O telefone vibrava em sua mão, e ele encarava o aparelho, sentindo-se nervoso sem sequer identificar os possíveis motivos. Em sua mente, surgiu a imagem de Elliot possivelmente decepcionado por vê-lo encontrar Harry pelas costas. Mesmo sabendo que não estava fazendo nada de errado, ele não queria magoá-lo. No entanto, ele precisava agir de acordo com suas próprias convicções. Nunca agira pensando em outra pessoa, e não começaria a ser submisso agora apenas por gostar de Elliot.Para Jonathan, era crucial manter sua individualidade e seus valores, independentemente do que alguém pudesse pensar sobre suas ações, e mesmo que estivesse em um relacionamento. Ele tinha sua própria personalidade, ideias e valores, que não seriam ignorados apenas para agradar outra pessoa. Sabia que não seria uma situação simples de contornar, mas sentia que valia a pena tentar. Ele pensou nisso como se fosse um problema em sua própria família, com um irmão ou primo que precisasse de ajuda, e imaginou que gos
É difícil entender por que coisas-ruins acontecem com pessoas boas. Talvez não exista um motivo; seja apenas o destino cuidando para que tudo aconteça da maneira que deve acontecer. Alguns acreditam em carma, outros em castigo divino. Jonathan pensava que a vida era imprevisível e que, por melhor que você seja em suas ações e com as pessoas ao seu redor, nunca pode se dar por convencido ao imaginar que nada de ruim vai atingi-lo.Seus pensamentos podem parecer macabros e pessimistas, mas era o que ele via diariamente: pessoas sofrendo após serem boas durante a vida, adoecendo e morrendo de maneira trágica, às vezes sem nem poder aproveitar tudo o que a vida pode oferecer de melhor.Ao mesmo tempo, ele acreditava firmemente que tudo o que se faz, se colhe depois, sejam ações boas ou ruins. Uma hora a conta chega. Para todos. Conversando com Harry, ele conseguiu ver de maneira clara que toda a história possui dois lados, assim como as duas faces expostas de um baralho.Era frustrante, d
Após a conversa com Harry, Jonathan correu, ansioso para chegar no apartamento quanto antes. Porém, parece que com quanto mais pressa você está, tudo se torna mais lento. Quando ele chegou na esquina, viu seu ônibus passar, e mesmo prometendo a si que não gastaria excessivamente esse mês, sua solução possível para o momento foi pedir um uber para o levar até o apartamento. E assim o fez, porém, ele foi vítima de um trânsito infernal, que o deixou preso por mais tempo do que poderia imaginar. Eles só sairiam a noite, mas ele queria estar em casa por tempo o suficiente para que pudesse se arrumar da melhor forma. Queria hidratar todo o seu corpo, tirar qualquer resquício de pelo existente, e deixar seu cabelo macio como seda. Ansioso, tentou se distrair com alguns jogos baixados em seu celular. Porém, não conseguiu se concentrar em nada do que fizesse. Por fim, ouviu seu celular tocar. Acreditando ser Elliot, ele atendeu desesperadamente, sem ao menor checar quem estava entrando em co
Eles permaneceram em silêncio por um bom tempo, sem dizer uma única palavra. Estavam completamente hipnotizados um pelo outro, a sensação aterradora que sentiram ao virem um ao outro foi paralisante, dificultando dizer uma única palavra que pudessem expressar o que sentiam.Elliot se aproximou, ainda em silêncio, observando Jonathan mais de perto. Seus dedos passearam desde sua mão, seguindo lentamente por seu braço, até chegar em seu pescoço. O toque sutil já foi o suficiente para deixá-lo arrepiado. Por fim, o mais velho alcançou sua nuca, a pressionando levemente em sua direção.Tinha vontade de esvaziar completamente aquele local, fazendo com que eles ficassem completamente a sós. Jonathan sorriu, focando seus olhos brilhantes passearem através de seus lábios brilhantes pelo gloss que os iluminava, chamando toda atenção em sua direção.“Sei que estou muito formal para a ocasião, mas não tive tempo de pegar outra roupa, desculpe." Elliot disse, mantendo os olhos completamente focad
Pouco a pouco, Elliot e Eric se soltavam na pista de dança. Mesmo seus movimentos não sendo os mais coordenados, era adorável o esforço que faziam para dar o seu melhor. Por outro lado, Jonathan e Hugo não compartilhavam da mesma falta de habilidade dos amigos, já que conseguiam combinar seus movimentos com absolutamente qualquer música que tocasse, impressionando a todos. “Existe algo em que você não seja bom?” Elliot perguntou conforme se aproximou. “Você ainda não conhece todas as minhas habilidades.” Jonathan se virou para Elliot, levando a boca em direção ao seu pescoço. A mordida que ele depositou na pele, levemente úmida pelo suor, foi o suficiente para deixar Elliot duro. “Estou ansioso para conhecer o resto.” Elliot aproveitou a pouca iluminação do local e levou discretamente a mão de Jonathan até a sua ereção. “Quero resolver isso agora mesmo.” Talvez fosse a bebida, mas nada conseguia tirar a vontade que Jonathan tinha de engolir Elliot por inteiro, nem que fosse naque
“Vamos descansar.” Elliot o segurou pelo braço, servindo de apoio para que levantasse seu corpo completamente. O acompanhou até o banheiro, retirando suas peças de roupa delicadamente.“Agora você vai me dar banho?” Jonathan não confessou, mas estava gostando da situação.“Deixe-me cuidar de você.” Elliot respondeu. Não teve dificuldade em remover suas peças de roupa, até chegar na bendita meia calça, que estava levemente apertada em suas coxas.Elliot se controlou para não o agarrar ao ver seu corpo quase completamente despido, apenas com a meia arrastão e uma cueca extremamente pequena tampando seu sexo.O corpo de Jonathan era insano.A forte luz do banheiro refletia em sua pele branca como uma porcelana. Seus músculos bem definidos estavam completamente expostos.Era absurda a beleza que Jonathan Jones carregava em si, de todas as formas.“Por que está me olhando assim?” Perguntou Jonathan ao notar a longa pausa de Elliot.“Você é muito lindo.” Disse o mais velho.“O que mais eu s
“Eu gosto de xampu com cheiro de frutas.” Jonathan espondeu, beijando seus lábios delicadamente.“Me deu fome.” Elliot continuava a cheirar o cabelo de Jonathan, ainda úmido por não secar bem enquanto dormia.“Vamos ver o que podemos fazer na cozinha.” Jonathan segurou a mão de Elliot, o guiando até o cômodo.Chegando no local, Hugo e Eric estavam posicionando pacotes de lámen na mesa.“Boa tarde.” Elliot soava envergonhado, se escondendo disfarçadamente atrás de Jonathan.“Boa tarde! Dormiram bem?” Hugo seguiu para abraçá-los. Todos os dias ao acordar abraçava Eric e Jonathan, não seria diferente com Elliot.Jonathan sorria para Eric ao olhar por cima do ombro do ruivo, imaginando o desconforto de Elliot pelo contato mais próximo.Mas o abraço de Hugo não era nada que as pessoas costumam odiar, muito pelo contrário.“Dormimos bem, sim, igual a uma pedra. Depois que te dei banho, fiquei exausto.” Disse Jonathan enquanto arrumava os chopsticks na mesa.Ao ouvi-lo, Hugo se virou com a m
Dentro do carro, Jonathan sentia seu corpo completamente relaxado ao estar em contato com o banco bege e macio do carro de Elliot. Passar o final de semana com ele ia além de todas as suas expectativas, já que quando se lembrava dos dias anteriores, sentia que mal podia expressar uma fração dos seus sentimentos devido à situação complicada em que se encontravam há alguns meses.Sensações e desejos retraídos por um bem maior, a fim de impedir uma tragédia que pudesse se alastrar por toda a mídia local, caso descobrissem que o jovem CEO da Empire, surpreendentemente, havia se envolvido com seu estagiário mais novo. Jonathan conseguia imaginar as manchetes reproduzindo os títulos sensacionalistas e homofóbicos ao retratar o affair entre dois homens, além de serem obrigados a carregar eternamente os rótulos dados por tais difamações. Eram possibilidades assustadoras e difíceis de se pensar, até mesmo de serem digeridas, já que não era a primeira vez que ele teria que lidar com esse tipo d