Matheus
Rian estava irritado.
Ok, eu sei que isso não parece uma informação útil porque Rian passava 90% do tempo dele irritado. Mas, ele real estava irritado.
[Rian]
Você vai msm, n é???
Diz q sim
Você tem que ir
[Matheus]
Amor
Eu já to aq
Guardei o celular tentando me focar ao meu redor porque era tensão demais numa só ida ao cinema.
Eloá estava aqui e Pedro estava praticamente se escondendo atrás de Samantha. Juan já tinha chegado e estávamos esperando apenas Simone, Alexia e Rian. Ele ficou duas semanas sem sair e o pai dele decidiu que ele tinha de sair com a Alexia hoje.
Se eu fosse mais corajoso, provavelmente conversaria com o Felipe sobre o quão m&aacut
RianTem algo no humor dos filmes da Marvel que realmente me incomoda. Sei lá, eu acho que exageram na comédia na maioria dos filmes e muitas vezes em momentos que realmente não deviam ter comédia.Mas... Homem-Aranha Longe de Casa até que foi legal.Não foi perfeito, teve alguns momentos meio forçados, mas... Eu até gostei.Claro, teve muita coisa que eu não entendi porque apesar dos esforços do Matheus, eu não vi todos os filmes, então... Mas, deu para entender o suficiente. De vez em quando, nesses dois meses passados, Matheus me convencia a ver algum dos filmes de alguma das fases. A maioria era só tão entediante...Joguei a minha latinha de refrigerante no lixo enquanto saía do cinema e entrelacei o braço com o do Matheus, bocejando. Ele estava conversando com a Samantha e com a amiga da Alexia de que eu n&a
MatheusEram onze e pouca da noite quando me levantei para fazer pipoca. Minha mãe chegou do trabalho uns instantes depois, quando eu tinha acabado de tirar a pipoca do fogo.– Coloca manteiga. – ela pediu bocejando e tirando os sapatos.– Ok.– Vou tomar banho.– Ok. – sorri, pegando outra tigela.Coloquei metade da pipoca para minha mãe e metade para mim. Derreti manteiga para parte dela e coloquei Sazon no meu.Levei as tigelas de pipoca para o quarto da minha mãe e liguei a TV no canal de realitys de cozinha, porque ela gostava. Provavelmente ela estaria dormindo antes dos primeiros vinte minutos do episódio, mas... Acho que cada minuto conta, não é? Peguei um travesseiro para mim e me encostei contendo um bocejo enquanto pegava o celular.[Matheus]Você tá bem?&
RianA primeira psicóloga... Não deu certo. Ela era legal, mas não consegui confiar nela, não me pergunte porque, não sei.A segunda também não deu certo. Ela era homofóbica e eu basicamente sai da sessão xingando ela de tudo que era nome e mais tarde meu pai teve que vir falar comigo porque eu não conseguia parar de chorar de raiva. Então passamos um tempo de qualidade xingando preconceituosos no geral. Vivos ou mortos.O terceiro, Tales... Bom, estava dando certo. Tivemos que pesquisar em outros sites para encontrar ele.Ele tinha cabelos crespos e uma pele negra muito escura e muito bronzeada, tive vontade de perguntar se ele tinha uma casa na praia, mas não perguntei. Seus olhos eram castanhos bem redondos e o sorriso no rosto que não parecia sumir por completo nem quando fazia careta. Tales tinha sessenta e poucos anos, usava uma alian
MatheusEu sei que mirantes são altos. Mas, não sabia que eram tão altos.Rian e Davi trocavam sinais rápidos antes de fotografarem, acho que estavam conversando sobre ângulo, luz e... Essas coisas de fotografia. Os dois riam enquanto tiravam fotos e passavam instruções de pose. Paula não pôde vir, parecia que ela tinha um ensaio importante, então éramos só nós e a Sabrina.Davi não estava muito animado hoje, mas foi ficando conforme ia tirando fotos. Rian explicou que ele estava triste por causa da progressão da surdez. Sabrina parecia preocupada com o namorado e eu conseguia entender porque, mesmo sorridente, Davi parecia abatido.“Mais pra trás.” – Rian pediu.Arregalei os olhos, enquanto dava dois passos hesitantes para trás, tentando manter distância do guarda-corpo.&ldqu
RianEu não sei bem como aquilo aconteceu.Sei lá. Foi meio que automático.Puxaram o cabelo do meu namorado e minha reação imediata foi um soco.A minha segunda reação foi correr.E a última foi ter que descer do ônibus porque estava quase vomitando porque meu cérebro ficava me instigando com paranoias de que aquele garoto estava vindo atrás de mim para me fazer de saco de pancadas e isso me deixou enjoado. Eu não cheguei a vomitar, mas tremi muito.Além disso, minha mão estava doendo.Suspirei tirando os sapatos quando entrei na casa do Matheus e me encostando contra a mesa da cozinha, deixei minha mochila no chão.“Você tá bem mesmo?”“Sim.” – forcei um sorriso. – “Foi só um mal-estar.”“Mesmo?”Co
Matheus Apesar de já estar tarde, decidi lavar o cabelo porque fazia... Bom... Sei lá quanto tempo que eu não lavava.Respirei fundo aproveitando a água quente e tentando imaginar a cara dos meus sogros quando soubessem que eu tinha socado o meu namorado. Meu Deus, eu tava tão morto. E apesar de isso provavelmente ter desencadeado minha morte, foi legal ter o Rian me ensinando. Sei lá. Sorri lembrando dele dando um soco no André. Aquilo foi realmente incrível.Fechei os olhos sentindo meus ombros doerem novamente. Será que se eu pedisse com jeitinho meu namorado aceitava me fazer uma massagem? Não pude evitar rir, ciente que poderíamos ir bem além de massagens sem qualquer preocupação. Respirei fundo tirando o shampoo do cabelo e massageando as mechas para ficarem bem macias.Estava cansado do dia e com dor nas costas, mas nad
RianO primeiro dia de aula foi assustador. Não tinha um motivo exato para ser assustador, mas foi. Não teve um instante em que eu não tivesse querido voltar para casa.Mas, a pior parte foi ficar no fogo cruzado entre Fernando e Marcelo. Existem poucas coisas piores do que ficar entre a briga do seu ex-namorado com o atual dele.Tinha tomado o remédio para a ansiedade hoje porque meu pai me convenceu a pelo menos esperar passar os dias do corpo se acostumando a química antes de decidir que o remédio não me fazia bem. E aquele remédio realmente me deixava avoado.Escondi o rosto nas mãos enquanto a luz que anunciava o intervalo acendia e apagava, irritando minha vista. Senti um toque no braço e me afastei imediatamente, reconhecendo.Respirei fundo antes de erguer os olhos.“Tá tudo bem?” – Marcelo perguntou me olhando de
MatheusApós três dias de suspensão, fiquei mais dois dias em casa, com medo de ir para escola. Pedro veio ficar comigo, disse que não estava no clima de volta às aulas ainda.– Faltar à primeira semana de aulas nunca matou ninguém. – ele disse, mexendo no celular, jogado na minha cama.Revirei os olhos me sentando no chão e pegando meu celular para ver as horas.Sete da noite.– Então... – Pedro ergueu os olhos do aparelho e se sentou na beira da cama. – Eu soube que a Cássia não levou suspensão por cortar seu cabelo.– É, Samantha me contou. – murmurei, desconfiado por ele estar puxando esse assunto do nada. – Eu não devia ter pulado nela.– É, bater em mulheres é bem errado, mas acho que no contexto de humilhações diárias e