Cah narrando
Acordei na cama, e com alguém me chamando. Abro os olhos e é ele sentado na minha frente.
- Você precisa comer alguma coisa. - Ele diz me olhando com a cara fechada.-Tá bom. - Digo tentando não encarar ele.- Ei,olha aqui. - Ele diz levantando a minha cabeça e o meu olhar acaba encontrando o dele. - Precisamos negociar uma coisa.- Negociar? - Respondo sem entender nada.- Aqui. - Ele me entrega uma sacola. - Os remédios do tratamento e - E eu o interrompo- Mas eu não quero colocar ela em risco. - Eu digo para ele. - E outra ... - Ele me corta bem na hora que ia dizer que eu ia morrer de qualquer geito- Se você fizer esse tratamento para garantir que você vai ficar bem até ela nascer - Ele dá uma pausa para respirar. - Eu deixo você comprar o enxoval inteiro dela, o quarto, o que for preciso, junto com a Marina.- Ele diz me olhando.- Você tá falando sério? - Eu olho para ele e ele assenteHenrique bônus - Eles chegaram Henrique. - Tuio aparece na porta dizendo. Essa visita inesperada deles não estava nos meus planos, ainda bem que a Camila não estaria por aqui.- Estou indo. - Digo me levantando da minha cadeira e indo em direção a sala de reunião do apartamento. Lá estava Marisa, Gregory, e o pai da minha Maria o Osvaldo.- Boa tarde. - Digo entrando na sala e sentando.- Boa tarde. - Eles responde.- O que devo a honra a essa visita? - Eu digo olhando para ele.- Viemos falar sobre a filha do Lucas. - Gregory fala.- Você está sendo muito mole com ela Henrique. - Marisa fala.-Eu já falei que eu só vou matar ela depois que ela tiver a criança. - Eu digo firme. E eles se entre olham. - Foi o combinado Osvaldo - Falo olhando para ele.- Eu entendo Henrique. Mas Gregory veio até mim dizendo que essa criança poderia arruinar tudo. - Ele me olha e eu olho para Gregory.- Arr
Cah narrandoEstava deitada em seu peito, ele esses últimas semanas está sendo tão legal comigo, eu preciso saber se ele mudou de idéia.- Henrique. - falo bem baixo.-Oi. - ele me responde.- Você tá acordado? -- Agora sim. - Ele me diz rindo.- Desculpa.- Pode falar . - ele me diz- Posso te perguntar uma coisa?- Pode. - Ele me fala e solto a minha respiração.- Você ainda vai me matar quando ela nascer? - Eu pergunto com um fio de esperança que ele diga que não, que tudo isso que estamos vivendo agora tenha feito ele mudar de idéia , mas eu entendi. - Será que eu posso pelo menos conhecer ela antes de você me matar?Eu pergunto agora deixando as lágrimas caírem, e o seu silêncio novamente é a minha resposta, o Cafune que ele estava fazendo ele parou.Eu sai do seu peito e me virei de lado, me encolhi na cama, e comecei a chorar, um choro silencioso. Tudo que eu queria era poder criar a minha filha, conh
Cah narrandoHoje eu completo 25 semanas, e eu podia dizer que eu era a mulher mais feliz do mundo, mas não. Eu me sinto um lixo a cada dia que passa mais. Estou ficando cada dia mais gorda. Não tenho animo para mais nada.Só o fato de pensar que eu não vou poder ficar com a minha filha já me destrói inteira. Eu estou tentando evitar muita comunicação com todos, todos mesmo. Até com a Marina. Depois da aquela conversa com Tuio também não tive mais nenhuma. Henrique desda aquela noite está cada vez mas distante, poucas vezes dormiu no quarto novamente comigo, quem estava me levando no médico era Marina. A última vez que Henrique dormiu aqui, a camiseta dele estava com marcas de batom e o pescoço com chupão.Eu passava a maioria do tempo isolada e sozinha, ficava na sacada olhando o movimento lá em baixo e olhando a paisagem. Minha dieta estava a mesma, só coisa ruins e sem gostos. Eu queria tanto uma pizza com muito que
Cah narrando- Mana, você nunca vai me abandonar ? - Eu digo olhando para minha irmã.- Nunca. Eu prometo. - Ela disse me olhando.Lembrança offAcordo assustada fazia muito tempo que não sonhava com isso, ou muito menos me lembrava disso. Essa parte era uma parte que eu queria esquecer da minha vida, talvez se ela não tivesse me abandonado eu não teria parado aqui e nada disso tinha acontecido.Sinto Ana se mexer e isso me tirou dos meus pensamentos, sentir ela mecher é a melhor coisa que tem.Henrique entra no quarto com um cara fechada e um olhar fuzilante.- Boa noite. - Eu digo mas ele não me responde. Continua mexendo em algumas gavetas que era trancada por chave, e eu continuo ali parada.- Você está com fome? - Ele diz me olhando, e eu apenas assenti. - Então vamos comer. - Ele diz grosso. Eu não entendo essa mudança dele de humor tão rápido. Levanto da cama,
Henrique narrando- Por favor não. - Acordei com camila se revirando na cama e falando. - Não me machuca. Por favor não me machuca. -Ela estava tendo um pesadelo.- Ei! Camila, acorda. - Balanço ela que acorda me olhando assustada. -Ta tudo bem, você teve apenas um pesadelo. - Eu digo passando a mão em seu rosto.-Foi horrivel. - Ela diz abaixando a cabeça. - Eu estava nesse pesadelo? - Eu digo perguntando e levantando sua cabeça e o seu olhar encontra o meu, eu consigo ver o medo em seus olhos. -Estava? - Eu digo calmo. - Estava. - Ela susurra. - Está tudo bem. -Eu digo levantando e pegando um copo de água para ela.- Obrigada. - Ela diz pegando o copo de água e tomando. Ela me olhava ainda assustada e aquilo me fazia sentir a pior pessoa do mundo.Ela era a minha paz, e eu tinha que fazer de tudo para que esse plano desse certo. - Eu já volto. - Digo para ela e saio em direção ao quarto, já era 3h d
Cah narrandoHoje completo 30 semanas e a cada dia que passa minha gravidez fica mais cansativa, os enjoos e as tonturas que eram para diminuir, só aumentam, pelo menos os meus exames estão tudo ok e a minha Leucemia não tinha aumentado em nada, pelo ao contrário, tinha até diminuido um pouco. A Ana Vitória estava bem, e e estava crescendo bastante, e isso estava pesando muito a minha barriga. Eu tentava pensar o menos possivel no que iria acontecer no dia do parto, porque isso me agoniava de mais, e acabava me fazendo muito mal, eu tentava mentir para mim mesmo que talvez aquilo não podia acontencer.Hoje iriamos para outra casa, iriamos sair do apartamento e iriamos para uma cidade pequena no interior da França, a onde era uma casa maior e segundos eles seria mais seguro por agora.- Vamos Camila -Marina diz entrando . - Vamos. - Digo a seguindo, descemos até os carros, e entramos.Dessa vez eles não trancaram cinto
Cah narrandoAcordo mas ele não estava no quarto, levanto, tomo um banho e visto um vestido, minha barriga estava enorme.Vou até a sala de jantar e eles estavam todos ali tomando café quando me vêem todos me cumprimentam. - Bom dia - Cumprimento todos, e dou um sorriso meio forçado. Ainda era estranho sentar no meio deles assim, depois de tudo que eu passei, das noites de torturas, de tudo , de todo o mal, ainda era dificil me acostumar com a presença de todos como se fosse algo normal. - Como você acordou hoje? - Marina pergunta - Melhor. - Respondo ela que sorri para mim e eu sorrio de volta.- Você vai explodir Camila daqui a pouco. -Diogo diz me fazendo rir.- Nem me fala. - Eu digo não querendo muito papo, e eles percebem isso, que eu não me sinto muito a vontade perto de todos eles.-Olha Camila - Diogo diz e eu olho para ele e bebo um pouco do meu iorgut. - Você vai ter que conversar mais com nós -Ele d
Cah narrandoEu estava andando pelo jardim e pensando que Ana hoje estava mais calma. Jardins me traziam muita paz por causa da minha irmã, ela sempre me trazia para caminhar todos os dias no jardins da nossa casa que também era enorme e lindo. Sempre que eu tinha qualquer problema eu sempre corria para os jardins.Estava tudo muito estranho, e acontecendo tudo muito rápido, essa mudança do Henrique e de todos me assustava de mais, eu não sei quando eles falam a verdade e quando estão apenas fingindo. Eu estava tentando me manter mais calma possivel no meio dessa situação toda por Ana, mas tudo que eu queria era sumir da aqui.-Você ta ai -Henrique diz chegando perto -Estava te procurando. -Ele fala sorrindo.-Oi -Eu digo respondendo ele e ele me da um selinho. Eu estava confusa com o meu sentimento por ele, como eu disse para ele, eu o amava e ao mesmo tempo sentia muito medo de estar com ele.Talvez esse amor que eu digo senti