Madiosn Ward Acordo desorientada sem saber me situar, quando abro os olhos me deparo com um quarto totalmente branco e eu deitada em uma cama hospitalar. — Como se sente? — Procuro o dono da voz, e encontro Owen parado ao meu lado. Me sento na cama ainda confusa em meus próprios pensamentos. Oh meu Deus! Coloco as mãos na boca pra abafar o choro porque aos poucos as palavras do médico invadem minha mente. LeucemiaCâncer— Foi um sonho não foi? — Pergunto o encarando sentindo a esperança de que tudo aquilo não passasse de um mal entendido ou um infeliz pesadelo — por favor Owen, me diz que aquela conversa com o médico nunca aconteceu, que a minha menininha vai ficar bem e vai pra casa comigo hoje mesmo. Quando o vejo tentar balbuciar algumas palavras eu desabo, Deus não pode fazer isso. Ela é só uma criança, praticamente um bebê ainda, ela ainda não viveu o suficiente, eu juro que se eu pudesse me colocaria no lugar dela e arrancaria qualquer coisa que a fizesse mal. Depois de
Madison Ward Estou prestes a ter uma síncope, sinto que meu corpo está dormente e da minha mente já não se fala. Olho para minha filha que está deitada na cama dormindo, tão serena alheia a tudo o que está a sua volta. Sua inocência aparente. E mesmo em meio a toda essa turbulência ela me garantiu que não vai ficar doente para sempre, que logo logo ela vai se curar ela chegou a dizer que sonhou que brincava com o irmãozinho que vou dar pra ela. Minha filha sempre foi fantasiosa. Com a ajuda da mão eu abafo meu choro porque não quero acorda-la, sem contar que odeio que ela me veja chorando. De repente alguém abre a porta e tento segurar o choro. Meus pais entram em silêncio, meu pai apesar de ter passado recentemente por uma cirurgia parece bem. E como sempre teima em desobedecer as recomendações médicas. — Fica calma querida. Tudo vai se resolver. Você vai ver que daqui a alguns meses tudo isso não vai passar de uma triste lembrança — meu pai me recebe em seu abraço. Me entre
Madison Ward Engulo em seco pela enésima vez e sinto até um desconforto ao fazer isso. Vamos lá Madison, pense no bem-estar da sua filha. Deixa de ser a porra de uma medrosa. Se você está nessa situação é por culpa sua, por ser tão manipulável e irresponsável. — Eu-eu — os dois homens me encaram ainda esperando que eu fale alguma coisa. Mas só sei gaguejar e é como se minha língua estivesse presa por uma espécie de uma cola. Tento me segurar para não chorar por causa das consequências que podem surgir através do que eu vou fazer. Então me acalmo e me sento no sofá porque sou capaz de cair dura no chão, porque estou muito trémula, não sei se é pelo nervosismo, medo ou a falta de alimentação. Ou talvez seja tudo isso. — Eu não sei se você sabe Mathew, mas a mais de sete anos atrás eu e o Owen começamos a nos envolver — vejo quando Mathew revira os olhos mas permanece em silêncio. — Ele me pediu em namoro, eu aceitei claro. Mas foi tudo no silêncio porque minha família podia não ac
Owen WardEu sinto que a qualquer momento meu coração irá explodir. Não é possível que ela tenha me escondido algo assim. Será que ela teria coragem de matar um filho meu? Será que ela tinha tanto desprezo por um simples peão que chegaria ao ponto de abortar um filho meu? — Eu já estava grávida de três meses. Eu não aceitei fazer o aborto, eu podia ser jovem e inexperiente mas jamais mataria um bebê crescendo dentro de mim. Então minha mãe me obrigou a viajar pra Europa, e a Lisa foi comigo. Foi lá que a gravidez se desenvolveu, me consultei e descobri que era uma menina. — Eu não sei se respiro a vontade depois do que ela disse, porque eu vejo que ainda não terminou seus esclarecimentos. — Continua — falo entre dentes querendo apertar o pescoço dessa mulher. Eu sinto que sou capaz de matar ela nesse exato momento. E olha que vontade de fazer isso eu sempre tive desde que me arrependi de ter me apaixonado por ela.— Quando a bebê nasceu eu fui a mulher mais feliz do mundo quando vi
Madison Ward Fecho a porta a atrás de mim depois de entrar no escritório. Eu já estive aqui uma vez, e esse lugar parece mais sombrio do que da última vez, mesmo esbanjando a decoração moderna, os toques rústicos estão marcados em cada móvel ou detalhe. E a peça chave está agora sentada na imponente poltrona me encarando feito uma águia. Assim como eu, ele parece ter tomado banho e mudou a roupa, ostentando roupas completamente pretas, como se com elas quisesse deixar alguma mensagem clara para mim. Já sei que que passamos da fase de discutir que eu não estou em vantagem de nada, eu não decido nada e que minhas palavras serão reduzidas a nada. A horas atrás ele deixou todas as opções que tenho, e em nenhuma delas eu me beneficio. — Sente-se Madison, me analisar e analisar a decoração do meu escritório não vai mudar o rumo da nossa conversa. Pare de querer manipular a situação para benefício próprio. Não vou cair mais nesse golpe — suas palavras me acertam de forma dolorosa. Talve
Owen Ward Parado na pista do hangar que construí na minha fazenda vejo meu pai descendo do helicóptero que foi o buscar no aeroporto, pra falar a verdade ter ele aqui é a última coisa que eu queria mas ele consegue ser insistente quando quer, ninguém consegue contrariar esse inglês quando mete alguma coisa na cabeça. — O ar desse lugar é uma maravilha — diz se aproximando com um sorriso enorme. Ele é um homem jovem, pra quem já é pai de um homem de trinta anos e avó de uma menina de quarto. Quando ele engravidou minha mãe tinha apenas vinte um anos, ele era recém-formado e já estava dirigindo o banco da família. Apesar de tudo ele é um homem muito descontraído e gosta de se divertir, a minha aparição foi um alívio pra ele, já que segundo o mesmo já estava cheio de administrar o banco e as empresas da família ele quase que vendia tudo pra se livrar de uma vez. Ele esqueceu até que tinha essa fazenda, sorte minha que ao avaliar cada bem, propriedade e imóvel em nome do meu pai eu perc
Owen Ward Parado na pista do hangar que construí na minha fazenda vejo meu pai descendo do helicóptero que foi o buscar no aeroporto, pra falar a verdade ter ele aqui é a última coisa que eu queria mas ele consegue ser insistente quando quer, ninguém consegue contrariar esse inglês quando mete alguma coisa na cabeça. — O ar desse lugar é uma maravilha — diz se aproximando com um sorriso enorme. Ele é um homem jovem, pra quem já é pai de um homem de trinta anos e avó de uma menina de quarto. Quando ele engravidou minha mãe tinha apenas vinte um anos, ele era recém-formado e já estava dirigindo o banco da família. Apesar de tudo ele é um homem muito descontraído e gosta de se divertir, a minha aparição foi um alívio pra ele, já que segundo o mesmo já estava cheio de administrar o banco e as empresas da família ele quase que vendia tudo pra se livrar de uma vez. Ele esqueceu até que tinha essa fazenda, sorte minha que ao avaliar cada bem, propriedade e imóvel em nome do meu pai eu perc
Madison Ward — Trice não Se afasta demais filha — tento chamar sua atenção mas ela está nem aí para mim, tenho medo que ela se meta nos vinhedos outra vez. Ela está concentrada demais na missão de pegar borboletas que sobrevoam o jardim extenso da fazenda. — Vem mamãe. Tem muitas boboletinhas aqui — tento acompanhar sua energia mas definitivamente já estou ficando enferrujada para correr atrás dela. Nem se parece com aquela garotinha pálida e tristinha de dias atrás. Eu sei que a vida dela agora será assim, com dias em que estará mais afoita e em outros que sequer irá conseguir levantar da cama enquanto não fizer a cirurgia de transferência da medula óssea. Só de pensar nisso eu sinto meu coração se rachar. Isso é tão angustiante. E ainda tem meu pai. Eu preciso visitá-lo. — Seus pensamentos são até visíveis daqui — me viro e vejo uma Sylvie muito elegante se aproximando, mesmo rodeada por toda essa natureza e animais ela continua se vestindo como uma advogada e como se ainda est