmo enquanto mexia no café. — Parece que agora nem se dá o trabalho de fingir que se importa. Olhei para ele, sem expressar nenhuma emoção. — Talvez porque eu realmente não me importe — retruquei friamente, voltando a atenção para o meu prato. Aleksei bufou, um som curto, antes de balançar a cabeça. — Você é mesmo inacreditável. Senta aqui, age como uma rainha intocável, mas esquece que tudo isso... —
ANOS ANTES:_Vamos, Elisa! Vai ser legal, por favor._Você sabe que o meu pai nunca vai me permitir sair, não é?_Quem disse que a gente precisa falar para ele?_O que você está a planear?_Esteja pronta às 6 e não se discute mais!Lúcia sai da cama e caminha em direção à porta. Abre-a e fica parada, olhando para Elisa, que ainda está deitada._Não se esqueça, usa aquele vestido que eu te dei. Beijinhos._ Ela faz gestos de beijos e sai, trancando a porta.Elisa joga-se na cama, olha para o teto, puxa as suas cobertas e acaba por adormecer.Pouco tempo depois, dona Joana, tia de Elisa, uma senhora de 36 anos, bate à porta e entra, segurando uma bandeja com comida.Ela deixa a comida na mesa de cabeceira e abana um pouco Elisa._Elisa, meu amor, levanta. Levanta que a tia fez um pouco de comida para ti. Tu não desceste para almoçar, então levanta, meu amor._Uhh... Tia... Não precisava.Elisa espreguiça-se, levanta e abraça a tia antes de continuar:_Não precisava mesmo se dar ao trabal
MOMENTOS ACTUAIS: Elisa Abre a porta do banheiro com a toalha cobrindo seu corpo e outra amarrada em seu cabelo. Mas logo se assusta com a figura a sua Frente. _ Aleksei?... O que você está fazendo aqui? _Porquê? Eu não deveria Estar aqui? _ Não... Eh.. Não é isso. Apenas estou surpresa por você estar aqui. Normalmente você avisa quando vem. Ele se aproxima dela e a pega pela cintura e lhe dá beijos e chupões no pescoço, traçando um caminho até a sua orelha, causando arrepios no corpo de Elisa. _ Você é minha!! E eu venho quando eu quiser para te ver, entendeu? _ Ele sussura em seu ouvido. Ele tira a toalha e desliza as suas mãos pelo corpo de Elisa, ela tenta protestar, mas sua voz se perdeu e um suspiro involuntário. Aleksei passou a sua mão direta em um dos seus seios, enquanto a outra a mantinha mais perto dele. Seu toque era possessivo, como se quisesse marcar o corpo dela. _ Minha...!_ Ele diz enquanto ainda dá chupões em seu pescoço. Ele a j**a na cama e os dois se perd
_Eu não acredito que esse desgraçado foi capaz de fazer isso com você.Mia estava andando de um lado para o outro, nervosa. Ela estava nervosa e, ao mesmo tempo, sentindo pena de mim. Eu sei que não era necessariamente pena, mas o olhar dela me fez sentir infeliz por estar nessa situação.Estamos no hospital. Ela me arrastou para cá logo que viu a minha situação. Depois que eu não respondi às diversas mensagens que ela havia mandado, ela veio até a minha casa e me encontrou em um estado deplorável.Nem mesmo as empregadas puderam me ajudar, pois têm ordens de não me ajudar.Mas, mesmo assim, eu já não me importo._Melhor você se sentar, ou vai acabar criando um buraco aqui.Dou um meio sorriso só para aliviar a tensão.Ela finalmente se senta e me olha com aquele olhar de repreensão. Ela sabe sobre a minha vida. Apesar de ser uma pessoa comum, que não está ligada à máfia, ela não me julga e nem me tratou diferente._Por que você não pede ajuda aos seus pais? Talvez eles deem um jeito
O galpão era frio e úmido, o tipo de lugar onde onde eu gosto de torturar os meus inimigos, eles me temem pois sabem o quão psicopata eu sou. Construí o meu império para que meus inimigos me temessem, para que antes dos meus aliados tentarem me trair, saibam que o inferno os esperam. Eu sou o inferno deles, e é a mim que todos devem temer. As paredes de concreto estavam manchadas pelo tempo, pelas diversas vidas de infelizes que tiveram o azar de cruzar o meu caminho. O cheiro de sangue me faz me sentir em casa, meu lugar. Eu nasce para matar.Eu estava encostado em uma das colunas de metal, com um cigarro aceso entre os dedos. A brasa queimava devagar, iluminando brevemente o meu rosto sempre que eu tragava. À minha frente, o centro do galpão, onde Dimitri estava amarrado nas correntes, suas mãos estão amarradas acima da sua cabeça, o deixando a poucos metros do chão, e os pés estavam também amarrados. Ele tremia, mas tentava manter a cabeça erguida. Apesar de estar aqui a três dias
Logo que Aleksei saiu, corri para o meu quarto e arrumei uma pequena mala com algumas coisas que eu sabia que iria precisar: algumas roupas, sapatos e outros itens essenciais. Depois de tudo pronto, me joguei na cama, tentando acalmar os pensamentos que me sufocavam. O sono veio lentamente, como um alívio temporário para o turbilhão que se formava dentro de mim.Acordei antes do amanhecer, ainda pensando em como vai ser reencontrar os meus pais. Sabia que não precisava me despedir de ninguém além da Mia. Para a minha sorte, Aleksei tinha dado ordens para que seus homens me deixassem ir sem questionamentos. Peguei minha mala, desci as escadas da mansão em silêncio e saí quando ainda era madrugada.O carro me levou ao aeroporto, e o voo para Nova York foi longo. Passei as horas olhando pela janela, tentando ensaiar mentalmente como seria encontrar minha família depois de três anos. Mas o verdadeiro desafio seria outro: convencer meus pais de que meu casamento estava bem, quando, na verd
Voltei para a casa dos meus pais quando já era noite. Assim que entrei na sala, encontrei meus pais... e a pessoa que eu menos esperava ver ali.— Aleksei...? O que você está fazendo aqui?Ele se levantou, fixando em mim um olhar severo, mas, ao mesmo tempo, mascarado por uma calma que ele nunca demonstrou ter comigo.— Como assim "o que estou fazendo aqui"? Vim acompanhar a minha esposa. — Ele disse, estendendo a mão em minha direção.Hesitei em segurá-la, mas meu corpo, traidor, já havia sido seduzido pelo homem do qual eu deveria fugir para não quebrar ainda mais os cacos do meu coração partido. Caminhei lentamente até ele, estendi minha mão e, no instante em que nossos dedos se tocaram, um arrepio percorreu meu corpo, fazendo os pelos da minha nuca se levantarem. Ele me puxou para o seu lado e envolveu sua mão firme em minha cintura.Eu sei, eu sei que a água não se transforma em vinho da noite para o dia, mas, naquele momento, deixei que ele me fizesse sentir amada, mesmo que fos
Merda, merda, merda. Praguejo enquanto puxo meus cabelos com tanta força que sinto a dor irradiar pelo couro cabeludo, mas isso não importa agora. Essa dor física é insignificante comparada à humilhação que acabei de sofrer.Traidores. Malditos traidores. Pensam que podem me afrontar, brincar comigo como se eu fosse um amador. Eu? Que construí tudo isso com sangue e suor? Não. Não vou permitir.Fui idiota ao deixar Dimitri se aproximar demais. Eu deveria ter visto os sinais. Mas agora não importa. Quem quer que esteja por trás disso... vai pagar caro. Eu vou esfolá-lo vivo e fazê-lo assistir enquanto destruo tudo o que ele ama.A sala está silenciosa, exceto pelo som do relógio na parede. Meus homens estão tensos, me observando de canto, como se tivessem medo de respirar alto demais. Eles sabem que minha paciência está no limite, e não é prudente provocar minha ira.— O que descobriram desses desgraçados? — pergunto, minha voz baixa, mas carregada de ameaça.Um dos meus subordinados,