–– Vai ser complicado no inicio, mas você vai se acostumando com o tempo Aurora. –– Meus olhos não parava de secar o caminho, foram horas de viagem, nada se parecia com o que eu já havia visto. –– A torre branca! ––– Gritei ao ver o longo edíficio, a mão ainda segurava a minha quando o que eu mais queria era correr pra ela. –– Aurora! Aurora para não pode.. –– Soltei-me da mão grande de August, aquele lugar era tão familiar pra mim que andando e girando, olhando em volta, as pessoas indo e vindo, muita coisa mudou, as roupas mudaram, as carruagens me assustavam, até que ele me segurou fortemente pela mão. –– Não sabia que já tinha vindo a Londres. A boca seca, os olhos não paravam, ainda olhando em volta, cada ponto, cada lugar em meus olhos mostrava-se um, mas na minha cabeça era diferente. Girei lentamente, o ar, o lugar até que a dor de cabeça forte veio, ergui a mão a cabeça, fechei os olhos. –– Aurora, Aurora o que você tem? –– Neguei por mais que doesse eu queria ver mais. ––
Como ele prometeu passou a cumprir. Sem agressões e gritos dentro de casa, mas o fato dele ser um Martinez, já não me fazia o amar, o ódio ficou devido ao sangue. –– Ah já que estamos aqui, podemos ir até o antiquario do meu amigo. –– Abri a boca, assenti. –– Sim, claro. –– Chegamos ao relicário de mãos dadas, meus cabelos preso num coque, a maquiagem chegando a minha vida, um pouquinho de batom no enrusbecer das bochechas, uma pincela nos lábios. O vestido azul sem muitas anaguas, usar tantas seria ultrapassado, graças a Deus, os brincos pérolados em minhas orelhas. –– Alvaro! Alvaro! –– Olhei em volta vendo muitas mobílias, pessoas que não tem condições de comprar móveis novos recorrem para cá, até encantar-me com a caixinha dourada, apenas o deslizar de dedo a bailarina saltou, mas não dançou. Virei-me olhando em volta, até que o grande espelho fora jogado ao chão, me assustei de imediato. –– Esta bem Aurora?–– O homem de cabelos grisalhos, de terno azul, meio fora do padrão esta
Mas nas duas primeiras tentativas que não conseguir, tive certeza que era, sem conseguir bem, ela acertou-me com o livro grosso umas três vezes. Na quinta vez peguei o livro dei de volta as livradas nela, já havia sofrido nas mãos de Malvina o suficiente, rimos depois disso. O problema não era ser o acertado com August, é ser a esposa de um capitão exige uma educação que eu não tive, como aprender a valsar, a andar, também tive que escolher bons tecidos para vestidos, a vida de aldeã realmente era deixada de lado, atravessei a tecelaria ao ver o tecido prateado da cortina com bordados lindos, ele era tão familiar pra mim. –– Aurora isso foi moda a trinta anos atrás. –– Abri a boca, pra mim ainda seria. –– E esse? –– Revirou os olhos, até que a dona da tecelaria veio, eu ainda segurando o tecido acetinado dourado. –– Es me tão familiar, desde que entrou neste lugar, não consigo desviar os olhos de você minha ...––Senhora, é a senhora Constatine, esposa do Capitão Constatine!–– Lavio
Mal barrufei perfume em meu corpo, ele já estava fechando a mala, e como disse fez. Ao lhe ver falar com o seu tio batendo em seu ombro, peguei no pulso de Maria, que estalou-me olhos esbraquiçados. –– Sobrou algum comprimidinho da falecida? –– Riu ao me ouvir. –– O que pretende fazer? –– Nada! Apenas dormir! –– Olhou de August para mim, acredito que pelo corpo, pela força acho que ela me entendia, se ele soubesse usar tudo aquilo, mas só é um covarde. –– Um frasco, trate de fazer logo um filho para se garantir. –– Revirei os olhos, eu não era assim, tipo Malvina, convivi anos com ela e nunca quis ser, até mesmo sabia que o seu choro nos braços de Constatine era fingimento, ela mal se importava com a mãe, mas com o primo sim. –– O senhor vai superar meu tio, com os dias, os meses, a dor vai diminuindo....––Belas palavras de consolo, não suspeitaria que ele contribuiu para este fim. A medida que foi saindo as pessoas lhe cumprimentando, até que Malvina segurou o meu braço. –– Trate d
Era a minha Aurora, a mesma que me deixou para ter uma qualidade de vida melhor. Ela não estava errada em querer mais, eu só poderia dar-lhe a posição de amante, e malmente um sobrenome ao nosso filho. Apesar de toda demonstração de afeto, eu sentia que ela não estava bem, enquanto velava a minha sogra, sentei ao seu lado. Queria saber mais, falamos com corpo, mas não como deveria durante a noite. As palavras foram limitadas, eu já me sinto um velho a cada dia que passa. A tristeza finalmente me consome, mas mal sentei-me, o capitão lhe arrancou pelo braço para si. –– O que houve? –– Ouvi-lhe perguntar, e somente naquele momento que notei a sua aflição, a forma como o homem segurava seu braço.Fiz errado em agir de tal forma, eles foram para além do salão, até começar o cortejo, não vi Aurora, perguntei as criadas, a Malvina, e quando não tive mais respostas, fui ao direto Capitão. –– Sua esposa não prestará as últimas homenagens a ...–– Ela não esta se sentindo bem, preferiu ficar
–– O que você estava fazendo sentada ao lado dele? –– Constatine arrastou-me ao quarto dos fundo com raiva, estava presa no sonho que tive na impressão que tive no sonho pela manhã, a maneira como as mãos de Jacob deslizava pelo meu corpo, que não era o meu corpo, era estranho, não vi que ele estava ao meu lado. Nem mesmo cheguei a relembrar o sonho. –– Dele quem? –– Perguntei olhando os olhos verdes do meu senhor, suas mãos tocaram os meu rosto, abrigando dentro delas. –– Não se faça de idiota comigo Aurora, eu disse... ––Olhei os olhos dele ainda tentando entender. –– Você já olhou o seu tamanho? O seu rosto August? –– Ele parou de falar com as minhas perguntas. Soltou-me tocando-se. –– Sou a senhora August Constatine, a mulher do homem mais olhado, mas cobiçado pelas mulheres ao lado de fora. –– Segurou o meu braço. ––Mas o que fazia ao lado dele? –– Não fazia ideia de onde saiu astúcia, apenas sorri. –– Daquele velho? Lamento querido, mas a não ser você ao lado de fora, não ve
Aquela notícia me pegou desprecavida, algo em mim tinha se fechado ao saber que o duque apagou tudo sobre os Bastiens, tenha sido eles da realeza ou não, bons ou ruins, isso me incomodou muito. –– Onde onde estou? – Acordei desorientada algum tempo depois a cabeça doendo, e por mais que eu tentasse recordar, tudo que senti foi tristeza por dentro.Olhei em volta num quarto de papel de parede verde em tons de flores amarelados, somente algumas pintinhas de amarelo formava algo tipo uma flor, o talo verde, era cheio pelo quarto. A cômoda de madeira, cheia de gavetas, além de quadros, tecidos. –– Nos quartos do fundo da modista. – Laviollete respondeu a minha frente, afastei a sua mão quando tentou tocar a minha testa.–– Você desmaiou de repente, também, se encheu daqueles biscoitos... – Reclamou, até que Nana surgiu com uma xícara nas mãos me sentei de pressa, suspirei fundo, a dor persistiu em mim. –– Beba isso, é bom para recuperar-se. –– As suas mãos enrugadas meio que acolhia a xí
Eu já estava pronta para mais uma surra, para mais um abuso, depois o pedido de desculpas, a promessa de mudança. Os olhos verdes do homem grande fixos aos meus, cabelos cacheados castanhos desgrenhados, as mãos apertando em volta do meu pescoço, me deixando sem ar, enquanto a minha cabeça pairava somente em que Nana não visse nada daquilo, não sei porque mas eu tinha vergonha, medo. Abri a boca tentando explicar, até que algo foi erguido em sua cabeça atrás dele, a porrada foi forte, era um pau grosso, logo a imagem de Nana surgiu de trás dele, meus olhos cairam junto com o corpo do meu marido, a cabeça em sangue. –– O que você fez? –– Gritei em desespero.–– Deixar ele lhe matar? –– Engoli em seco, não morri das outras vezes, mas um dia nunca saberei. –– Você esta bem Aurora? –– Assenti tentando saltar sobre o corpo do homem, abaixei diante dele ouvindo sua respiração, como será quando ele acordar? Me perguntei com medo. –– Porque fez isso? –– Indaguei nervosa, a respiração foi bai