Joyce, incapaz de se conter, chorava suavemente:— A culpa é minha, só trouxe problemas para o Rafael desde que voltei. — Joyce fez uma pausa e continuou. — Srta. Sarah, sei que você me odeia. Como noiva do Rafael, você pode me tratar como quiser, mas por favor, não transforme isso em um grande escândalo. Isso prejudicaria o Rafael.Sarah nem sequer olhou para ela, se limitando a esboçar um sorriso frio para Rafael.Logo após, ela se levantou suavemente e voltou a se sentar no sofá.Rafael franzia a testa levemente, sentindo como se seu peito estivesse obstruído por algodão, o que dificultava sua respiração.Ele teve um pressentimento de que as coisas não eram tão simples quanto Maia havia dito.De repente, ele se virou e saiu rapidamente.Joyce mordeu o lábio e seguiu-o imediatamente.Maia hesitou por um momento e acenou para Heloísa.Heloísa a seguiu como se nada estivesse acontecendo.Chegaram ao corredor da escada.Maia entregou um cartão bancário previamente preparado, sorrindo, e
Sarah esperava do lado de fora até Ian aparecer. Raquel se aproximou, com uma expressão séria: — Você não deixou as câmeras de vigilância ligadas? Aquilo tudo são provas? Sarah sorriu levemente: — Fique tranquila, mamãe, eu não seria tão descuidada. Raquel suspirou aliviada e deu um tapinha no ombro dela. Ela se virou para Heloísa e Lara, falando de forma gentil e bondosa: — Vocês podem ir para casa. Vocês já se preocuparam o suficiente, agora deixem conosco! Heloísa nem tinha pensado em ficar para ajudar. A família Dias é tão rica que contratar dez ou oito cuidadores não é problema, especialmente porque já receberam a indenização, ela estava muito satisfeita. Ela sorriu e acenou com a cabeça: — Está bem, então vamos voltar. Se precisarem, é só chamar! Raquel acenou com a cabeça, e então pediu ao motorista que as levasse de volta ao hotel. Sarah e Raquel entraram uma após a outra no quarto do hospital. O quarto de Letícia era grande, espaçoso e bem iluminado
Rafael permaneceu em silêncio por alguns segundos, a mandíbula tensa, ostentando uma expressão sombria. Ele reconheceu que se irritara profundamente ao assistir ao vídeo; Maia cometera um erro, mas Joyce, que empurrara alguém, era ainda mais reprovável. Ponderou diversas vezes sobre chamar a polícia, mas Joyce, em lágrimas, relatara quão difícil fora conseguir um doador para Fernanda no exterior... Ele devia um favor a Joyce; portanto, se sentiu obrigado a auxiliá-la desta vez.A voz de Rafael saiu baixa e rouca, um tanto áspera: — Sarah, Joyce realmente cometeu um erro, mas não a ponto de merecer prisão. Ademais, foi ela quem salvou a vida de Fernanda...Sarah não conseguiu evitar um riso gelado, interrompendo-o: — Era isso que você queria dizer? Não se esqueça de que eu também salvei sua irmã. — Ela fez uma pausa antes de prosseguir. — Não, você esqueceu. Você não se lembra do nome do doador; só se lembra de Joyce, não é? Você é grato a ela pela vida de sua irmã, então desc
[A ação do Grupo Cruz está instável, caindo diretamente.]...Joyce tremeu a ponta dos dedos e clicou para abrir.O vídeo não estava muito claro, era visível que fora filmado do ponto de vista de um transeunte na maior loja do shopping em Cidade Brisa Leve.O conteúdo exibido mostrava Maia começando a insultar uma idosa que vestia a mesma roupa que ela."— O que está acontecendo aqui? Vocês fazem negócios com qualquer pessoa? Como ousam deixar essa senhora do interior, tão fora de moda, usar a mesma roupa que eu? Quem ela pensa que é? Apenas uma mendiga da rua, uma pessoa fedorenta, por que ela está aqui?"A arrogância de Maia transparecia claramente no vídeo."— Uma cliente distinta? Você acha que ela pode pagar? Tirem a roupa dela e a expulsem daqui!"E ao lado no vídeo, Joyce começou a apoiar."— Não estão agindo rápido? O que significa uma velha senhora fedorenta? A Sra. Maia certamente não é uma pessoa sem recursos!"Joyce assistia gradualmente, e seu rosto parecia ter perdido tod
Joyce abriu a boca, com os cantos dos lábios tremendo, e se levantou.Ela olhou para Rafael, com os olhos cheios de lágrimas:— Rafael, você precisa me ajudar, sou sua noiva, nossos interesses estão interligados!Ela estendeu a mão para tocar a roupa de Rafael, mas ele se esquivou.Os olhos de Rafael estavam frios e sombrios, e um traço de desgosto passou pelo fundo de seus olhos:— As coisas estão fora de controle, as ações do Grupo Cruz estão despencando, Joyce, eu me lembro dessa vingança.Ele disse isso e passou por ela, saindo.Maia, furiosa, empurrou ela:— Você ainda tem coragem de falar, a culpa é sua, você prejudicou nossa família Cruz!Joyce ficou parada por alguns segundos, então soltou uma risada fria.Ela empurrou Maia com força e olhou para ela com desilusão:— Chega, não fui eu quem te obrigou a insultar a velha senhora, você deveria odiar Sarah, não eu. — Joyce fez uma pausa antes de continuar. — Você não ousa odiá-la, mas ela ousa te enfrentar. Isso começou com você, e
Sarah ergueu um sorriso e acenou para ele com uma inocência radiante, como se não fosse ela a pessoa que desejasse vê-lo morto.— Quem é esse, tão bonito? — Perguntou Letícia, ao avistar Rafael, segurando suas lágrimas e acenando com a mão. — Entre logo!Rafael comprimiu os lábios, escondendo sua expressão, e adentrou o recinto.Ele reverenciou Letícia e perguntou:— Como está se sentindo?Ele havia vindo no dia anterior, mas não entrou para ver Letícia, o que de fato foi uma falta de cortesia.Letícia sorriu alegremente e segurou a mão dele para bater palmas:— Muito melhor, aquela mulher desavergonhada me empurrou, querendo que eu morresse, mas eu não vou morrer, quem deveria morrer são elas. Você é amigo da Sarah? É o namorado dela?Letícia avaliou Rafael com admiração, ela sempre teve uma boa impressão de jovens limpos e bonitos.O olhar de Rafael escureceu, e ele estava prestes a responder.Ouvindo Sarah rir levemente, ela se aproximou e respondeu indiferentemente:— Sra. Letícia,
Sarah disse essas palavras levemente e, em seguida, retornou ao quarto do hospital.Rafael empalideceu, sentindo algo preso na garganta e o sangue subir à cabeça, incapaz de falar.Após alguns segundos, ele recuperou a razão e saiu calmamente do hospital.Ele queria se aproximar dela, mas ao mesmo tempo a temia.Seu afeto por ela não era profundo e intenso, mas a leve conexão entre eles facilmente agitava suas emoções, levando-o a uma postura um tanto permissiva.Não era amor profundo, mas ser rejeitado o deixava insatisfeito e com um sentimento de humilhação inexplicável, como se ela tivesse o provocado intencionalmente para esse dia.O orgulho masculino não permitiria que ele entrasse em histeria para esclarecer as coisas, muito menos que ficasse implorando de forma humilhante.Ao sair do prédio do hospital, parecia que algo havia sido retirado de seu peito, deixando um vazio indescritível.Sarah estava ao telefone com Murilo ao lado:— Chamar a polícia? Não é necessário, seria um ex
Rafael, de olhos profundos, exibia uma expressão sombria.Ele sabia que Joyce não estava sendo verdadeira.Uma vez que Joyce se recusava a revelar a verdade, ele naturalmente não permitiria ser manipulado por ela.Ele retrucou desinteressadamente:— Como eu deveria ajudá-la?Imediatamente, um lampejo de esperança surgiu em Joyce:— Será que ela poderia simplesmente desaparecer, sem mais nem menos?Os olhos de Rafael escureceram instantaneamente, e seus braços, ao segurar o volante, se tensionaram levemente, com as veias proeminentes.Joyce mordeu o lábio, cautelosa, sondando:— Ou talvez, criar uma oportunidade para explorarmos seu ponto fraco? Assim, ela seria forçada a obedecer!Era um plano que Joyce havia elaborado por muito tempo e, com as habilidades de Rafael, realizar essas duas coisas não seria difícil, o desafio era convencê-lo.Mas, após ouvir a primeira sugestão, a expressão dele mudou visivelmente, e ela rapidamente recorreu à segunda opção.Ela encarou Rafael, ansiosa, e