A tarde começou a avançar à medida que Edward e Rebecca voltavam para a Phoenix Games após o almoço. O corredor que os levava de volta ao escritório principal estava movimentado, e eles puderam sentir os olhares curiosos dos funcionários da empresa sobre eles. Cochichos e olhares de surpresa eram trocados enquanto a notícia do confronto entre Edward e sua mãe se espalhava rapidamente pelos corredores. Rebecca segurou firme a mão de Edward, ciente de que eles estavam sendo observados. Ela estava acostumada a ser discreta e não gostava da atenção indesejada que sua presença estava atraindo. Edward, por outro lado, não parecia se importar com os olhares indiscretos direcionados a ele, mas estava visivelmente irritado com as fofocas e os olhares insistentes direcionados a Rebecca, olhares de julgamento prontos para apontarem o dedo para ela. Ele sinceramente não se importava com fofocas sobre ele, sua vida toda havia sido exposta por sua mãe, mas Rebecca não, ela não estava acostumada
— Foi maldade ter tirado a folga deles. — Disse Rebecca enquanto entrava no carro após o expediente deles. — Não é maldade, eu só quero que eles tenham respeito por você da mesma forma que eles têm por mim. — Edward fechou a porta do carro e deu a volta indo em direção ao banco de motorista. — Mas mudando de assunto, Tom não havia pedido chocolate para você? — Céus, é mesmo, eu estava esquecendo. — Rebecca colocou a mão na testa. — Ainda bem que te contei, se não eu chegaria sem chocolate e ele ficaria chateado. — Vamos na Emporium Pies? É uma excelente doceria, podemos levar uma torta de morango para ele. — Sorriu colocando o cinto e ligando o carro. — Tem que ser algo que não seja tão enjoativo e nem pesado, se não ele não janta. — Você está se tornando bom nisso. — Rebecca sorriu colocando uma de suas mãos na coxa de Edward. — No quê? Em saber o que o Tom gosta? — Edward tirou os olhos da estrada rapidamente e deu um meio sorriso. — Em ser pai, ao menos o papel de pai. — Edwa
Uma semana havia se passado e o aniversário de Tom havia finalmente chegado, Rebecca já não sabia qual dos dois estava mais animado para o dia dos garotos. Edward havia tentado a todo custo dois ingressos para uma corrida de carros esportivos que teria bem no dia do aniversário do pequeno e quando conseguiu, os dois passaram horas conversando sobre carros. — Bom dia, meu amor. — Edward deu um beijo no ombro da namorada enquanto a mesma prendia o cabelo em um rabo de cavalo. — Bom dia, meu bem. — Sorriu se virando para o mesmo. — Consegue dar conta de Tom? — Lógico. — Rebecca ajeitou o vestido e voltou a olhar para Edward. — Não se preocupe, amor, Tom é um menino extremamente educado e eu sei que vamos nos divertir. — Eu sei que já perguntei, mas você tem certeza que essa corrida é algo legal, não é? — Abraçou a cintura do namorado e suspirou. — É uma corrida beneficente amor, apenas para apostarem e todo o dinheiro ser doado para diversas coisas. — Edward deu um beijo em Rebecca e
Edward estava estacionando o carro na garagem da empresa e Tom estava olhando para os lados freneticamente, ansioso para ver sua mãe e para poder como um jogo era criado e poder testar, como Edward havia prometido. — Ansioso? — Edward perguntou em meio a risos tirando o cinto da cadeirinha de Tom e o pegou no colo. — Tenho certeza de que sua mãe ficará feliz de ver você, não se preocupe. — Tem certeza de que a mamãe não ficará chateada? — Tom perguntou preocupado enquanto Edward caminhava com ele até o elevador. — Não se preocupe. Eu sou dono dessa empresa, lembra? — Deu uma bagunçada no cabelo do pequeno e sorriu, mas Edward havia ficado levemente preocupado com a reação de Rebecca. — Ninguém pode ficar bravo com o que eu faço. O elevador se fechou, e Edward e Tom começaram a subir até o andar onde ficava o escritório da Phoenix Games. Tom estava com os olhos brilhando de empolgação, enquanto Edward tentava acalmar suas preocupações. No entanto, enquanto eles subiam no elevador,
— Gostou do jantar, Tom? — Edward perguntou assim que eles saíram do restaurante e sentiram a brisa leve e quente em suas bochechas. — Sim! Esse com certeza foi o aniversário mais legal da minha vida. — Tom disse animado enquanto Rebecca via os dois amores da sua vida caminhando logo a sua frente. Seu coração se sentia mais seguro e mais leve ao ver que a adaptação de Tom com Edward estava indo bem. Rebecca sorriu ao ouvir as palavras de Tom. Era um alívio ver o quanto seu filho estava feliz e confortável com Edward. Ela sabia que a transição para uma família unida não era fácil para uma criança, mas Tom estava se adaptando incrivelmente bem. — Fico feliz em ouvir isso, querido. — Rebecca respondeu enquanto caminhavam pela calçada. — E você, Edward, gostou do jantar? Edward olhou para Rebecca com um sorriso caloroso. — Foi maravilhoso. Mas o melhor de tudo foi compartilhá-lo com vocês dois. Hoje foi um dia especial, e não poderia ter sido melhor. A família continuou a caminhar
À tarde, depois de algumas reuniões com advogados, Rebecca e Edward se encontraram para discutir os próximos passos. A tensão estava de volta, mas agora estava mesclada com uma determinação feroz. Rebecca não deixaria seu filho nas mãos de James, ele só não tinha feito nada pior na noite anterior porque Edward estava perto, mas ela sabia que ele não iria sossegar. — Você está ansiosa. — Edward observou enquanto Rebecca estava tomando seu café. — Já disse que está tudo bem, conseguimos achar bons advogados e podemos usar meu nome como um tipo de influência para colocar pressão e James nem sequer se aproximar de Tom. — Eu sei, eu só... — Rebecca parou a frase pela metade e deu um grande suspiro, ela diria para ele não usar sua influência, mas estava na hora de aceitar que o seu namorado era um cara que tinha aquele poder, e que eles não o usariam de forma errada, era para conseguir a guarda de Tom. — Tudo bem, podemos fazer assim. O celular de Rebecca tocou, apesar do contato não esta
A manhã estava nublada quando Arthur acordou, sentindo um peso em seu peito que parecia impossível de ser ignorado. Ele se espreguiçou na cama, mas não conseguiu afastar a sensação de tristeza que o acompanhava desde que havia tido aquela conversa com sua mãe sobre se sentir engaiolado. Elizabeth, uma mulher imponente e controladora, havia passado a vida inteira tentando moldar o filho à sua imagem e semelhança. Ela estava determinada a encontrar uma esposa adequada para ele, alguém que pudesse continuar a linhagem da família e manter a riqueza e o prestígio que a família sempre havia desfrutado. Mas o que Elizabeth não entendia era que Arthur tinha suas próprias ideias, seus próprios sonhos e desejos. Arthur suspirou e levantou-se da cama, vestindo-se com um terno impecável, como sempre fazia para trabalhar na empresa antes de sofrer o acidente, era hora de voltar. Ele havia trabalhado duro para manter a empresa funcionando e estava orgulhoso do que havia conquistado, mas estava can
Arthur suspirou e encarou a entrada da Phoenix Games, não sabia ao certo se deveria entrar ali, ou se deveria apenas dar meia volta e pensar em alguma coisa sozinho. Ele não queria incomodar o irmão, mas estava confuso e perdido. Era a primeira vez que escolhia caminhar com suas próprias pernas e, sinceramente, não conseguia nem imaginar por tudo o que o irmão havia passado até construir a grande Phoenix. — Arthur? — A doce voz de Rebecca o despertou de seu devaneio. Arthur olhou em direção à voz e viu a loira dos olhos verdes de quem tanto gostava, aquela da qual já estava comprometida, com seu irmão mais novo. Rebecca estava usando um lindo macacão verde musgo, um salto não muito chamativo e os longos cabelos presos em um rabo de cavalo. Rebecca estava com um olhar confuso em seu rosto, e Arthur a viu respirar fundo assim que seus olhares se encontraram, e então ele percebeu que ela sabia, era óbvio que ela sabia sobre os seus sentimentos. — Oi, Rebecca. — Arthur a cumpriment