Parte 6AlessandroEu estava dirigindo concentrado em meus pensamentos. Stênio está ao meu lado, observando tudo em volta e atrás tenho dois seguranças. Eu gosto de dirigir e hoje foi um desses dias.Me aproximei do sinal vermelho e diminuí a velocidade, olhando para a frente. Parei o carro e meu celular vibrou, então baixei a vista e logo levei um tapa no braço. Olhei de cara feia para Stênio.— Ficou doido, Stênio?— Olha... Olha pra frente – ele apontava sem parar.Eu franzi a testa e olhei para a frente. Senti meu coração bater mais forte. Era ela. Emma. Eu não podia perder mais essa oportunidade. Abri a porta do carro e saí correndo. Stênio que se virasse para corrigir isso, alguns carros já buzinavam atrás.Ela estava perto. Dei uma corridinha e consegui chegar até ela, que tinha parado para ver uma vitrine. Toquei seu ombro de leve e ela se virou. Adorei que ela abriu um grande sorriso ao me ver.— Alessandro!— Oi, Emma – eu sorri também — Queria muito te ver.Ela franziu a te
Parte 7 Emma Eu devo estar doida de ficar aqui com ele, sozinha. Eu só o vi duas vezes e ele nem mesmo me ligou como tinha prometido. Mas é difícil resistir ao charme dele. Alessandro é um homem muito bonito. Apesar de estar atraída por ele, fico com receio. Ainda tem muita coisa que eu não aprendi, desde que cheguei aqui. Vim do Brasil para estudar, fugindo de uma vida complicada e que já não estava me agradando tanto. Eu sentia que precisava me mudar e foi o que fiz, depois de pegar um empréstimo que nem mesmo comecei a pagar ainda. Os homens aqui são tão machistas quanto os brasileiros, mas o jeito deles é diferente. Tenho que ter cuidado porque isso engana muito. Já notei em algumas conversas com colegas da faculdade, que muitas vezes eles disfarçam esse machismo em forma de proteção. Conversamos enquanto provava as comidas que ele escolheu e realmente, novas delícias que eu ainda não conhecia. Também eu não posso ficar apen
Parte 8EmmaEstou chocada comigo mesma. Eu nunca fui impulsiva dessa forma, mas não vou ficar analisando meu comportamento agora. Depois eu penso se fiz uma merda ou não. Voltamos a nos beijar e as roupas foram se afastando. Fiquei tímida no começo, mas quando vi seu sorriso ao olhar meu corpo, voltei a ficar confiante. Eu sou mesmo assim, sem regra de comportamento. Vai de acordo com o que estou sentindo no momento.Porém, quando ele se livra da cueca e sua ereção pula na minha frente, eu engulo em seco ao ver que ele é grande. Talvez demais pra mim. Eu já transei antes, mas não tenho tanta experiência e faz muito tempo desde a última vez.— Não se preocupe, bela – ele ri e rasga a embalagem da camisinha com os dentes — Vai caber certinho em você.Eu não posso deixar de rir, olhando enquanto ele veste a prote&cced
Parte 1...Isabela— Mas eu pensei que você estava com raiva, Enzo – reclamei, deitada ao lado dele, depois de saber que ele apenas estava se sentindo um fraco porque não me protegeu como queria — Poderia ter me dito isso antes.— Mas acontece que você pegou no meu ego, mulher – ele disse erguendo as sobrancelhas e eu ri — Você era uma bobinha que saiu de um convento e estava trocando tiro com uma maluca que faz isso desde que estava no berço – ele gesticulou para o alto.— Eu ainda sou bobinha – comecei a rir e o abracei — Eu só estava defendendo minha família.— Que era minha função e não sua – ele disse meio magoado — Eu não queria me livrar dela de imediato, já tinha acertado com o novo grupo de apoiadores sobre isso, Isabela... Mas você, me desobedecendo, tinha que da
Parte 2EnzoAté que a casa estava mais silenciosa. Eu tinha tirado mais um cochilo e me sinto bem melhor. A cada dia fico mais forte. Meus ferimentos não foram graves, mas me incomodaram muito. Com a ajuda de Tales e os medicamentos, acho que nem mesmo irei ficar com cicatrizes nos pontos atingidos.Meu celular vibra e estico o braço para pegar o aparelho em cima do móvel ao lado da cama. Isabela não está. Deve ter ido ajudar minha mãe em algo. Atendi com voz grave.— Pronto! – ajeitei o travesseiro e me deitei de novo.— Enzo, peço desculpas por incomodar você... Aqui é Franco.Pelo sotaque eu já fazia ideia de que seria ele. Franco tem a fala arrastada e costuma usar palavras muito velhas, típicas de sua região.— Adiante, Franco... Pode falar.— Enzo, é uma questão delicada e qu
Parte 3IsabelaO sol do meio da tarde banha o topo do prédio de estacionamento onde a reunião foi combinada, lançando longas sombras sobre o concreto quente.Estou bem nervosa, mesmo com os seguranças ao nosso redor, observando o grupo que veio nos encontrar. Sinto uma gota de suor descer de minha nunca e percorrer minha coluna até embaixo. Está quente, mas meu nervosismo é que me faz suar.Na nossa frente, um grupo de policiais corruptos, também nervosos pelo que pude notar e inquietos, nos encaram, tentando causar medo, mas não estão conseguindo. Pelo menos não com minha sogra Yelena e seus capangas que a protegem com a vida se for necessário.Yelena é altiva, elegante e fala com confiança, sempre encarando os homens e dizendo verdades em suas caras que eles não podem retrucar. São homens que estão traindo seu juramento de cuidar do povo, recebendo para fazer vista grossa para os negócios não apenas da família, como de outros grupos mafiosos que dominam a região da Sicília.Depois
Parte 4 Enzo — Eu não acredito que você fez isso, bela – sorri e apertei seu rosto entre as mãos — Começo a desconfiar que você foi possuída por um espírito antigo de minha bisavô. — Ai, Deus me livre! – ela fez o sinal da cruz e todos riram. — Pois é... Nossa bisavô tinha a fama de ser doce, calminha e quando ela estourava, era um Deus nos acuda na família – Victor disse rindo — Mais uma vez você surpreende, cunhada – ele fez um gesto de aprovação para Isabela. — Minha esposa está mostrando que veio para ficar – senti muito orgulho dela — Mas não quero que perca esse jeitinho particular – apontei o dedo — Ou teremos muitas brigas pela frente. — O bom disso é que vocês podem fazer sexo de reconciliação – Alessandro disse rindo. — Alessandro! – minha mãe lhe deu um tapa forte na cabeça — Tenha modos com essa sua boca grande. É de sua cunhada que você fala. — Ué... Mas ela está grávida, não está? De onde surgiu a criança? – ele abriu os braços — Sexo! Eu até ri, mas aproveitei
Parte 5 Lívia Minhas mãos vão para seu peito. Victor tem um físico muito bonito, com uma barriga tanquinho, mas sem ser exagerado. E tem três tatuagens grandes. Uma no braço esquerdo, outra no peito e a terceira nas costas. São todas antigas, como ele me disse, de quando era adolescente e cada uma tem uma representação importante para ele. Eu particularmente acho bonito tatuagens, mas sou frouxa com relação a picadas de agulha e por isso nunca fiz uma, mas tenho muita vontade de fazer. Talvez um dia eu me anime, agora que estou mudando um pouco meu pensamento. Corro a mão devagar por seu peito, sentindo a boca cheia de água pelo desejo que já despertou em mim, enquanto ele beija meu pescoço e cheira meu cabelo. Toco um de seus machucados que já começa a cicatrizar e segundo Tales, talvez um ou dois deixem cicatriz, devido o estrago na pele perfeita, mas os outros irão desaparecer por completo. Fecho os olhos e nossas mãos continuam passeando devagar, sem pressa, pelo corpo um do