Sarah disse essas palavras levemente e, em seguida, retornou ao quarto do hospital.Rafael empalideceu, sentindo algo preso na garganta e o sangue subir à cabeça, incapaz de falar.Após alguns segundos, ele recuperou a razão e saiu calmamente do hospital.Ele queria se aproximar dela, mas ao mesmo tempo a temia.Seu afeto por ela não era profundo e intenso, mas a leve conexão entre eles facilmente agitava suas emoções, levando-o a uma postura um tanto permissiva.Não era amor profundo, mas ser rejeitado o deixava insatisfeito e com um sentimento de humilhação inexplicável, como se ela tivesse o provocado intencionalmente para esse dia.O orgulho masculino não permitiria que ele entrasse em histeria para esclarecer as coisas, muito menos que ficasse implorando de forma humilhante.Ao sair do prédio do hospital, parecia que algo havia sido retirado de seu peito, deixando um vazio indescritível.Sarah estava ao telefone com Murilo ao lado:— Chamar a polícia? Não é necessário, seria um ex
Rafael, de olhos profundos, exibia uma expressão sombria.Ele sabia que Joyce não estava sendo verdadeira.Uma vez que Joyce se recusava a revelar a verdade, ele naturalmente não permitiria ser manipulado por ela.Ele retrucou desinteressadamente:— Como eu deveria ajudá-la?Imediatamente, um lampejo de esperança surgiu em Joyce:— Será que ela poderia simplesmente desaparecer, sem mais nem menos?Os olhos de Rafael escureceram instantaneamente, e seus braços, ao segurar o volante, se tensionaram levemente, com as veias proeminentes.Joyce mordeu o lábio, cautelosa, sondando:— Ou talvez, criar uma oportunidade para explorarmos seu ponto fraco? Assim, ela seria forçada a obedecer!Era um plano que Joyce havia elaborado por muito tempo e, com as habilidades de Rafael, realizar essas duas coisas não seria difícil, o desafio era convencê-lo.Mas, após ouvir a primeira sugestão, a expressão dele mudou visivelmente, e ela rapidamente recorreu à segunda opção.Ela encarou Rafael, ansiosa, e
Ao adentrar o grande portão da fábrica, um silêncio mortal imperava. Em um instante, ele percebeu o perigo ao redor, uma sensação de frio e alerta o invadiu.Contudo, antes que pudesse se virar, foi atacado por trás com força.O golpe acertou precisamente sua cabeça.Rafael desmaiou....Durante o desmaio, muitas imagens fragmentadas atravessaram sua mente.Essas lembranças dispersas pareciam tentar preencher os três anos que lhe faltavam.Essas cenas, memórias reais que ele havia experimentado e perdido, provocavam uma dor quase como se seu coração estivesse sendo dilacerado, sufocante. A dor se iniciava no coração e se espalhava pelo corpo inteiro, como se cada poro estivesse imerso em uma tristeza asfixiante, seus sentimentos por aquela mulher se tornaram ainda mais complexos e profundos, até que ele viu o mar profundo na calada da noite, com sua luz fria e solitária e fogos de artifício explodindo impetuosamente.Seu anel não foi entregue, a pessoa que ele procurava havia desapare
Cláudio fez uma pausa antes de continuar: — Mas ainda funcionava uma câmera naquele prédio abandonado, que capturou o comportamento "estranho" de Joyce.Rafael franzia a testa: — Estranho?Ele abriu o vídeo.Joyce, tropeçando e correndo, chegou ao terraço, pálida e aterrorizada.No vídeo, não aparecia outra pessoa atrás dela, mas parecia que uma mão invisível a empurrava para frente.Joyce parou diante de um monte de cordas, tremendo e se agachou, parecendo que não conseguia mais conter um choro alto.Ela se virou, xingando de forma incoerente.Com a voz rouca e aguda, ela gritou uma frase meio abafada: "— Você quer se vingar de mim, eu sei, porque eu te matei antes, mas não se esqueça, quem te jogou no mar foi Fernanda, você tem coragem de tocá-la?"Rafael estremeceu.Rapidamente, ele viu Joyce usando as cordas à sua frente para se amarrar, começando pelos pés e depois pelas mãos. Após terminar com as mãos, ainda sobrava bastante corda.Ela, chorando e relutante, pulou para a beira
Os olhos negros de Rafael eram profundos como um abismo, e seu rosto exibia uma expressão de dor e conflito. Cláudio, ao observar sua expressão, pensou que algo não estava bem e prontamente ofereceu a ele a medicação e disse:— Presidente Rafael, deseja tomar o medicamento agora?Rafael, com os lábios pálidos, agarrou o medicamento e o atirou ao chão.Cláudio ficou visivelmente surpreso.Rafael olhou para cima, com os olhos e sobrancelhas negros como a noite e falou:— Você não sabia que o remédio tem problemas?Cláudio, alarmado, empalideceu e perguntou:— O quê? — Ele hesitou. — Foi a Sra. Maia quem me deu."Isso significa que a Sra. Maia já estava ciente do problema."O semblante de Rafael estava tenso, seus olhos, sombrios e distantes.Ele parecia ter se transformado, emanando uma aura ainda mais dominante e gélida.Quando ele começou a suspeitar?Desde que ele parou com a medicação lembranças esporádicas começaram a relampejar em sua mente, mas sempre que tomava o medicamento, s
No entanto, o coração de Rafael deu um pulo repentino ao se lembrar da frase que Joyce disse no vídeo.De repente, com um calafrio, ele avançou rapidamente e bloqueou a visão dela.Ele a observava, sem ousar revelar que havia recuperado sua memória, mas essas memórias voltaram intensamente ao seu corpo.Ele a perdeu, a maltratou, a feriu.Seus lábios se apertaram, sua voz de repente ficou seca, incapaz de dizer uma palavra.Sarah, por sua vez, recuou um passo, mantendo distância, suas expressões faciais levemente distantes enquanto ela levantava uma sobrancelha com um sorriso disperso e perguntou: — Presidente Rafael, sua cabeça ainda dói?Essa frase mudou a expressão de Rafael instantaneamente, suas pupilas se contraíram ferozmente, e sua respiração se aprofundou.Como não havia sangue e ele foi encontrado no carro, ninguém sabia que ele tinha sofrido uma lesão na cabeça, mas ela sabia, porque o agressor era um de seus subordinados, porque ela fez isso de propósito.Os lábios de Rafa
A voz de Sarah era gelada e pesada, seu olhar para ele era indiferente e ressentido. Cada palavra que ela pronunciava parecia um espinho afiado, penetrando no coração dele.Seu coração parecia cair num abismo, tão pesado que até respirar se tornava difícil.Ele não conseguia imaginar que, naquele cruzeiro, sua própria irmã fosse a responsável direta pelo acidente de Sarah no mar."Ela realmente fez isso! Ela soltou as cordas de Sarah, pensando que estava redimindo, mas na verdade empurrou Sarah para o inferno. Todos estavam olhando para os fogos de artifício, só Sarah estava de frente para a morte. Como Sarah deve ter ficado assustada!"O rosto de Rafael mudou, de repente ele engasgou, incapaz de dizer uma palavra sequer."É verdade, Sarah não morreu, isso foi sorte, não há nenhuma razão para ela perdoar Fernanda. Fernanda realmente merece morrer!"— Desculpe, eu... — Sua expressão sombria, sua voz abaixando, nem mesmo sabendo o que dizer.Os olhos de Sarah carregavam um sarcasmo, ela
Ela se aproximou, olhou para Rafael e depois para a silhueta determinada de Sarah que se afastava. Comprimiu os lábios e disse:— Presidente Rafael, você deseja conquistá-la, não é verdade?Rafael franziu a testa, lançando um olhar indiferente para ela e perguntando:— Quem é você?A mulher hesitou por um momento, mas sorriu e respondeu:— Me chamo Hebe.Rafael pareceu se lembrar desse nome de algum lugar, mas não tinha uma impressão clara de quem era a pessoa.Hebe Ribeiro observou sua reação, sentindo uma leve amargura no coração, mas falou calmamente:— Fui eu quem doou medula óssea para a Srta. Fernanda. Meu pai é o Leonardo.Com essas palavras, Rafael de repente se lembrou.Há vários anos, quando os escândalos da família Nascimento ainda eram amplamente divulgados, ele parecia ter ouvido Guilherme falar que Leonardo tinha uma filha ilegítima chamada Hebe, que ele queria trazer para casa.Mas Daise não concordou e, sob ameaça de morte, forçou a filha ilegítima a deixar o país, com