Rebecca finalmente havia parado de vomitar e começava a se alimentar seguindo a dieta diária das grávidas da família Cohen. Paulo a enchia de carinho e Klaus ainda se assustava ao encontrá-lo no quarto da filha ou de madrugada na cozinha sem camisa.
Clarice achava graça.As caminhadas pelo calçadão no final da tarde com Cecília a animava bastante. Mas a barriga ainda não podia ser observada. O que deixava Rebecca, de certa maneira, feliz. Podia ser namorada por um pouco mais de tempo.Quando Paulo chegou no apartamento trazendo uma bolsa com algumas coisas quando Clarice se preparava para sair com gêmeos para dar uma volta, ele encontrou Rebecca distraída tomando banho.Um sorriso travesso invadiu o seu rosto e o músico tratou de fechar a porta para não serem pegos de surpresa.- Paulo? Chegou cedo.- Cheguei no horário que combinei com a sua mãe. Você fica linda assim. Nua e debaixo do chuveiro.- Nem começa.O apartamento de Anna estava longe da calmaria habitual. Eva e Alberto haviam ido para passar o final de semana com Heitor e Olga, avós de Paulo. Queriam saber tudo sobre a gravidez. E Olga já havia tricotado vários pares de sapatinhos como se Rebecca fosse dar a luz a múltiplos bebês.- Você está tão bonita, meu bem.- Ela não está linda, vovó? - Linda! E seus olhos estão mais claros e claros. É um menino, Rebecca.- Também tenho essa impressão, Vovó. A minha mãe disse que ela sabia exatamente como éramos antes de nos ver através de exames. Meu pai não vê a hora de comprar o berço. - Mas você não vai morar aqui após o nascimento do meu neto?- Pai, nós já falamos sobre isso.- Mas este apartamento é enorme...- Pedro, não se mete! Eles vão ajeitar as coisas sozinhos. Rebecca tem dois médicos em casa. Acho muito certo ela ficar ao lado da mãe nestas horas. Eu queria ter a minha por perto.- Mas é que.
Rebecca se sentou numa cadeira de praia e ajeitou o chapéu para o sol não queimar o seu rosto. Paulo se aproximou e entregou o côco para ela beber a água gelada para se refrescar por causa do calor. As pessoas ao redor os observavam sem imaginar que ali, naquele mesmo lugar, haviam discutido muitas vezes a fazendo chorar por acreditar ser odiada quando na verdade ele morria de ciúmes da ruiva.- Não podemos ficar muito tempo. Está muito quente.- Só um pouquinho. Preciso de energia.Rebecca lembrou do dia em que Paulo perdeu a cabeça e a beijou apaixonadamente após uma discussão que tinha Cecília e duas colegas de escola como testemunha.Depois de um tempo, quase sem ar, Rebecca ficou em choque olhando para Paulo que estava em pânico por ter revelado os seus sentimentos quando sabia que ela não estava preparada para assimilar a informação. - Diga alguma coisa, Rebecca?- Eu quero ir para a casa.- Eu a levo.-
Clarice havia tomado banho e estava enrolada na toalha quando Klaus abriu a porta do quarto e a encontrou penteando os cabelos em frente ao espelho. Ele olhou rápido e desviou o olhar.- Posso pegar o meu estojo? Eu preciso fazer a barba.- Não vai usar aqui por quê? - Você está no banheiro.- Estou terminando. Algum problema com isso?- Eu não quero incomodar.- Não incomoda. Eu já terminei. Vou me vestir.- Vai sair?- Não. Só acordei um pouco enjoada. Cansada. Guilherme já foi trabalhar, Rebecca está com o Paulo, os gêmeos estão dormindo, vou procurar algo para me distrair.- Hoje eu não tenho consulta na parte da manhã. Quer dar uma volta?- Onde?- Ir à praia ou ao clube?- Não. Estou sentindo o corpo meio mole. Uma dorzinha de cabeça. - Fez o exame?- Eu não estou grávida. Pare com isso!- Você está se senti do mal desde que retornou de Londr
Klaus saiu do quarto deixando Clarice ainda deitada na cama. Os cabelos sobre o travesseiro e o corpo coberto por um vestido leve e longo de uma malha fria azul claro. Estava linda apesar do rosto preocupado e pálido. Ele viu os filhos dormindo tranquilamente e sorriu. Os gêmeos não davam a metade do trabalho que o Levy, sozinho, havia dado. Ele lembrou de alguns eventos e sorriu. Sentia saudade do filho que estava longe embora se falassem todos os dias quando a família estava reunida a noite.A gravidez de Rebecca foi bem recebida por todos e ela estava feliz após o susto. A barriga estava crescendo e já chamava atenção de todos. Paulo a cercava de cuidados e a enchia de carinho com beijinhos salpicados pelo rosto e mordidinhas nos ombros e no pescoço. Não discutiam mais e isso o deixava mais tranquilo. Às vezes dormiam no apartamento que Paulo havia comprado para eles, mas ela nunca ficava sozinha lá ou em qualquer outro lugar.De volta ao quarto, Clari
Catarina havia preparado uma bela mesa para o café da tarde e os seus pais foram os primeiros a aparecerem, transparecendo algum constrangimento quando Clarice perguntou sobre a filha.- Ah... Está com o Paulo.- Ele já chegou? Achei que só voltaria amanhã. - Como dizer...- O Paulo não viajou, Cat.- Não? - Ele nem conseguiu sair do quarto. Eu tive que bater na porta e deixar comida para eles.- Eles brigaram?- Só se foi para saber quem fica por cima...- Pedro!- O que foi? Paulo estava super preocupado em encostar nela, mas depois da última consulta a coisa mudou e eles estão maratonando o Kama Sutra. - Jesus!- Dá para ouvir os dois da sala.- Meu Deus! Coitada da Rebecca.Clarice abaixou a cabeça e riu sem poder se conter. Lembrou dela e de Klaus se pegando pela casa dos sogros após chegarem da lua de mel, deixando a sua sogra apavorada com os uivos
A conversa estava bem agitada quando Klaus e Felipe chegaram do hospital cheios de fome. Klaus estava com um grande urso nos braços para Sophia e ela correu bem animadaem sua direção. Ela estava com a boneca que havia ganho de presente de Rodrigo que se parecia muito com ela e o médico sorriu.- Rodrigo disse que eu pareço com uma boneca então preciso ter uma bonca que se pareça comigo.- Ela já tem nome?- Eu a chamo de Camila. O que acha?- É um belo nome. Onde está a sua irmã? - De romance. Eu ouvi tudo. Ela só quer ficar namorando o Paulo. Muito safadinha. Só beijinho.- Tudo bem, Sophia.Klaus olhou para Clarice e sorriu. Ela o serviu e ele foi comer com Felipe que ria do pequeno resumo enquanto ele recebia o filho de brinde em seu colo.-
O bebê no colo de Felipe já havia crescido bem e completaria um ano em breve. Catarina se envontrava cansada demais e a vida amorosa entre ela e o marido estava um pouco abalada. Ela não estava conseguido boltar a trabalhar no estúdio de música e Cecília, além da faculdade se dividia cuidando do lugar. Estava sobrecarregada sem dizer nada. Rodrigo era um menino calmo e crescido e procurava ajudar a mae no qie precisava, mas estava difícil. Ele era uma criança e a mãe era uma adulta exausta.- O que está acontecendo entre vocês? - Comprei um presente para ela e ela me acertou com a caixa do presente.- Catarina fez isso?- Ela não quer uma babá, mas se encontra cansada demais. Ela não me deixa tocá-la. - Sei bem como é isso.- Fora que ela já me culpava por tantas outras coisas... Ah, deixa para lá. - Se você ficar empurrando os problemas para debaixo do tapete os problemas não irão se resolver.- Mas é muito
Era estranho chegar a uma certa idade e se descobrir grávida pela quarta vez. Catarina estava deprimida e com medo. A gravidez de Rafael não foi fácil e o parto exaustivo e complicado. Ela precisou ficar alguns dias em observação no hospital e Felipe havia prometido sem mais filhos.O que havia acontecido foi acidente. O problema é que Felipe tinha uma mania besta de irritar Catarina ao mencionar que queria outro filho. O que era algo infantil, principalmente porque causava pânico em Catarina.- Se eu morrer a culpa será sua.- Você não vai morrer, Catarina. Vai ficar tudo bem.- Claro que vai. Eu morta e você casado com uma piranha de vinte e cinco que vai maltratar os meus filhos.- Pelo amor de Deus, Catarina. Eu nunca me casaria com ela.- Filho da puta!- Olha a boca! Rennè não vai aprovar o insulto. Olhe para mim, meu amor. Vou parar com as brincadeiras idiotas. Caramba, Catarina! Todo mundo sabe que eu sou louco p