Você me acompanhará.

Quarenta minutos depois Ozan entra no escritório. Eu enterro meu olhar na tela do notebook. Os pelos do meu corpo se eriçam conforme ele se aproxima da minha mesa bem devagar.

—Você já conhecia o senhor Marinho? —Ouço ele dizer.

Eu ergo meus olhos.

—Não. Eu o conheci aqui.

Ele avança com um olhar ferino.

—Não mesmo?

—Não! Já disse que não.

Ele espalma as mãos na minha mesa, os olhos fixos nos meus tentando ler a verdade neles.

—Quando você chegou parecia um peixe fora d’água e agora fica aos cochichos com o cliente.

Tenho de rir.

—Você acha que eu estava flertando com ele?

Ozan fica vermelho e estreita os olhos.

—E não estava? Por que então, na conversa que eu tive com ele, Marinho fez questão que você me acompanhasse até sua propriedade em Monte Mor para uma festa que ele dará amanhã à noite?

Eu rio mais.

—Sinceramente não sei. Mas não sei por que se preocupa? Eu não vou, é claro.

Ozan me olha com uma calma muito sinistra.

—Mas claro que vai! Você me acompanhará.

—Eu vou?

—Sim, mas l
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