Parte 3AlessandroHoje o dia está até mais bonito depois da chuva de ontem à noite. Emma estava em uma entrevista para um trabalho em uma das clínicas que ela havia me falado. Comprou um jornal que é apenas de anúncios de emprego, de oferta e de procura e conseguiu marcar duas entrevistas para hoje. Uma delas nessa clínica de odontologia.Ela me deu o endereço e estou aqui fora esperando que saia. O lugar até que é bonito, um prédio moderno e apenas para profissionais médicos. O bairro é perto do centro e tem transporte de fácil acesso. Mas ainda assim, acho que eu tenho uma ideia melhor para ela.Depois de uns vinte minutos eu a vejo saindo pelo portão de ferro e para na calçada, olhando de um lado para outro. Saio do carro e aceno para que ela me veja aqui do outro lado. Ela sorri e atravessa a rua sem olhar.— Emma... – eu dou um grito e estendo a mão para que ela fique onde está e um carro passa rápido, quase colado a ela — Pelo amor de Deus, mulher...— Nossa, eu nem vi o carro
Parte 4EmmaEu não sei onde foi parar meu juízo, desde que comecei a me envolver com Alessandro. Não tinha intenção de começar um romance aqui, ainda mais depois de ter ficado magoada com a traição de meu ex. Eu até queria ter alguém para construir algo de bom, mas isso era para daqui a uns dois anos.Eu estava querendo viver coisas diferentes, conhecer pessoas e lugares novos. Talvez um sexo casual de vez em quando para não ficar maluca, ressentida demais, mas aí ele cruzou o meu caminho naquela noite.E não sei se ele tem mesmo algo de especial ou se eu estou carente de carinho, após ficar longe de tudo o que eu conhecia, de amigos, de família.— Emma... Olha pra mim – ele segura meu queixo — Onde você está?— Aqui... – eu sorrio.Volto a beijá-lo. Alessandro tem um
Parte 5EmmaEstamos deitados na cama, atravessados. Alessandro ainda está dentro de mim, mas agora está relaxado. Tivemos um clímax incrível e agora estamos apenas relaxando, abraçados.— Eu tenho que tomar um banho para ir à entrevista – digo e respiro fundo, alisando suas costas com as unhas.— Tudo bem – ele levanta o corpo e se apoia nos cotovelos — Aqui tem alguns banheiros – me dá um beijo lento e calmo dessa vez.— Preciso de toalha para meu cabelo. Não posso chegar com o cabelo molhado, com cara de quem acabou de transar.— E por que não? – ele ri e sai e dentro de mim dessa vez — Estamos na Itália, paixão... Aqui sempre queremos sexo.Nossa, essa declaração é um tanto estranha pra mim. Levanto e vou até o corredor, recolher minhas roupas que ficaram
Parte 6AlessandroAproveitando que a Emma está se preparando para conhecer minha família, voltei ao nosso escritório no centro. O mesmo que eu usei de desculpa para ela, quando me perguntou em que eu trabalho.Como ela não é daqui, é muito difícil que saiba exatamente quem eu sou, a não ser que tivesse se envolvido com alguém que tivesse noção do nome de minha família. Nem mesmo os locais sabem, só uma pequena parte da população tem ideia de nosso tipo de negócio.E Victor ajuda muito a manter o disfarce de empresários comuns, já que ele cuida de outra parte por onde entra a grana, que realmente é de acordo com as regras. Por enquanto eu não quero contar a ela que faço parte de uma família antiga de mafiosos e que tenho chance no futuro, de ser um dos chefes maiores, assim como é o Enzo hoje.Ela já está curiosa novamente sobre com o que eu trabalho. O modo como a conheci deixa muita suspeita, eu sei, mas ainda acho cedo para isso.— Alessandro, os arquivos que você havia pedido sobr
Parte 7Alessandro— Mas como assim, você não disse a ela o que faz, Alessandro? – Victor me questionou. Estamos na outra sala, aproveitando para tomar uma bebida antes do jantar. Agora os dois já podem beber de novo.— Porque eu não acho que devo falar agora – encolhi os ombros e girei o gelo no copo, com o dedo — Depois eu falo, está bem?— E se ela descobrir? – ele continuou.— E como ela iria descobrir, Victor? – abri os braços e fiz uma careta — Tem pouco tempo que ela chegou ao país. Estava viajando como turista e depois começou a estudar... Ela não vai ficar olhando os jornais em busca de matérias sobre a máfia italiana atualmente.Enzo deu uma risada alta e concordou comigo.— Verdade, Victor. Você é muito exagerado – ele disse — E além do mais, conhecendo o Alessandro, duvido que esse namoro chegue a seis meses. É só empolgação.— Vai à merda, Enzo – torci a boca — Eu gosto mesmo dela... Sei lá... Desde que a vi no fundo daquela lanchonete, algo me bateu diferente.— Exatamen
Parte 8 Isabela — O que achou dela, amore? – Enzo me perguntou. Estamos na biblioteca. Enzo veio atender a uma chamada e me puxou pela mão junto. Ele sentou na cadeira alta e eu sentei na mesa ao lado dele, esperando. — Assim de início eu gostei dela. É muito bonita, é tranquila... Acho que estava com vergonha no começo, mas depois se soltou e acho que gostou do jantar. Sua mãe arrasou, como sempre. — Eu também achei que ela parece ser uma boa pessoa – ele levantou — E vai ser um milagre que ela aguente Alessandro por muito tempo. — Não seja crítico assim – eu sorri e o puxei para mim, abrindo as pernas e passei os braços por seu pescoço — Seu irmão é só um pouco diferente de vocês, ele é mais novo. — Sei... E isso justifica? — Não, mas explica – eu ri baixinho — Você fechou a porta de chave? — É claro – ele ri, segura minha nuca e me beija. — Já comecei a organizar nossa viagem – eu enfie
Parte 1 Lívia Eu nunca viajei de avião e sendo essa minha primeira vez, estou muito animada e mais ainda com nosso destino. Só agora, no meio do voo, que Victor me revelou para onde nós estamos indo. Paris! A cidade luz. Isso é incrível pra mim. Eu nunca pensei que um dia estaria em um local como esse, que eu só via nos filmes. Acho incrível mesmo que eu tenha essa oportunidade. Estou muito empolgada e mais ainda, porque eu sei que essa viagem é para nós, para que a gente possa ter nossa primeira vez de verdade. O avião aterrissou suavemente no aeroporto Charles de Gaulle e após um momento necessário, a porta foi aberta. Victor me deu a mão para nós descermos. Quando cheguei à porta aberta, vi o céu lindo, tingido de dourado. Abri um sorriso enorme e ele me ajudou a descer a escadinha até pisar no solo francês pela primeira vez na minha vida. — Seja bem-vinda, querida! – ele beija minha mão. Já de cara eu
Parte 2 Victor Estamos a três dias em Paris e cada minuto está sendo maravilhoso ao lado dela. Lívia me faz muito bem, me acalma e me dá muita atenção. Eu gosto do modo como ela está feliz e deslumbrada com a viagem. Foi por isso mesmo que eu escolhi Paris para nossa primeira vez. É como se fosse nossa lua de mel, ainda que casamento não foi um assunto que surgiu entre nós. Estamos tendo momentos encantadores, dentro e fora da cama. Lícia é bem curiosa com relação aos pontos turísticos mais famosos e por isso eu escolhi leva-la até a Catedral de Notre-Dame. Tenho certeza de que ela irá amar o lugar. — Sério? – ela me pergunta ao sair do banheiro, animada, segurando a escova de dentes — Vamos visitar Notre-Dame? – ela dá uns pulinhos e eu começo a rir — Vamos, vamos... Eu vou adorar, tenho certeza. — Eu já sabia disso – respondi rindo e caí em cima da cama quando ela se jogou sobre mim, cheia de animação — Será nosso último passe